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Caroline 🌻

Eu acordei com o Gb puxando toda a coberta, isso me da uma raiva por que aqui de manhã é um frio da porra.

Gb: Ai ai caralho, que isso Carol--- ele fala gemendo de dor depois que eu dei um murro na costela dele.

Caroline: Então para de puxar a coberta caralho--- falo puxando de volta e me virando pro formiga.

Gb: Nossa Carol, é isso mesmo? Tu vai virar pra ele?--- ele pergunta sentando na cama.

Caroline: Ai meu santo viu, vem deita aqui deita--- falo puxando ele e colocando a sua mão na minha cintura.

Tava eu Gb e formiga deitados de conchinha, toda semana é isso já até me acostumei.

Quando deu umas nove horas e eu levantei, tava muito calor já esse tempo ta me deixando louca, de manhã da um frio da porra ai quando da dez horas o calor começa, ai de tarde fica mais quente ainda e de noite o tempo fica nem frio nem calor, fica refrescante.

Caroline: Ou Gb, acorda ai--- chamo o mesmo baixinho.

Gb: Meu turno começa as onze--- ele resmunga.

Caroline: Não é isso não, acorda ai vai--- tiro a coberta dele.

Gb: Fala Carol, fala--- levanta bravo.

Caroline: Vamo zuar o Formiga? Passar maquiagem nele?--- pergunto rindo e ele também.

Gb: Agora, aproveita que essa múmia tem sono pesado.

Eu levantei da cama e peguei minha maleta de maquiagem, e comecei a maquiar ele.

Caroline: Gb, acorda ele já apavorando falando que os cara ta chamando ele la na boca.

Gb: Jae, Oh oh oh, formiga carai, o jv ta boladão contigo la na boca--- ele fala sacudindo o mesmo--- Já são meio dia cria.

O formiga acordou todo apavorado, eu fiquei com uma vontade de rir da cara dele e da maquiagem.

Formiga: Pow Gb, por que não me chamou? Avisa ele la que eu so vou lavar o rosto.

Gb: Que lavar o rosto o que? Ele ta bolado contigo la.

Formiga: Ai meu, depois tu leva minhas coisas --- ele fala calçando o chinelo e saindo de casa.

Quando ele passou aquela porta, eu não aguentei e comecei a rir de mais, o formiga é muito mongo.

Depois de uns dez minutos ele abre a porta revoltado xingando tudo.

Formiga: Porra Japa, que palhaçada é essa aqui?--- eu comecei a rir mais ainda--- Os muleque tão tudo me chamando de princesa por causa disso.

Gb tava se matando de rir, eu estava igual a um tomate e o formiga bufando igual um búfalo.

Caroline: Vem ca búfalo, deixa eu tirar isso da sua cara--- Me levanto com o lenço umedecido na mão.

Nós ficamos zoando sobre a situação por minutos, esses meninos são como meus irmãos mais velhos.

Gb: Quem me incomoda?--- pergunta ouvindo alguém bater na porta.

- Abre ae rapidão.

Eu abri a porta e ele já olhou direto pro formiga, quando é assim o negócio é sério.

- O cobra ta batendo na morena la na 3,  no meio da rua--- Formiga saiu pela porta empurrando todo mundo, e eu e o Gb também saimos correndo sem trancar a porta.

A morena que o cara falou, é a Helen, quase toda semana é isso.

A gente tava correndo atrás do Formiga, hoje ele mata esse cara, a pior coisa que a Helen fez foi se apaixonar por cobra. Eu sei que amor não tem cara e mas ela ficou cega por ele.

Formiga: Eae seu filho da puta--- sacou logo a arma da cintura--- Bate em mim aqui seu cuzão do caralho.

Caroline: Segura ele Gb, ele vai matar o cara.

Gb: Deixa matar, os cara já ta ciente do que ele vai fazer já, agora só se preocupa com a Helen que ta desmaiada ali no chão.

Eu corri até ela e fui ver se ela tava respirando, vai que ne. Gb me ajudou com ela, ele nos levou até o upa de carro e voltou pro morro. Eu fiz as coisas la na upa e os médicos disse que ela teria que ficar internada por uma semana ou até mais, eu não parava de chorar por que ele disse que ela levou uma pancada forte na cabeça e que está entre a vida e a morte.

Como eu estava sozinha naquele hospital eu resolvi ligar pra Lívia que está em outra cidade.

Ligação on*

Caroline: Alô? Livia?--- pergunto chorando.
Livia: Iai gostosa, nem me ligou mais... Carol? Ta tudo bem? Por que você ta chorando?--- já começou a ficar preocupada.
Caroline: Eu to bem, quem não ta é a Helen--- choro mais ainda.
Livia: Como assim a Helen, aconteceu o que?
Caroline: Cobra foi longe de mais, eu to aqui na upa com ela entre a vida e a morte.
Livia: Pelo amor de Deus Carol, me conta isso direito, como assim ela ta entre a vida e a morte?--- nessa hora ela já começou a chorar.
Caroline: Cobra deu uma pancada forte na cabeça de Helen...--- eu soluçava a cada palavra que eu dizia.
Livia: Puta que pariu... Ela vai ficar internada quantos dias?
Caroline: Uma semana ou mais...
Livia: Carol... Depois eu falo com você, vai me mandando mensagem, me deixa informada.
Caroline: Tabom, quando o doutor vir aqui eu te falo, bjs...

Ligação of*

Eu desliguei o celular e me encostei naquelas cadeiras da recepção.

Quando deu 12:00 o doutor veio me dar a notícia.

- Ela vai ser transferida, aqui não da pra ela fazer a cirurgia--- ele fala me dando uns papel pra eu assinar.

Caroline: Cirurgia? Foi tão grave assim?

- Não foi só ela que se machucou, e sim o bebe dela--- eu fiquei sem reação--- Ela tava de 4 semanas, acho que nem ela sabia.

Caroline: O que seria 4 semanas?--- coloco a mão na cabeça.

- Ela estava de um mês, o bebe era uma um feto ainda.

Caroline: Mas o bebe ta bem?

- Infelizmente não, nós vimos no raio x que ela estava grávida, mas ela perdeu a criança.

Caroline: Meu deus... Doutor, pra qual hospital ela vai ser transferida? Eu vou poder ir agora com ela na ambulância?

- Ela vai pro hospital central, e você indo agora não vai fazer diferença, eles ainda vão analisar ela e fazer a cirurgia, então pra você ver ela seria só amanhã de manhã--- e foi ai que perdi tudo.

Eu assinei os papéis, esperei a ambulância chegar e só quando ela saiu da upa que eu fui pra casa.

Eu já estava exausta, meu celular descarregou o ónibus cheio, minha enxaqueca começou, e tudo que eu queria era minha cama e minha casa.

𝑀𝑒𝑢 𝑝𝑒𝑑𝑎𝑐̧𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑐𝑎𝑑𝑜 | REPOSTADAWhere stories live. Discover now