Sim,Senhor! parte 4 Gabbriel

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Eu: que merda..

Fiquei, lendo e relendo aquilo tentando justificar algo, mas o único culpado de tudo era eu. Eu acabei criando expectativas de algo que não existia de algo que eu acabei criando.. Tentava ocupar minha cabeça pra ver se eu esquecia dele. A noite na faculdade era fácil pensar nele e pelo jeito era não conseguia disfarça.

Carol: terra chamando!

Eu: que?

Carol: a professora ta te chamando

Olhei pra professora que me olhava com uma cara. Me levantei e fui até ela, que me falou que tinha trabalho em dupla como o Gabriel e como ele não tinha aparecido até o momento ela me explicou e disse que era pra ser entregue semana que vem. Quando cheguei em casa fui pesquisa sobre desembargador e apareceu tudo o que o mesmo fazia e até em média quanto ganhava um. Então digitei "Quanto ganha um desembargador do Estado (desculpem, mas não vou dizer qual o estado) e caralho, era muito alto o salário pro estado que a gente morava". Desliguei o not e fui dormir. Na quarta à tarde meu celular começou a tocar, fui ver e era o André. Meu coração acelerou, mas não atendi continuava triste e ele me ligou mais 2 vezes naquele dia. No outro dia a campainha tocava, me levantei e abrir a porta e ele foi entrando e só sentir o perfume dele.

Eu: boa tarde, Gabriel!

Claro que ele não respondeu, sentou na cadeira e foi tirando as coisas da mochila dele, respirei e me sentei do lado dele. Ele só falava o necessário sobre o trabalho, à gente passou quase a tarde toda naquele trabalho, já começava a ficar estressado.

Eu: cansei bora da um tempo?

Gabriel: não, o quanto antes a gente termina eu me vejo livre de ti..

Eu: Qual é a tua Gabriel? Tu achas mesmo que eu queria tá aqui contigo?

Ele ficou me olhando, quando a campainha tocou. Me levantei e quando abrir a porta vi aqueles olhos verdes me olhando.

Eu: André? O que tu faz aqui?

André: fiquei preocupado, te liguei esses dias e tu não me atendeu.

Eu: agora não é uma boa, depois a gente conversa pode ser?

Na mesma hora ele franziu a testa e empurrou a porta, mas eu consegui segura-la.

André: quem tá ai contigo?

Ele empurrou a porta com mais força e entrou e viu o Gabriel sentado na cadeira e depois me olhou como quem espera uma explicação..

Eu: André to fazendo um trabalho da faculdade, volta depois cara?

Ele mudou a expressão do rosto e fez uma cara de cachorro sem dono

André: posso passar aqui depois que tu sair da faculdade?

Eu: me liga que a gente acerta, blz?

André: tudo bem!

Ele ficou me olhando e mordeu a boca e foi andando em direção à porta e saiu e a fechou.

Eu: Ah, merda. Gabriel eu já venho

Sair de casa e ouvi o Gabriel falando

Gabriel: vai me deixar aqui mesmo?

Já tava no corredor, o André estava esperando o elevador. Ele me olhou e veio na minha direção, chegou perto de mim e me abraçou e o abraço foi tão forte que doeu minha costela. Meu nariz tocou o pescoço dele e eu inspirei sentindo o perfume dele e ele riu.

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