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Muitas coisas acontecem do nada em nossas vidas, e isso foi o que aconteceu comigo.
Em uma hora eu estava feliz, enquanto voltava da casa de uma amiga. Na outra eu já estava chorando de tristeza, enquanto corria.
Quando eu tinha meus 16 anos, o...
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Ayllin Franklin-
A ficha ainda não caiu, eu sei que queria que fosse ele, mas, é inacreditável o fato de ser ele. Em minhas teorias eu nunca ia além, portanto nunca imaginei o que faria se realmente fosse ele. Porém, não é agora que vou saber. Pois minha mente está em completo desespero, e a única coisa ao qual consigo me focar é em Leon.
— Ayllin? Filha? Acorda! — Escuto a voz da minha mãe ao longe me chamando.
À medida que uma dor absurda vai tomando posse do meu corpo e a claridade invadindo meus olhos. Observo o local ande estou, percebendo se tratar de um hospital por causa das paredes brancas e os aparelhos conectados a mim.
Reconheço rapidamente minha mãe com meus irmãos e meu pai. Dona Claire está ao meu lado na maca, enquanto Aylla está do outro lado. Scott está sentado com a cabeça no ombro do meu pai, que está com a cabeça abaixada.
— Como vim parar aqui? Como Leon está? — Pergunto rapidamente, me arrependendo logo em seguida ao sentir minha boca ruim.
Scott e meu pai se levantam rapidamente quando ouve minha voz, Aylla apenas se aproxima mais e aperta minha mão enquanto minha mãe me olha preocupada e triste.
— Você desmaiou nos braços do seu pai depois que Leon foi levado pelos paramédicos. Ele rapidamente te pegou e te trouxe também para o hospital, os médicos olharam seus ferimentos e graças ao bom Deus foram leves. — Ela explica segurando as lágrimas enquanto aponta levemente para o meu pescoço.
Coloco os dedos nele e sinto uma leve faixa em uma parte, me fazendo recordar de Fabrício apertando um pouco a faca fazendo um leve corte.
— Mas e Leon? Ele está vivo, né? — Pergunto preocupada com ele.
Noto minha mãe abaixar a cabeça, Aylla desviar o olhar e Scott olhar para o meu pai. Começo a me desesperar com isso, ele não pode ter morrido, né?
— O caso de Leon foi mais complicado. A bala acertou poucos centímetros abaixo do coração, e perfurou uma área onde causou hemorragia interna. Ele foi levado às presas para a mesa cirúrgica, e ficou horas sendo operado... — Meu pai começa a falar e depois para um pouco, me fazendo esperar o pior.
— E aí? Por favor, me fale que ele está vivo, por favor. — Imploro já deixando as lágrimas rolarem livremente.
— Os médicos fizeram de tudo, mas infelizmente ele ficou de coma e não tem previsão de quando ele irá acordar e se terá seqüelas. — Scott termina me olhando triste.
Seguro a respiração em choque, arregalo os olhos perplexos. Eu não consigo acreditar nisso, em coma. Leon Cooper está em coma. E sem previsões de melhora.
