21- Bomb

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Point Of View Toni Topaz

Manhã de Terça-feira, 9:50 da manhã.

Estava eu na cozinha fazendo meu café-da-manhã até porque eu havia acordado com uma fome tremenda por não ter jantado ontem à noite. Betty estava tomando banho, como eu já tinha tomado meu banho, estava bem plena e tranquila esperando meu café ficar pronto.

Meu celular começou a tocar na sala, fui até lá e peguei o aparelho. O apelido de Cheryl e a sua foto apareciam na tela, o que me fez sorrir. Atendi o celular e o botei na orelha.

— Bom dia, Cher — Desejei.

— Bom dia, Teetee— Arrastou meu apelido com sua voz fofa— Como está nessa manhã de terça?— Perguntou.

— Preparando café pra mim e pro leão que está tomando banho enquanto canta a discografia inteira de Beyoncé pra vizinhança— Falei voltando pra cozinha e fui olhar a torradeira— E você meu bem, como está?— Perguntei.

— Estou bem, tive um sonho um tanto quanto...— Deu uma pequena pausa— Comprometedor, essa noite— Pigarreou a palavra.

— Como foi o sonho?— Perguntei já tendo um pequeno sorriso malicioso crescendo no canto da minha boca.

— Eu corria pelada no centro da cidade— Riu, foi impossível não gargalhar com isso.

— Está de sacanagem comigo, não é Cheryl?— Perguntei em meio ao riso, isso só aumentou ainda mais sua crise de riso.

— Não, não estou. Eu corria pelada no centro da cidade e ficava gritando "¡Ay! Papi, estoy muy louca"— Imitou a voz que fazia, e novamente minha gargalhada foi certeira.

— Ai não, me recuso a acreditar nessa coisa— Falei entre a risada, e parece que ela esta rindo ainda mais.

— Pois foi, acordei agora pouco pensando se foi verdade ou mentira, até porque parecia ser muito real— Comentou.

— Claro que é mentira, eu não deixaria com que vissem esse templo que você chama de corpo, se preserva— Falei rapidamente, ela riu sensualmente.

— Alguém está com ciúmes, será?— Sua voz estava inexplicavelmente sexy.

— Ah! Não Cheryl, não venha dar uma de Marjorie agora. Eu sei do seu alter-ego, Lucy já me falou sobre ele— Contei.

— Puta que pariu, Lucia acaba com as minhas armas secretas, nossa, que merda— Reclamou já tendo sua voz fofa e serena de volta.

— Que bom que nem Betty nem Lucy falaram sobre a minha— Comentei— Bom meu bem, até daqui a pouco— Fingi que iria desligar.

— Ah! Karla Camila, está declarando guerra. Esperemos então— Tinha um tom de ameaça em sua voz— Até daqui a pouco, meu anjo— E logo o famoso beep de que a chamada havia sido encerrada soou no meu ouvido.

— Será que eu estou muito fodida?— Falei comigo mesma enquanto deixava o celular sobre a bancada e dava uma de Barry Allen para fazer as coisas o mais rápido possível.

Em alguns minutos as torradas ficaram prontas e o café também. Betty desceu vestindo apenas sua saia social, sutiã e o salto nos pés.

— Que cheirinho bom, Tee— Fungou o ar e se sentou numa das cadeiras do balcão.

— Ok meu bem, vamos terminar com isso rápido porque eu quero chegar logo no tribunal pra acabar logo com o julgamento— Botei quatro torradas num prato, peguei uma caneca e botei no balcão— Eu sei que irei me estressar hoje pra julgar aquele filho de uma puta, então quero logo acabar com isso— Deixei a jarrinha de café e o pote de açúcar perto dela.

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