Capítulo Seis

506 87 134
                                    

O pôr-do-sol estava dando seu espetáculo no céu quando a caminhonete de Harry entrou n estrada de terra em rumo a Stone Heart. 

A regata de Harry estava grudada em seu peitoral que escorria suor de um calor infernal que estava fazendo naquela época. Sacudindo a cabeça, ele pousou o chapéu no painel do carro, deixando seus curtos cabelos castanhos claros com pequenas ondulações a vista. Suas inúmeras tatuagens, marcadas como boas lembranças da juventude e de aventuras com Liam pelas cidades, eram sua marca registrada.

Escutando a doce voz de Alan Jackson sair pelo rádio, ele olhou para o pacote de frango frito vazio jogado no canto do carro. Nisso, olhou para Louis.

Ele estava encolhido, seus cabelos jogados sob seus doces olhos azuis, seus lábios entreabertos e adormecido sob o banco, parecia alguma espécie de anjo abençoado e muito mau humorado.

Quando chegaram em Nashville, Louis procurou reclamar de quase tudo. Depois fez Harry rir por não entender o sotaque de alguns vendedores. Após fazerem alguns orçamentos, onde Harry entendia tudo o que o homem falava, Louis ficava distraído com as pessoas na rua, com o ambiente...

E Harry achou isso um tanto engraçado.

Almoçaram em um restaurante de comida caseira, onde a dona conhecia Harry e mandava abraços e beijos para Liam e Cassandra. Nisso, os dois só sabiam falar poucas coisas, como a fazenda, sobre Zayn e consequentemente sobre a história da família Malik.

Em algum momento, Louis se lembrou de algo sobre Zayn e deu uma risada. As ruguinhas de seus olhos apareceram e Harry se perdeu um pouco nesse pequeno detalhe dele. Também se apegou ao sotaque de Louis, que era tão diferente do seu. Morar anos nos Estados Unidos estava fazendo ele perder um pouco da sua originalidade britânica.

Na volta, uma pasta cheia de orçamentos, algumas compras no bagageiro, e algumas músicas e risadas. 

Harry se lembrou quando chegou em Stone Heart. Tão jovem, fugindo de uma briga de família. Estava explorando as possibilidades de ser algo que ele nunca foi, de ser livre. Preso a nada, a nenhum conceito, a nenhum rótulo. Sua camisa rosa brilhante, seus jeans sujos de viagem e botas desgastadas, quando encontrou Liam na porta de um bar. O rapaz procurava alguém para ajudá-lo na fazenda e isso fez Harry levantar a mão e se oferecer. Era para ser temporário. 

Mas estava lá há alguns anos.

Era feliz lá, apesar dos pesares. Lá, ele podia ser quem ele quisesse.

E amar quem ele quiser.

Cassandra e Liam sempre o acolheram. Anne também sempre puxava sua orelha quando conseguia.

Ali, ele tinha uma família também. A sua família de sangue estava em Holmes Chapel.

Mas a de coração morava em Stone Heart.

Por isso que ali, entre estábulos, dormitórios e celeiros velhos e antigos, Harry esperava tudo mudar. Se Zayn Malik pudesse reestruturar tudo, que assim fosse.

Ali era sua casa. E ele não queria perdê-la.

Ele bocejou. Nisso, uma caminhonete em alta velocidade passou por ele, adentrando os portões da propriedade muito antes que ele pudesse alcançá-la. Forçando as vistas, ele viu que era a 4x4 de Jack Payne.

Que porra.

Ele pegou o telefone. Louis acordou, bocejando. 

— Harry?

Ele encarou Louis, antes de discar o número de Liam.

— Hazz? — Liam atendeu do outro lado da linha.

Stone Heart (AU!Ziam)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu