VIII

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Taehyug fugiu.

Não era novidade. Jeongguk não estava surpreso. Mas ele não sabia se ficava preocupado ou ansioso. Triste ou feliz. Preferiu, por fim, não sentir nada, e apenas responder ao chamado do batsinal que foi aceso no céu poucos minutos depois da fuga do palhaço do crime da prisão de Gotham.

Alfred, por outro lado, custou a perceber que o patrão não conseguira esconder tão bem assim o que sentira — mesmo que não quisesse sentir nada. O mordomo percebia a agonia no outro em colocar, pela primeira vez, desajeitadamente seu traje. Ou a respiração pesada em ansiar achar o Taehyung. Mas Alfred ignorou e nada comentou, como achou que faria.

Do alto do prédio de departamento de polícia, o comissário James Gordon estava acompanhado por mais alguns homens fardados e armados. Jeongguk não pensou muito nisso. Queria ouvir o que o outro tinha para lhe falar.

— Gostaria que vasculhasse o perímetro. Vamos nos dividir, você vai para o sul.

Jeon apenas assentiu em sua frente. Queria sair logo dali para achá-lo primeiro que todos esses homens. Ele poderia ir ao sul, mas em seguida rumaria ao norte, leste e oeste.

— Senhor, nenhum sinal pelos monitores.

— Eu- Eu preciso encontrá-lo, Alfred.

Não obteve resposta. Na verdade, pelo apito soado agonizante em seu ouvido, a ligação havia sido cortada. Ótimo, agora Alfred o discrimina. É o mínimo, é claro, Batman está apaixonado pelo Coringa. O que Jeongguk esperasse que fosse acontecer? Congratulações e esperanças pelo convite de casamento? Por favor.

Diante do ocorrido, Jeongguk estava um pouco perdido. Para onde diabos Taehyung teria ido? Ele foi ao sul brevemente, mas nada lá o atraía. Seu covil era dispensável, o porão do prédio que estivera no último encontro com o Superman nem pensar. Com a Arlequina, talvez, mas onde ela estaria?

Pensou em procurar pelo Harvey, agora Duas-Caras, já que esse provavelmente iria atrás de Taehyung. Mas não. Ele faria sozinho, tinha que encontrá-lo sozinho. Escolheu pela moto no dia por ser mais veloz e acelerou. Acelerou como se não houvesse o amanhã. E ele nem sabia ao certo o porquê de tanta agonia, de tanta ansiedade.

Norte, sul, leste, oeste. Nada. Horas já haviam se passado e ninguém o encontrara. Nem Jeongguk, nem Gordon, nem policiais, nem outros vilões. Suspirou. Esperava que o batsinal não fosse ligado no dia seguinte.

Se dirigiu ao seu lar, onde poderia descansar brevemente até rumar novamente a busca incansável por Taehyung. De novo, por que tanta agonia? Talvez não quisesse admitir o óbvio novamente. Balançou a cabeça.

Entrou com o moto na batcaverna e rapidamente tirou seu traje de qualquer jeito. Apenas para se ver livre o mais depressa possível e poder tomar um banho e deitar em sua cama e fechar seus olhos e dormir. Colocou uma calça moletom que já ficava no local, uma blusa qualquer, e se pôs a subir.

— Senhor Jeon. — Se virou para encarar Alfred na frente da sala de estar da mansão. — Perdoe-me a falha na ligação mais cedo, fiquei ocupado. — Pigarreou sem jeito e começou a se distanciar, indo para o outro cômodo. — O senhor tem visita.

Jeongguk juntou as sobrancelhas. Observou Alfred sumir de sua vista para voltar o olhar à sala de estar. Visita? Quem poderia ser com tanto mistério? Fazia horas da tal falha, por que Alfred não o contatara em seguida? Bufou e deu poucos passos, mantendo a expressão séria de sempre. Mas, por deslize, seu coração disparou pelo susto.

— Olá, querido.

— Taehyung?

— Surpresa! — Sorriu abertamente enquanto apontava para o seu lado do sofá para que o outro se aproximasse e se sentasse. Jeongguk permaneceu parado.

The Joke of Love | TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora