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Caroline 🌻
Dois dias depois...

Eu já estava ficando puta, isso tudo já ta acontecendo, agora meu pai volta me trazendo divida de droga com o Jv.

Eu perdi minha mãe muito cedo, na verdade ela morreu no parto, eu fui criada pela minha vó paterna. Meu pai vivia bêbado até minha vó morrer e eu ir morar com esse traste, ele só me batia e batia aos meus 14 anos eu resolvi arrumar meu emprego e ficar juntando o meu próprio dinheiro.

Eu estudava de manhã e trabalhava meio período no mercadinho da dona Marta, aos meus 17 eu resolvi alugar minha casa aqui no morro mesmo, vou falar a verdade, o aluguel não é barato não o valor que o Jv cobra pra essas casas aqui não vale nada, mas como eu não tenho dinheiro pra comprar a minha própria casa eu tenho que ficar pagando 480 todo final de mês.

Sempre que da os meninos me ajuda, só que eu não gosto de ficar dependendo deles pra isso, eu sei que é de coração e tals mas não da, isso pra mim é vergonhoso ainda mais agora que eu estou desempregada e não tenho como pagar eles.

Zé: Você é uma filha da puta mesmo, igualzinha a sua mãe, nem pra me emprestar um dinheiro não tem--- tava bêbado já--- Vai dar meia hora de buceta vai, ou vai dar pra esses seus amigos traficantes ai vai.

Caroline: Olha aqui, você fica meses sem vim aqui, ai quando vem é bêbado e pra me pedir dinheiro--- se não fosse meu pai já teria metido o murro no meio da boca--- E outra vai dar meia hora de cu você, vai arrumar um emprego que você consegue quitar suas dívidas, agora da licença que você ta no meio do lixo.

Ele só pra me fazer raiva, esparramou o lixo que eu no cantinho da parede pela casa toda e saiu descendo a escada.

Caroline: Seu filho da puta!--- que minha vó me perdoe.

Eu comecei a varrer a casa de novo, passei pano lavei a louça e fui tomar um banho.

Eu comecei a fazer minha mochila e a da Helen pra levar pro hospital, eu ainda não falei prós meninos que ela estava grávida e que perdeu o bebe por causa de cobra, é capaz deles desenterrar o cara pra dar mais tiros nele.

Então eu sai de casa tranquei a porta e fui direto pra boca falar com o Formiga.

Fumaça: Oh oh oh, pensa que vai pra onde japa?

Caroline: Eu vou falar com o Formiga.

Fumaça: Calmo, salve cria, a japinha ta indo ai falar contigo--- acionou o radinho--- Pode ir morena.

Eu subi até a salinha onde fica ele e o Jv, e puta que pariu, quando eu entrei naquela sala meu cu trancou nem o 4g passou.

Formiga: Manda o papo japa--- acende o baseado.

Caroline: Da uma olhada la em casa por essa noite?--- ele assentiu--- Eu vou dormi com a Helen no hospital, e ó, meu pai voltou se ele bater la nem abre.

Formiga: Se ele bater la, ele vai levar um no meio da testa.

Caroline: Que gracinha, tu não é nem doido de fazer isso, mas agora deixa eu ir que o horário de visita vai passar e eu não vou conseguir entrar mais--- dou um beijo na sua bochecha e vou até a porta.

𝑀𝑒𝑢 𝑝𝑒𝑑𝑎𝑐̧𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑐𝑎𝑑𝑜 | REPOSTADAKde žijí příběhy. Začni objevovat