Parents in crime.

Seo Youngho.

"you're my bestfriend, i love you forever."

the neighbourhood.

Tragava o quinto cigarro em cima daquela laje vazia do prédio, podendo ver toda a rua com muita calma. Jaehyun não gostava de como ele acabava com a própria saúde por causa dos cigarros, odiava também a maneira que Johnny xingava cada ser vivo que aparecia para atrapalhar seu precioso tempo, se bem que lhe tirava ótimas risadas sempre que isso acontecia. “Onde estaria Yoonoh agora?” era isso que Johnny se perguntava todos os dias ao olhar para o pontinho branco mais brilhante do céu, lembrando de como o amigo gostava de astros cósmicos e tudo que fosse novo para ele. As estrelas mal vistas no céu por conta da poluição luminosa da cidade lembram ele, a lua lembra ele, seu disco de Cigarrets after Sex lembram ele. Acho que esse sumiço de Yoonoh da vida de Johnny de uma hora para outra tenha tido motivo sim e ele não o culpava por isso.

Não faria sentido um policial formado andando com um dos mais procurados ladrões de carros de Itaewon, certo?

Jae fazia te tudo para proteger o amigo, desviar as investigações para outros pontos para que não conseguisse pegá-lo, tentar lhe converter para que parasse de fazer isso e dar um fim nisso tudo, até tentou pedir ajuda da mãe de Suh também, sem sucesso. Se ele não escuta nem a pobre mãe, quem dirá Jaehyun? Isso foi cansando o rapaz aos poucos, não era de sua índole fazer esse tipo de coisa, era como brincar com a morte só que era seu emprego e seu título que estavam em jogo.

Cortaram contatos, se afastaram de vez. Jaehyun se mudou para Seoul para tentar encontrar uma agência melhor, Johnny continuou onde sempre esteve, nunca nem pensou em sair dali. Agora ali estava ele, amassando o cigarro para poder ir embora. Talvez receberia uma bela bronca de Taeyong pelo seu sumiço repentino, talvez não, iria receber.

Taeyong é um cara legal, Johnny tinha o conhecido pelo bairro há alguns meses em um parque. Não sabia e nem se lembrava bem como acabaram por dividir apartamento tão rápido assim, talvez tivessem muitas coisas em comum, ou apenas eram dois desesperados para poder acharem alguém que os ajudassem a pagar as contas. Tirando o fato de Johnny não ser muito fã de gatos a vida que eles tinham no ap era bem comum. No ap, é claro. ─ Agora John andava calmamente pelas ruas afim de chegar o mais rápido possível em casa, chutando as pequenas pedrinhas que trombam pelo seu caminho. Tinha medo de se encontrar com Mark por aí, ele era o culpado de diversos carros que tinha roubado nesse meio tempo, sempre pedindo esse tipo de favores que acabavam com Johnny pouco a pouco.

Mark Lee, um garoto que não aparentava ter mais de 20 anos, estrangeiro e muito falso. Johnny também não se recorda muito bem de como conhecera Mark e muito menos se eles tinham alguma ligação no passado. Apenas sabia que ele era um tremendo de um filha da puta que vivia contando mentiras sobre si para Jaehyun e pessoas próximas. Fazem alguns meses que não vê Mark pelo bairro, não que isso fosse um problema, já que queria distância. Sempre pensou em como o garoto o prejudicava quando pedia para lhe ajudar em assaltos, e Johnny sabia que não poderia negar favores ao Lee, tinha muitas coisas em jogo naquele momento.

Se perguntava sempre que parava para pensar de Lee não havia sido morto ou preso, não deveria pensar assim do "amigo" mas essas são as únicas opções para seu destino. Teve sorte em encontrar Taeyong, esse que conseguiu tirar Mark de sua vida aos poucos, mas sabia que ele voltaria a qualquer momento, então não poderia comemorar.

Entrou no apartamento com calma, notando a presença da gata de Taeyong mais algumas luzes ligadas. Viu o mais velho vir em sua direção e cruzar os braços, não tinha uma cara nada boa para Johnny, era como se estivesse mandando um "Onde você estava, caralho?" apenas com o olhar. Fechou a porta e sorriu sem graça, indo até o sofá para pode se sentar um pouco, talvez até descansar.

─ Onde voc-

─ Desculpa. ─ Começou, apoiando a cabeça nas costas do sofá. ─ Aconteceram algumas coisas que eu precisava resolver. Desculpa não avisar.

Taeyong apenas suspirou fundo e veio a se sentar ao lado do colega. Sabia pelas coisas que ele passava, sobre tudo o que tentava deixar para trás mas, por culpa de alguém, não conseguiria. Pensativo, o anfitrião da casa lhe deu dois tapinhas nos ombros, sorrindo para lhe passar um pouco de confiança e acolhimento. Johnny, ao se virar, notou os arranhões e machucados na maçã do rosto de Taeyong e em seus lábios. Se ajeitou no sofá e franziu o cenho curioso, intercalava o olhar entre o rapaz e seus machucados.

─  Que merda aconteceu com sua cara, Taeyong?

─  Ah, tá falando disso? ─ Apontou para o rosto com um sorriso pequeno. ─ Aquele chinês lá, o tirado a playboy. Ele disse algumas coisas para alguns policiais e blá blá blá..

─ Eu sabia que você iria acabar levando uma surra a qualquer dia por causa dele, era só questão de tempo. ─ Disse rindo baixinho, recebendo uma careta de desaprovação pela parte de Taeyong em resposta.

─ Vem, eu tô com sede e quero muito beber algo com álcool.

─ Você tá todo ferrado e ainda tá pensando em beber?

─ Eu tô machucado, não doente!

Johnny riu e se levantou com o outro, caminharam até a cozinha e se serviram com um bom vinho. Conversavam sobre coisas aleatórias, davam ótimas risadas, se divertiam.

Enquanto isso em Seoul, um rapaz de cabelos castanhos escuros encarava um porta retrato com uma foto, talvez a última foto que tirou sorrindo ao lado do amigo. Pensava em como tudo isso se tornou tão frio e amargo em menos de meses, realmente não sabia. Não saia ao certo o que fazer; Iria atrás dele de seu amigo? Tentava lhe converter - de novo - para que não acontecesse algo de ruim? Mas nunca mais ouvira falar de assaltos à carros sem serem por criminosos do bairro. E agora tinha que lidar com um assassinato de uma mulher perto da escola nacional de Dwight School, teria que ir atrás de testemunhas, isso tudo parecia uma grande pedra em cima de sua cabeça, pesando e pesando até o esmagar de vez. Talvez tivesse que separar tudo com cuidado ou iria acabar se sobrecarregando e, sobrecarregado, Jaehyun era uma pessoa totalmente diferente.

Sentia saudades das piadas bestas do seu amigo, sentia saudades do seu amigo.

oi gentekkk me perdoem pela demora absurda para att, tive um baita bloqueio! pra vcs terem noção, esse cap ficou parado nos rascunhos por uns cinco dias inteiros 💀 então, pra "recompensar" tentei fazer ele maior que os demais, espero que tenha ficado bom