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Vinnie's pov

Abaixei a carta, os braços encostados nos joelhos, eu ainda permanecia sentado encostado na cama. Lágrimas escorriam pelo meu rosto desde que comecei a ler. Passei meus dedos pelas palavras escritas, pela assinatura dela.

Com dificuldade, dobrei a carta novamente e a guardei como estava antes de abrir. A deixei em cima da cama e encarei a caixa ao meu lado. Respirei fundo e a coloquei em meu colo, tirei a tampa e olhei o que havia dentro.

Tirei com cuidado algumas fotos nossas em porta retratos, outras também, dentro de um álbum. Apreciei uma a uma com muita atenção, sorri vendo o sorriso dela nas fotos, chorei lembrando que ela não está mais aqui.

Um bichinho de pelúcia que eu mesmo dei para ela. Ganhei um dia que fomos em um parque de diversões. Ela deve ter guardado-o por uns dois anos.

Havia também um suéter amarelo, a cor preferida dela. É o meu suéter favorito, adorava vê-la vestida com ele. Talvez seja por isso que ele esteja aqui agora.

Guardei tudo dentro da caixa novamente junto com a carta, a deixei por cima de tudo. Fechei e coloquei em cima da minha cama, mas continuei sentado no chão. Parei para pensar em tudo o que ela escreveu, de suas desculpas pelo o que fez, de seus pedidos.

Não sei se serei capaz de amar alguém igual amei Sofia, não sei se conseguirei um dia me apaixonar novamente por outra pessoa. Não sei se quero isso. Mas ela pediu, ela quer que eu aproveite e siga minha vida adiante, por mais difícil que isso seja.

Minha mãe entrou no quarto e sentou ao meu lado, me abraçou e me deixou encostar minha cabeça em seu ombro. Me permiti continuar chorando.

Com o tempo que se passou, contei a ela o que estava escrito na carta e a entreguei para ela lê-la também. A mais velha teve a mesma reação que a minha - mesmo chorando menos do que eu - também ficou emocionada com o que Sofia escrevera.

- Não sei se quero mãe. - Falei para ela quando guardamos novamente as coisas na caixa. - Não quero outra pessoa na minha vida.

- Você pode dizer isso agora querido - minha mãe começou. - mas pode ser que um dia, você se apaixone novamente e não tem nenhum problema nisso.

- Eu sei que não. - Falei. - Mas eu a amo tanto.

- Você não precisa deixar de amá-la, ao contrário, Sofia fez parte da sua vida. Ela ainda é e sempre será importante para você. Pode amá-la, mas isso não quer dizer que você não pode se apaixonar por outra pessoa, não quer dizer que não pode namorar e talvez, casar com alguém futuramente.

Não respondi, mas concordei com a cabeça. Sei que ela tem razão, minha mãe está certa, Sofia estava certa. Mas não quero pensar nisso agora, não quero e não vou me apaixonar novamente por alguém agora. Isso pode acontecer no futuro - o que eu acho um pouco difícil - mas pode acontecer e se por acaso eu me apaixonar de novo, bom... agora, eu não tenho a resposta.

Guardei a caixa dentro do meu guarda-roupa e depois fui para o banheiro. Entrei debaixo do chuveiro e passei os próximos trinta minutos ali embaixo pensando e repassando a carta na minha cabeça.

Me vesti quando saí e depois me deitei na cama. Tomei o remédio recomendado pelo médico já que havia dado o horário.

Minha cabeça estava pesada, um turbilhão de coisas se passavam por ela. Queria dormir para tentar descansar, mas não conseguia. Uma angústia apertava meu coração, aparentava querer me esmagar. Me sentia mal, sentia uma dor passar por todo o meu corpo. Queria ir embora, embora deste mundo.

Senti lágrimas caírem, se arrastarem pelo meu rosto. Apertei o travesseiro ao meu lado e coloquei minhas pernas perto do peito. Minha mãe voltou, entrou no quarto e se deitou comigo. Me abraçou por trás e passou suas mãos pelo meu cabelo. Sussurrou que tudo ficaria bem e que a dor iria cessar.

- Não quero mais mãe. - Murmurei para ela. - Não quero viver se não tiver ela ao meu lado.

- Você vai passar por isso. - Ela murmurou de volta. - Essa dor vai querer te derrubar, te levar pro fundo, mas você precisa se manter forte e eu sei que isso é difícil. Mas eu também sei que você é capaz! Eu sei o filho forte e determinado que eu tenho, o filho que nunca se deixou atingir. Vamos te ajudar a passar por isso.

Me virei e abracei minha mãe, enrolando meus braços em volta dela enquanto a mais velha beijava minha testa e acariciava meu cabelo. Me permiti chorar até cansar, até acabar dormindo.

- 🖤 -

oioii amores como vocês estão? espero que bem :)
postando aqui porque tô sem tempo para escrever daddy issues, mas vou tentar preparar uma maratona para ela <3
tia maria é tudo, amo ela 🥺🤏🏻
estamos perto do final da fic que possivelmente terá uma continuação...

não se esqueça de votar e comentar ❤️

beijos mf.

𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐌𝐎𝐑𝐄 𝐅𝐈𝐕𝐄 𝐌𝐈𝐍 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐔 - ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde as histórias ganham vida. Descobre agora