O começo do que perdi.

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-Ele não vai me perdoar, por isso...

Eu dormi alguns minutos no sofá, em seguida desci o mais rápido que eu podia, me atrasei 15 minutos, e eu odiava estar atrasada. Na frente do meu apartamento, vejo um garoto muito parecido com ele, tive que para-lo. Mas, era impossível que disse ele, percebi isso depois que vi o olhar confuso naquele menino.

-Espera um minuto, a senhora não é a...-O rapaz sorri, com um brilho no olhar.

-Sim. É nosso segredinho, tá bem? Desculpa puxar você dessa forma.-Peço desculpas sem graça.

-Está tudo bem... queria perguntar, poderia me dar um autógrafo? Discretamente.-Ele me pediu sem jeito.

Eu dei o autógrafo e nos desencontramos, por sorte ele não fez alarde. Se outros ali me reconhecessem, eu estaria em mãos lençóis, principalmente logo na semana do lançamento.
Rapidamente passou-se meu dia, eu fui até a minha empresa resolver algumas pendências, peguei o metrô e me disfarcei na multidão, respirei um pouco.
No final da tarde, Albert chegava para me buscar e levar-me para casa. Apenas entrei no carro, sem falar nada, e então, fomos a frente.
Quando eu pensei que sentiria a calma indo para casa, ele abriu a boca, e aquela voz me irritou uma vez mais, após um longo tempo.

-Eu não iria comentar nada, mas ver você triste assim. Já fazem 13 anos, deveria já ter superado a morte do seu "marido."

-Alberth, da próxima vez que comentar sobre minha vida ou sobre meus sentimentos, eu não vou demitir você. Mas pessoalmente eu irei mata-lo, sem nem exitar. Então cale-se, e lembre-se do que você fez com o Lucca. Você também é o responsável pela morte dele, e se quiser se manter ainda, cale-se e nunca mais se ache no direito de me perguntar ou querer julgar o que eu sinto.-Cortei logo o começo de suas palavras desnecessárias.

-Peço perdão, senhora!-abre a porta do carro.

Eu saí e imediatamente subi em direção ao meu apartamento. Estava irritada, e cansada. Eu procurei na minha sala inteira na empresa, e não havia encontrado nada. Era minha única esperança. Outra vez, me pus a procurar em todo o meu apartamento, mas eu não a encontrava. Comecei a chorar desesperadamente, e cai no chão.
Logo, meu telefone toca. Eu iria ignorar, mas era minha assistente.

-Todos os preparativos estão prontos, vai ocorrer tudo como o planejado. A senhora já mandou fazer vestindo? Precisamos apenas rever a questão do cronograma.-Ela falava.

Eu queria muito apenas desligar, mas uma parte de mim não queria.

-Eu...acho que não vou... conseguir...

-Minha senhora, o lançamento já é na sexta, estamos muito em cima, a senhora sabe que não pode voltar atrás, começou tudo isso, estão todos aguardando. Lembre-se do porquê está fazendo tudo isso.

-Eu perdi. Eu perdi aquilo...

-Com ou sem, a senhora tem que tentar e conseguir. Eu pessoalmente iniciarei uma busca por cada canto da empresa, mas não desista, a senhora chegou muito longe para morrer na praia.

-Você tem razão... obrigada, por suas palavras!

-É o meu trabalho, não precisa agradecer. Aliás, mudança de assunto. A senhora já conseguiu escolher a cor do vestido?

-Sim, é vermelho. Precisava ser vermelho.

O Último NomeWhere stories live. Discover now