até o último suspiro

1.

olaaa
começando mais uma fic quentinha
Tá maravilhosa, espero que gostem
Preparem o coração e os lencinhos

Beijos e boa leitura

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"a chuva que cai como uma melodia faz tudo parecer andante" - rain, bts.

TAEHYUNG

Meus dedos acariciaram a pétala amarela da pequena flor, que estava pintada de gotículas de uma chuva que caia timidamente do céu nublado.

Todos os dias, sem exceção, eu paro nesse canteiro de flores que fica bem na saída da universidade, e cumprimento as florzinhas. Suas pétalas são macias, gosto de sentir a textura e delicadeza dela. Porém, hoje está caindo um pé d'água, então não posso ficar por muito tempo.

Retomo meu caminho, acenando para alguns colegas de turma que estavam aglomerados na saída, e vou para casa.

Enquanto ando pelas ruas frescas da cidade, o que mais vejo é guardas chuva de cores pretas e neutras, e no meio de todo o cenário melancólico que é quando chove, há meu guarda chuva amarelo dando destaque e um pouco de vida às ruas.

Eu gosto e não gosto de dias chuvosos. Quando eu estou em casa e posso tomar um café quente e ficar enrolado num cobertor fofinho, olhando as gotas escorregarem no vidro da porta que leva a sacada do meu apartamento, eu gosto da chuva. Mas quando estou na faculdade, no fim da primeira semana do meu segundo semestre, cansado e só querendo minha cama, não gosto da chuva.

Contudo, penso que a chuva sempre sabe o momento certo de cair. Talvez, hoje alguém precise da sensação estranha que a chuva trás. Uma coisa misturada de paz e melancolia. Ou, talvez, para amenizar a dor que estava dentro de alguém, mostrando que não está sozinha no mundo. Espero que hoje alguém se sinta acolhido com essa chuvarada.

Mas como não estou em casa e não posso tomar um cafézinho na cama, vou tomar no meu Café preferido. Sempre me sinto como se estivesse em um filme dos anos 80 quando me sento em uma daquelas mesinhas redondas, decoradas com um ferro dourado que contorna o vidro de uma forma graciosa. Fiquei maravilhado quando entrei lá pela primeira vez, a iluminação é toda feita com lâmpadas rodeadas por lampiões, sério!

É o lugar mais belo e fantasioso que já fui. Fico pensando se as pessoas que vão até lá para ler e bebericar as xícaras cheias de chá, sentem-se como se entrassem nos seus livros, assim como eu.

Ouvi o sininho tilintar na porta quando entrei. Estava vazio, só algumas pessoas espalhadas pelo espaço, concentradas nas telas dos seus notebooks ou nas folhas de seus pequenos mundos fantásticos.

Pedi o de sempre, um café e duas balas de caramelo. Observei o garoto começar a fazer meu pedido de onde eu estava sentado. Ele tinha tatuagens espalhadas no braço direito, contrastando na sua pele branca feito neve, e aparentemente macia. Os desenhos na sua pele e sua postura de durão não condizia com seu rosto, seus olhos felinos e suaves... Penso se ele não usa toda essa postura de bad boy como uma armadura, mas quem sabe?

Acompanhei seus movimentos até chegar em minha mesa e deixar o meu café, acompanhado de duas balas caramelo. Abri um sorriso para ele, que retribuiu junto com uma piscada galanteadora.

Desviei minha atenção para minha bebida quentinha, que fumegava na grande xícara de porcelana branca. Abri as balinhas e as joguei dentro do café, esperando que derretessem para poder tomar. O gosto doce do caramelo misturado com o amargo do café é maravilhoso, descobri isso ao acaso.