Eu quero acreditar

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Eu não faço ideia de como consegui entrar no hotel e chegar até o elevador sem cair. Não consigo sentir minhas pernas e minha cabeça gira sem parar.

Aperto o botão do elevador e sou surpreendida por alguém segurando meus ombros e me virando com força.

— Amy! Onde você esteve?

Ouço uma voz familiar, mas o ambiente gira ao meu redor e não consigo focar na pessoa que está na minha frente. Provavelmente eu já estaria no chão se não estivessem me segurando com força.

— Quem era aquele cara? Você faz ideia do quanto eu estou preocupado? Tentando te ligar e seu telefone está desligado.

Só agora me dou conta de que é Jin que está segurando meus ombros. Ele continua falando, mas eu mal consigo processar tudo o que ele diz.

Mas a imagem de Yuna dando um beijo nele ainda está viva na minha memória e começo a sentir um misto de raiva e dor.

— Não é da sua conta. – Esbravejo e tento empurrar ele para longe, mas acabo me desequilibrando e Jin volta a me segurar.

— Amy, você tem noção do perigo que você correu hoje. Saindo por aí bêbada com um homem que você mal conhece?

— Você não estava preocupado quando beijou Yuna na minha frente.

As palavras saem emboladas e bem mais altas do que eu pretendia, mas sinceramente, eu não me importo.

Ele acha que pode beijar outra mulher na minha frente e depois vir aqui me pedir explicações de onde vou?

— Amy, vamos conversar em um lugar mais reservado. – Jin segura meu braço e me puxa para dentro do elevador.

— Me solta! — Puxo o meu braço com força para que ele me solte e Jin não oferece nenhuma resistência, ele solta o meu braço e aperta algum botão no painel do elevador e as portas se fecham.

— O que foi? Está com medo que Yuna nos veja? — Eu o provoco.

— Vamos conversar no seu quarto.

Jin fala de forma calma, mas posso ver que o seu maxilar está rígido.

— Eu não vou a lugar algum com você.

— Você vai sim!

Jin agarra o meu braço novamente e me guia para fora do elevador em direção ao meu quarto. Eu nem percebe quando as portas se abriram.

— Abra a porta Amy. – Ele pede.

Eu pego o cartão e consigo abrir a porta apesar da maçaneta não parar de se mover.

— Pronto! Já estamos no meu quarto. O que você quer falar? – Falo entrando no quarto.

— Amy, quem era aquele cara que te trouxe?

— Não te interessa. – Respondo rispidamente.

Ele passa as mãos nos cabelos com impaciência. Seu olhar está firme e desafiador, seu cenho está franzido e seu maxilar tenso. Parece que ele está irritado. Mas não me importo nem um pouco, eu até gosto que ele sinta um pouco do que estou sentindo.

— Você tem ideia do quanto eu me preocupei com você? – Ele respira fundo.

— Você não pareceu preocupado quando estava se agarrando com a Yuna na minha frente..., você não se preocupou se me machucaria, você só quis beija-la.

— É claro que me importei Amy, eu juro que não queria ter feito aquilo.

— Eu acreditei sabia? Acreditei de verdade que o seu noivado era falso..., eu acreditei que vocês eram só amigos.

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