Capítulo 35

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Oi,

Boa leitura :)



Depois de colocar sal no café de Lena quando ela se distraiu, Kara saiu da cozinha e caminhou até a parte de trás da casa, onde encontrou um banco de concreto e se sentou sob os raios de sol e observou os arredores da propriedade.

Nos fundos da casa, a alguns metros dela havia uma grande horta com variados tipos de vegetais, todos exalando um ar saudável e visoso.

Uma das empregadas estava preparando a terra para um novo canteiro de alfaces e Kara observou com um olhar melancólico a funcionaria pegar as mudinhas e plantá-las do mesmo modo que ela, Alex e os pais faziam na pequena horta atrás da casa em Midvale.

O pai dela não gostava muito de vegetais, e Kara tampouco, então não era exatamente fácil obrigá-la a plantar qualquer coisa. Ela não via lógica em plantar algo que detestava.

Alex gostava de vegetais, e também gostava de plantá-los contanto que ela pudesse fazer seu próprio canteiro, se Kara colocasse um dedinho do lado dela da horta era motivo suficiente para as duas saírem rolando pela terra.

Kara havia conseguido a pequena cicatriz sobre a sobrancelha desse modo.

Ela tinha nove anos e Alex onze, Kara havia sido arrastada até a horta naquela manhã e depois de fazer muita birra decidiu que queria plantar tomate. Mas ela não queria fazer um canteiro, não depois de ver o canteiro que Alex tinha feito.

Alex sendo Alex não quis dividir com ela, mas Kara a ignorou completamente – afinal o canteiro que Alex havia feito era grande o suficiente para as duas– então quando Kara se virou para pegar as mudinhas, Alex pulou nos ombros dela e as duas saíram rolando aos berros pela terra.

Kara engoliu sua porcentagem de terra naquele dia e Alex a dela.

Enquanto rolavam Alex a empurrou e Kara bateu a testa em um regador de metal cheio de água.

Foi preciso dar dois pontos. Alex nunca se desculpou.

— Maldita – Kara murmurou para si mesma tocando a cicatriz escondida pela maquiagem com o dedo.

Ela bufou levemente e desviou os olhos pelo longo corredor de pinheiros que marcava o fim da propriedade.

A alguns metros do lado esquerdo havia um espaço cercado por um muro cinzento de cerca de um metro e meio de altura com grades de ferro negro se erguendo dos blocos até atingir mais de dois metros.

Através do portão de grade Kara podia ver vários cachorros grandes perambulando pelo espaço.

Era ali que Lena a havia mandado dormir?

Mas o que realmente chamou a atenção de Kara naquela direção foi a pequena forma rondando o canil e pulando tentando ver por cima do muro.

Kara se levantou e caminhou em direção a Luna.

Enquanto ela se aproximava Louis saiu de dentro do canil e se aproximou da criança. Ele parecia estar tentando falar com Luna, mas a menina não estava dando muita atenção a ele. Kara se apressou e quando estava a um metro de distancia, Louis agarrou o ombro de Luna e a segurou no lugar e Kara o ouviu dizer:

— Se eu fosse você pararia de ficar pulando menininha, a menos que queira fazer companhia aos cachorros.

—E se eu fosse você tiraria as mãos da sua patroa – Kara grunhiu dando os últimos passos para perto de Luna e arrancando a mão do homem do ombro da criança com uma leve torção de pulso.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now