Poema 15|Como cinza ao vento

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Prometi pra mim mesma que não choraria
Nenhuma lágrima deramaria
Não por insultos e injustiças
Não por seres que não podem me entender
Nem por seres que não se esforçam para compreender
A muito que morri psicologicamente
E aos poucos fisicamente
Como cinza ao vento
Como cinza ao vento me esvaiu

Carrego o peso de cada lágrima oprimida
Dizem que sou delicada e complicada
Mas como uma flor que não é regada
Eu murchei
Cada pétala não regada murchou
E aos poucos, bem lentamente
Eu me fui
Como cinza ao vento
Como cinza ao vento eu me fui

Agora vão olhar pra mim e dizer que não sou a mesma
Ninguém é mais o mesmo
Com o passar do tempo
Eu voltarei, talvez
Mas por em quanto
Quero que me deixem
Morrer um pouco.

Palavras ensanguentadas Where stories live. Discover now