Sim, Senhor! parte 15- Sem saída

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Sentir meu corpo todo gelar num arrepio que veio da nuca que desceu pela costa e chegou nas pernas.

Eu: como?

Ela riu e pegou o prato outra vez.

Ana: o André sempre falou enquanto dormia e algumas vezes ele falava teu nome. Como Vinícius, faz direito não é assim que eu gosto ou digita isso aqui. Essas coisas que patrão manda empregado fazer sabe? Mas não é só o seu nome que ele fala, tem o marco com o famoso trás o relatório marco, meu nome às vezes e o da Luiza.

Eu: Luiza?

Ana: sim a nossa filha, você ainda não a conhece né?

Eu: não, quando terminei com o André o estágio ele tinha acabado de me falar que seria pai.

Ana: eu que sofri quando você largou ele.

Eu: como?

Ana: o André ficou num mal humor desgraçado tudo se estressava o porquê você tinha trocado ele por um estágio melhor.

Disse ele colocando salada no prato. Sabe quando alguém tentar força algo? Não to dizendo que ela tava sendo falsa, mas sim que ela tentava uma aproximação.

Eu: quem manda ser tão mão de vaca

Ela riu

Ana: o aniversário do André tá chegando e nós vamos fazer um jantar lá em casa apareça por lá, vou mandar o André lhe da o endereço.

Eu: claro..

Não, não mesmo que eu iria lá! Voltei pra mesa onde o Ernau tava e me sentei ao lado dele.

Ernau: o que foi?

Eu: nada não

Ernau: fala sério, tu tá pálido!

Eu: não to muito bem, acho que minha pressão.

Ernau: imagino, se quiser a gente pode ir embora

Eu: não, claro que não a gente mal chegou.

Ele não falou mais nada. O jantar era tão foda que quem tocou lá foi só o Roupa Nova. O Ernau somente era fá deles.

Ernau: cresci ouvindo eles, meus pais gostam muito deles.

Ele ficou todo empolgado com o show, eu gostava deles, mas eu tinha perdido completamente o animo aquela noite.

Eu: vou ao banheiro

Ernau: tudo bem.

Fui me desviando das pessoas que se concentravam perto do palco onde o show ocorria, fui em direção do banheiro entrei nele e por sorte não tinha ninguém. Fui em direção a pia e lavei minha mão e me olhei no espelho e assim fiquei um tempo.

Eu: que merda!

Desliguei a tornei, quando o som ínvido o banheiro e olhei pra porta e lá estava ele. O André me olhava não com a mesma cara me olhava do jeito que o André que eu conhecia me olhava.

André: queria falar contigo

A voz dele ecoou pelo banheiro, eu respirei fundo.

Eu: André aquilo que eu te disse quando tu saiu de casa ainda continua de pé, esquece que um dia tu me conheceu.

André: para de ser criança cara, com esse papo que eu não te conheço..

Disse ele vindo em minha direção

André: eu te conheço como ninguém..

Eu: não conhece porra nenhuma.

André: eu não vi pra discuti contigo, eu queria conversa!

Sim, Senhor!Where stories live. Discover now