40- Chamber

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Point Of View Cheryl Blossom.

Como eu gosto de mimar as pessoas, principalmente minha namorada, e futura esposa, graças a Deus, preparei algumas coisinhas pra levar pra ela no trabalho, já que a mesma disse que é apaixonada pela minha comida, disse que não tenho somente mãos de Anjo, que eu também sou um anjo. Tem como não se apaixonar mais por alguém assim?

Toni me contou sobre a sua manhã agitada, a pessoa inusitada que havia aparecido, que era o mesmo que estava fazendo os ataques pela cidade ultimamente. Não me surpreendi por ser alguém do passado, sempre aparece os nossos fantasmas pra nos atormentar de novo, mas Toni é uma mulher independente, forte e ótima profissional, já deu um jeito no cara, provavelmente ele vai morrer na prisão, não vai sair tão cedo de lá.

— Cher — Ouvi Toni me chamar, ela estava em silêncio fazia alguns minutos concentrada no seu trabalho.

— Sim, amor?— Tirei a atenção do celular, onde estava resolvendo as coisas da floricultura.

— Hoje à noite quer fazer uma sessão de cinema lá em casa? Sei que seria mais fácil irmos até o cinema, mas lá não está passando os filmes que gostamos de assistir— Tinha uma carinha cansada e um jeitinho manhoso.

— Podemos, claro— Sorri animada, ela me sorriu também.

— Chamar todas as meninas, pôr a mão na massa e fazer nossa própria pizza, que tal?— Sugeriu.

— Bee disse que sua pizza é maravilhosa— Contei.

— Uns anos atrás fomos numa conferência internacional em Montreal da galera que trabalha com Justiça, aí tenha uma Juíza da Itália, Giovanna Luna, eu a admiro muito porque ela começou cedo como eu também, e nossa, o trabalho dela é maravilhoso, ela manda muito bem— Comentou num riso impressionado— E ela me ensinou uma receita da família dela, ela já veio fazer um trabalho aqui em Vancouver e foi a primeira vez que fiz a pizza pra gente, recebi a maior nota possível, ela disse que estava idêntica a da avó dela. Imagina como eu fiquei, não é?— Ajeitou-se na cadeira pra me olhar melhor.

Eu amava quando Toni me contava essas coisas porque ela ficava super animada contando e era a coisa mais linda vê-la eufórica contando as histórias, sem citar quando ela fala sobre os pais e a irmã, ela fala com tanto sentimento, com um sorriso lindo nos lábios tendo o maior orgulho deles. Sofia, sua irmã mais nova, sonhava em ser Aeromoça e fazer Engenharia Aeroespacial. Na época, ela estava no segundo ano do ensino médio, Toni fez com que a irmã começasse a fazer curso de Aeromoça e ela estava super feliz. Seu pai, Thomas, trabalhava no aeroporto de Havana como Supervisor Geral, foi mais um empurrão porque ele conhecia alguma pessoas, e, sua mãe, Katy, era uma renomada enfermeira que já atuou nos Médicos sem fronteiras em vários países. Ela me mostra fotos de quando ainda estava em Cuba, de quando seus pais e irmã ainda estavam vivos, e como foram segregados da própria família, eles foram excluídos por conta da religião que eles tinham— Pagã, no caso—, pela condição de Toni, por sua orientação sexual e a de Sofia. Mas o que importa é que seu pais tinham uma amor incondicional pelas filhas, infelizmente tudo foi tirado brutalmente de Toni, que ficou sozinha por algum tempo, mas Betty a resgatou quando se conheceram aqui, junto de Lucia. Elas são a família que me acolheu por aqui, e agora minha família acolhe a Toni e as meninas também. Somos uma grande família.

— Amor, você vai ter mais alguma coisa pra fazer hoje?— Perguntei baixo.

— Tenho que revisar e separar algumas coisas desse caso para os novos investigadores, vai demorar um pouquinho, mas depois disso aqui terei todo tempo disponível pra você— Sorriu olhando pro computador, mas virou pra me olhar.

— Eu te amo muito— Saiu de modo involuntário, mas nem tanto assim. Seu sorriso aumentou.

— Eu também te amo muito, amor. Muito mesmo— Tinha seu nariz um pouco enrugadinho fazendo uma careta fofa apertando os olhos.

Your DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora