season specia: mi pequeña Blue

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BARCELONA, 2008

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BARCELONA, 2008

A menininha encontrava-se sentada na areia, olhando para o mar sentindo o aroma salgado bater contra sua pequena estatura. Seus olhos castanhos puxados para o verde observavam o vai e vem das ondas, que em um movimento repetitivo levava e trazia histórias.

A pequena espanhola gostava de ouvir histórias, por mais bobas e sem sentido que seu avô lhe contava sobre sua vida. Ela era feita de histórias e nasceu para contá-las.

— Sabe, pequena Blue. — seu avô Álvaro instigou, chamando atenção da menina. — Esse mar me lembra muito sua avó. — os olhos dela arregalaram-se expressando sua curiosidade.

— Por que? — o tom calmo e inocente fez o mais velho abrir um sorriso.

— Porque foi aqui que eu conheci sua avó. — a expressão facial da garotinha, mostrou que ele deveria prosseguir com a história. — Eu estava de passagem por Barcelona para resolver algumas coisas com alguns sócios da oficina, então eu a vi. — Álvaro contou nostálgico, lembrando-se a primeira vez em que vira Isabel. — Ela era a moça mais linda que eu já tinha visto em toda minha vida. Perfeita como um anjo. — Blue abriu um sorriso. — Os fios loiros estavam úmidos, os olhos se igualavam ao mar e o sorriso iluminava sua face, me deixando encantado. — gesticulou olhando para as águas do mar.

— E o que o senhor fez, vovô? — a neta lhe perguntou.

— Ora, eu fui até ela. — ele riu. — Ela estava com algumas amigas e não me deu muita atenção. — os dois riram. — Mas eu não iria desistir tão fácil assim. Eu continuei insistindo até que ela aceitou que eu pagasse um sorvete a ela.

— Sorvete de pistache. — Blue concluiu.

— Sim, era horrível para mim, mas eu me obriguei a tomá-lo somente para ter sua avó ao meu lado. — soltou uma risada. — E eu tinha que ir embora, mas deixei com ela o telefone da oficina e um pingente de estrela, prometendo que iria voltar, nem que fosse em milhões de anos.

— E demorou milhões de anos? — a inocência de Blue era uma das coisas Álvaro achava mais encantador na neta.

— Oh, não minha pequena Blue. — ele sorriu, passando a mão sobre os fios da garota. — Em poucas semanas eu estava de volta a Barcelona, dessa vez de mala e cuia. — suspirou pensativo. — Seus bisavós não foram muito solícitos a essa decisão, afinal era o primogênito deixando tudo que um dia seria seu e indo atrás de uma mulher que segundo eles, eu mal conhecia. — riu — Foi a maior loucura da minha vida, mas eu não me arrependo. Porque sua avó era minha desde o primeiro dia, porque eu a amei desde o primeiro olhar. Porque éramos para ficarmos juntos.

Blue sorriu.

O amor que seus avós sentiam era como aqueles que ela só tinha visto em filmes. Era o amor mais verdadeiro e sincero, porque eles eram almas complementares, feito um para o outro.

A pequena garotinha não tinha o amor dos pais como uma história que servia para se orgulhar. Logicamente, no início Dulce e Arnold eram felizes — mesmo com os segredos omitidos. A menina foi a esperança que nasceu em meio a uma relação que estava prestes a ir para o ralo. Blue de certa forma salvou os pais de uma separação, assegurou a união por mais um tempo, no entanto quando tudo foi descoberto, não houve nada que fizesse os pais ficarem juntos.

Os gritos e discussões acirradas ainda balançavam dentro da cabecinha da menina. Eram memórias rasas e nada agradáveis, porém ainda faziam barulho para Blue.

— Quando é que sabemos quando estamos apaixonados? — aquela pergunta pegou o espanhol de surpresa.

Alvaro encarou o movimento das ondas pensando no que iria dizer à neta. Ele como a figura paterna que era presente na vida de Blue, deveria pelo menos tentar sanar as dúvidas da menina.

— Eu não sei. — chacoalhou a cabeça. — Cada um tem uma reação diante a isso. Seu coração com certeza irá acelerar, talvez você não consiga parar de olhar para a pessoa, ou sinta como se existissem só vocês, ou sinta um frio na barriga, como se borboletas estivessem dentro de si.

— Vô! — Blue chamou pelo mais velho. — Eu quero viver um amor como o de vocês. — as sobrancelhas do homem levantaram-se. — Quero viver um amor feliz com o do senhor e a vovó. — Alvaro afagou os fios de cabelo dela.

— Com certeza você viverá, minha pequena Blue. — assegurou. — Você terá um garoto que irá te fazer a pessoa mais feliz desse mundo. — garantiu.

— Vô! — ela chamou-o mais uma vez. — Acho que eu estou apaixonada. — Álvaro arregalou os olhos.

— Blue, querida… — ele tentou iniciar uma explicação sobre ela ser muito nova para dizer aquilo.

— Não é mentira, vovô. — garantiu antes que ele continuasse a falar. — Eu o vi com meu irmão nas férias em Monza. — confessou em um sussurro. — Ele é muito bonito e eu gosto dele, vovô. — assegurou franca.

O homem ficou sem palavras. Não sabia como reagir aquela conversa. Blue era nova, caminhava para o início da adolescência, era óbvio que ela começaria a ter esses sentimentos. Álvaro tinha sentido isso, sabia que amores da infância muitas vezes chegavam até a vida adulta, mas no caso da neta, não haveria futuro.

— Que tal esperarmos um pouco, hein? — o homem perguntou. — Você ainda é muito nova para encher essa cabecinha com isso. — tocou o indicador várias vezes na cabeça da menina. — Tudo no seu tempo, Blue. — a menina levantou-se, abrindo os braços e dando um beijo na bochecha do avô.

— Eu te amo, vovô! — exclamou, apertando o homem em um abraço.

— Eu também te amo, minha pequena Blue.

Álvaro sabia que a neta era especial e que ela seria grandiosa. Porque ela sempre seria sua pequena Blue.

Oi! Voltei com um capítulo especial, que na primeira vez que postei era para comemorar os 10k de views e olha onde estamos agora!

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Oi! Voltei com um capítulo especial, que na primeira vez que postei era para comemorar os 10k de views e olha onde estamos agora!

Bom, não vou falar nada, mas é sempre bom ter os olhos abertos nas minhas fanfics, porque sempre tem algumas pistas soltas.

Espero que vocês estejam gostando!

Um grande beijo e até mais!

Um grande beijo e até mais!

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BLUE | GEORGE RUSSELLWhere stories live. Discover now