Prólogo

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Caralho de um incêndio

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Era tarde da noite, as ruas estavam silenciosas e bastante quietas, uma noite tranquila para o herói que havia se deparado com duas tentativas de roubo e nada mais, em breve poderia encerrar o expediente e ir para casa, dormir.

Eraserhead trajava um uniforme negro para se camuflar nas sombras dos prédios, a arma de captura branca e os óculos de proteção amarelo eram suas únicas cores enquanto seguia em sua patrulha, rumo as áreas florestais do distrito.

Foi quando viu, na floresta que cercava parte do pequeno distrito de Masutafu, uma fumaça negra subia densamente.

Eraserhead correu naquela direção, se fosse um incêndio criminoso ele ainda poderia encontrar os malfeitores, mas, caso não, poderia conter o incêndio que ainda não deveria ser grande, em todo caso precisava agir rápido. 

Assim que chegou na floresta encontrou pequenos focos de incêndio e árvores queimadas, um caos total, as chamas azuis apontavam para uma peculiaridade, assim começou a investigar a floresta carbonizada enquanto o fogo apagava lentamente.

Gemidos de dor chamaram sua atenção e Eraserhead se apressou para o local encontrando uma criança gemendo de dor, seu corpo em pele viva e queimaduras de alto grau, pequenas chamas ainda o queimando.

Por puro instinto Eraserhead ativou sua própria peculiaridade e as chamas se foram. Um descontrole peculiar? Independente do que fosse, Eraser tinha que salvar a criança primeiro, assim ele o pegou no colo o levando para o hospital mais próximo.

Onde estavam os pais da criança? Por que ele estava em um lugar tão afastado das áreas urbanas centrais? Essas perguntas rondavam sua mente enquanto via o garoto ser levado para a emergência.

Enquanto o menino era entendido o herói buscou o celular já pensando na papelada que assinaria, odiava a papelada, mas ela era necessária para a organização e manutenção da profissão heroica, com um suspiro, ligou.

- Eraserhead? - O detetive atendeu no segundo toque.

- Tsukauchi estou no hospital geral de Masutafu.

- Você? No hospital? Então foi realmente grave, preciso atestar seu óbito? Vai chover canivetes? - Eraserhead conteve um revirar de olhos, por que mesmo ele só agia com Tsukauchi? O cara sabia irritar tanto quanto seus amigos.

- Encontrei uma criança com descontrole peculiar, ele queimou parte de uma floresta e está passando por cirurgia agora.

- Entendi, estou indo, vou levar a papelada para matarmos o tempo.

Eraserhead quis rir, matar o tempo com a papelada?! Sinceramente, o humor de Tsukauchi podia ser pior que o seu!

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Aizawa Shouta, mais conhecido como o herói underground Eraserhead, odiava a papelada do final do turno, mas, dessa vez ela conseguiu o distrair da preocupação crescente com a criança internada que havia salvo aquela noite até o médico aparecer com, esperava, boas notícias.

- Boa noite, sou o doutor Riki, responsável pelo paciente que trouxeram.

- Boa noite, sou o detetive Tsukauchi e este é o herói Eraserhead - Tsukauchi se ergueu apresentando as carteirinhas, por que ele estava com a de Eraser na mão? Por que era mais fácil preencher a papelada assim do que deixando com o próprio herói - Como está a criança?

- Nada bem, ele foi exposto a altos graus e sofreu extensas queimaduras que reabriram feridas antigas que não foram bem tratadas na época, parte do seu sistema nervoso também queimou assim como alguns órgãos internos como o fígado e uma parte do rim esquerdo, ele tem severas queimaduras em seu esqueleto e muitos dos seus ossos foram quebrados repetidas vezes, o curamos o máximo possível, mas só podemos ter noção da extensão dos danos quando ele acordar, por hora, ele está estável, mas isso pode mudar em questão de segundos.

- Podemos vê lo? - O detetive pediu sabendo que o herói não sossegaria até verificar com os próprios olhos.

- Me sigam.

O médico se virou e eles seguiram até a UTI, do vidro que os separava, Shouta viu o garoto, agora limpo, completamente enfaixado, seu rosto era coberto por ataduras que só deixavam os olhos fechados visíveis, o cabelo branco sumindo na gaze igualmente branca, o pescoço coberto de faixas e a roupa do hospital junto da coberta escondia o resto, além disso ambos os braços e uma das pernas estavam engessados, eletrodos ligavam um monitor cardíaco ao garoto e um suporte de soro estava ao lado, conectado ao garoto por um acesso intravenoso, sua expressão, mesmo inconsciente, era de pura dor.

- Ele vai ficar alguns dias em observação para termos certeza de que está tudo bem e só então iremos o liberar para ir para o quarto - O médico contou - Senhores, ele possui inúmeras feridas antigas que mostram claro sinal de abuso, provavelmente ele foi deixado na floresta, naquele estado, para morrer, com a pouca idade só podemos cogitar a possibilidade de ter sido os próprios pais.

- Vamos garantir que os culpados sejam presos - Eraserhead garantiu, seu sangue fervendo em raiva pelo que o garoto passou enquanto o coração apertava imaginando a dor que ele deveria estar sentindo.

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Olha quem ressurgiu das cinzas!!! Que piada péssima, não? Mas cá estou eu com a fic de Julho! O mês das festas juninas com a nossa fogueira azul favorita, Família de Verdade é um plot que ue amo, sinceramente, ela surgiu de mais um louco 'e se' meu e virou um dos meus xodós de BNHA, principalmente porque não se trata dos personagens que assistimos/lemos, mas de uma geração atrás, a geração do Dabi e como as coisas poderiam ser diferentes pra eles!
Espero que se apaixonem tanto quanto eu sou apaixonada por essa família e acompanhem com tanto carinho quanto eles têm um pelo outro!!!
As postagens serão às sextas-feiras meio-dia, então marque na agenda para não perder ;)

Família de verdadeDonde viven las historias. Descúbrelo ahora