Você Vai Se Arrepender De Ter Me Conhecido - Xicheng. (EM REVISÃO)

Capítulo 24

O cheiro que chegava ao seu nariz não era agradável assim como o lugar onde permanecia deitado, seu corpo doía assim como sua cabeça, sentia-se zonzo, quando forçou seus olhos a abrirem se deparou com um lugar diferente de seu quarto na casa dos Jiang, se levantou olhando ao redor do pequeno quarto onde estava, tons vermelhos decoravam a maioria do ambiente assim como alguns móveis, ele notou alguns garotos sentados em um canto o olhando com curiosidade, suas roupas eram sujas e gastas haviam marcas roxas e pequenos arranhões em suas peles, como se tivessem acabado de levar uma surra. Se aproximou devagar sentando de frente para ambos, sorrindo amavelmente, ele podia notar o medo no olhar dos garotos que pareciam mais novos que si.

— Oi, meu nome é Huaisang — se apresentou — Como vocês se chamam?

— Eu sou Su She e esse é OuYang ZiZhen — sorriu minimamente — Você também foi vendido?

— O que quer dizer com vendido? — pergunta confuso.

— Todos que vêm para cá, foram vendidos por alguém da família ou usados para quitar alguma dívida — ZiZhen fala — Eu e o Su She fomos vendidos pelos nossos pais.

Huaisang os olhas por um tempo, entendo do que exatamente aquele lugar se tratava, provavelmente havia sido levado porque alguém tinha o vendido e algo lhe dizia que Meng Yao havia feito isso.

— Eu fui trazido aqui à força — falou — Mas sei que alguém virá me buscar e levarei vocês comigo.

— Não tem como sair daqui — Su She diz assustado se encolhendo — Eles matam ou batem em todos que tentam.

Os dois garotos se encolhem ainda mais, Huaisang se aproxima se sentando entre eles e os abraçando, que apenas vão sem resistência.

— Vai ficar tudo bem, nós vamos sair daqui e vivos.

Mesmo sem acreditar ambos concordam. Enquanto conversavam Huaisang descobriu que eles eram apenas adolescente de 17 anos, seus pais haviam se endividados e os usado como forma de pagamento, estavam ali a um mês e não tinha sido vendidos porque havia outros que foram primeiro, as marcas em sua pele se devia ao fato de recusarem a ter relações com um dos seguranças, que não gostou muito da reação deles dando uma surra em ambos como lição.

Perto do anoitecer um segurança veio para buscar Huaisang que se despediu dos garotos, garantindo que tudo ficaria bem. O segurança o deixou em frente a sala do velho Yao que o recebeu, um sorriso malicioso estava nos lábios do velho fazendo o mais novo que se encolheu, sentia-se enojado com o olhar que recebia sobre seu corpo, engoliu em seco mantendo sua cabeça baixa.

— Estou feliz que finalmente esteja aqui — Yao sorriu — Espero que você seja obediente, não quero ter que machucar esse seu rosto delicado.

— Desculpe Senhor, mas eu não seguirei ordens de um homem como você — disse firme.

Yao se levantou e foi em sua direção, segurando seu queixo o apertando com certa forma.

— Irei me divertir.

— Espero que você morra da pior forma possível, velho asqueroso — cuspiu no rosto do outro.

O velho lhe acerta um tapa em sua face o fazendo cair.

— O único que irá morrer aqui é você, se não for bonzinho, docinho.

Huaisang aguentaria o máximo que podia, ele tinha certeza que Mo viria buscá-lo.

[....]

— Eu arrumei alguém para ficar com Jingyi — Wei disse a Cheng que ajeitava seu terno — As armas já estão no carro assim como as gasolinas que pediu, Xue e XingChen chegaram e estão esperando por nós.

— Ótimo — o mais velho se virou para Wei — Vamos, quero voltar antes da madrugada.

Ambos irmãos desceram as escadas, os demais esperavam na sala junto de Jingyi que sorria para os amigos de seu pai, uma mulher de olhos brancos e longos cabelos escuros estava sentado ao lado do pequeno.

— Me esperem no carro lá fora, irei me despedir de Jingyi — todos acenaram se retirando — Papai irá sair, a senhorita Norami ficará com você se comporte e a obedeça, trarei algo para você na volta.

— Okay papai, tome cuidado e volte logo — Jingyi o abraçou — Tchau.

— Tchau — Cheng se despede de Jingyi saindo para se juntar aos outros.

O carro seguia em silêncio, Cheng apertava o volante algumas vezes com força em uma tentativa de controlar a raiva.

— O que vamos fazer? — Xue foi o primeiro a quebrar o silêncio.

— Mo irá até o escritório de Yao, você e XingChen as casas de show que ficam ao redor, tirem as mulheres de lá e tranquem as portas — Wei explica — Cheng e eu iremos a cassino que fica na parte debaixo do prédio, onde acontece os leilões.

— Espalhem gasolina por todo local, quando eu der o sinal toquem fogo em tudo — Cheng completa — Certifiquem-se de que não há nenhum garoto preso dentro do prédio, Mo traga o Yao até nós vivo mas não precisa ser inteiro.

Mo assente e assim como demais, não demora muito para que estejam dentro da propriedade de Yao, todos descem do carro e seguem para os lugares combinados anteriormente. Os cassinos e as boates estão abertas e funcionando a varias homens, maioria grande empresários que estão ali para fazer aposta e sair com algumas garotas que trabalham no local, Wei, Cheng e Mo adentram o local se separando quando chegam ao meio do salão, Mo segue em direção as escadas que levam ao escritório principal, Wei passa por todas as saídas externas e internas que há no local trancando-as, Cheng caminha em direção a sala onde as mulheres que trabalham ali ficam reunidas os seguranças estão rodando pelo salão então não percebem sua entrada, as câmeras haviam sido desligadas por Xue que hackeou o sistema. As moças olham para eles assustadas se encolhendo em seus lugares, a marcas roxas na maioria delas nota-se também que estão magras como se não fossem alimentadas corretamente.

— Quero que saiam pelos fundos, a uma van esperando por você junto de uma rapaz — diz rapidamente — Sei que sabem onde ficam os garotos que são vendidos aqui, levem eles consigo.

— Mas nós seremos mortas se fizermos isso — uma delas diz.

— Não se preocupem, garanto a vocês que nada irá acontecer.

— Vocês o ouviram, vamos sair daqui — a mais velha entre elas diz.

Cheng espera todas se retirarem para voltar ao salão e se encontrar com Wei que desfruta de um drink.

— Pronto? — o mais velho o pergunta.

— Sim, eu fechei qualquer saída que exista — diz terminando seu drink — As moças que estavam no salão já saíram, um segurança me seguiu até o banheiro mas dei um jeito nele, agora resta esperar por Mo e os outros.

— Aproveite a noite por enquanto, maninho — Cheng sorri.