Lee Taeyong.

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Era uma cena deprimente de se ver, Lee levando repetidos socos pelo estômago sem, dó alguma. E pior que ele nem parecia se importar com isso, estava em meio a risos enquanto resmungava alguns xingamentos quando realmente doía.

Voltando um pouco no tempo; Lá estava ele, trajando seu belíssimo blazer preto com alguns acessórios em prata, uma calça jeans escura e um sapato John John London preto. Estava elegante. Havia sido convidado para uma das maiores festas do mês - se não a do ano - a pedido de Qian Kun, um dos maiores cafetões da China que estava de passagem na Coreia. Taeyong tinha o conhecido alguns anos antes na fronteira do México com os Estados Unidos, mais especificamente em San Diego, através de um grupo de troca e venda, algo totalmente diferente do que ele costuma fazer. Kun havia lhe pedido algumas identidades falsas para entrar no país e, obviamente, Taeyong aceitou lhe ajudar. Desde então não conseguiam se desgrudar; Taeyong o ajudava a conseguir o que queria e Kun o lhe entregava malotes e malotes de dinheiro.

Mas tudo que é bom dura pouco, muito pouco nesse caso.

Kun era mentiroso, hipócrita e um tremendo dedo duro. Ao quase ser pego pelos oficiais da polícia por causa desses papéis que ousava em chamar de documentos legais, acabou por soltar quem lhe entregava tudo isso. Lee não tinha antecedentes criminais, não que as pessoas saibam, muito menos já tinha entrado em alguma cela. Obviamente ficou inconformado com a cara de pau do chinês que havia lhe dedurado, confiava nele, o tratava como um amigo. Pois é, ele deveria prestar mais atenção com quem se metia.

Agora estava ali, apanhando de dois oficiais da polícia, sendo ameaçado a cada soco que ganhava. Era incrível como as pessoas se acham superiores às outras pelo simples faro de ter um certificado colado na parede do quarto, se achando os tais por uma simples formação na polícia e um crachá de merda. E pra piorar, no final de tudo isso, aquelas duas porrinhas lhe pediram dinheiro ou senão iriam o levar para a delegacia. Taeyong queria rir, rir muito, mas sentia tanta dor que não conseguiria fazer isso. Antes de saírem de perto do rapaz, um dos oficiais lhe acertou um chute no estômago, como se já não bastasse. Nojentos, hipócritas, mentirosos e ladrões de propina, que sociedade.

   04:27 a.m.

Estava cambaleando, sentia todas as partes do seu corpo se reprimir em dor, e com toda a certeza aquele era seu pior dia. Assim que chegou em seu apartamento, se atirou no sofá sonolento. Pensava em como poderia acabar com a raça do Qian e ao mesmo tempo tentava se lembrar aonde tinha deixado os comprimidos para dor. Sentiu alguma coisa macia passar pelos seus dedos e logo deduziu ser sua gata, isso o fez sorrir soprado enquanto tentava esquivar a cabeça para olhá-la. Lily era adorável, se lembrava até do dia que havia a adotado no petshop.

─ Oh, aí está você.. ─ Disse calmo, juntando toda a força que podia para se virar para encarar o bichano e o pegar no colo. ─ Como foi o seu dia, Lily? Espero que tenha sido maravilhoso, sim? Hm..

Levantou calmamente e caminhou até a cozinha devagar para pôr um pouco de ração na tigela dela. Precisava pensar em como iria se desvencilhar da polícia, achava que poderia acabar com isso se simplesmente saísse da cidade ou até do país, mas tinha sua mãe e irmãos para cuidar e garantir suas seguranças. Iria começar a ficar com dor de cabeça se continuasse a pensar nessas coisas. Precisava encontrar Johnny o mais rápido possível, este que sumiu por três dias inteiros dando uma desculpa de que estava resolvendo alguns problemas pessoais. Sinceramente? Talvez uma soneca cairia bem por agora.

Taeyong era uma pessoa boa, só não sabia agir como tal.











ok! me desculpem pelo sumiço, sério. :(( eu estava em uma semana de entrega de trabalhos e provas, além de que essa semana foi meu aniversário e eu precisava vir para casa do meu pai e pá pá pá. me perdoem mesmo, prometo entregar o próximo mais rápido possível.

Parents in crime. Donde viven las historias. Descúbrelo ahora