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Rio de Janeiro 📍| 2011 | Matheus Ricci
— Boa tarde, titia linda. — Me inclinei pra dar um beijinho no seu rosto.
— Hum... — Me olhou desconfiada. — Onde é que cê tava?
— Tava na praia com a Myllena. — Respondi vendo minha tia fazendo salada.
— Ela tá bem? — Perguntou.
— Vivendo com aquela bruxa? Duvido... Aquela coroa é toda esquisita tia. — Tentei roubar um tomate da salada e logo fui impedido com o tapa fraco que a tia deu na minha mão. — Ai...
— Vai lavar essa mão, cacete. — Berrou. — Não chamou ela pra jantar aqui porquê?
— A última vez que ela veio apanhou da avó dela. — Falei. — A coroa tem preconceito porque sou filho de bandido tia, toda tiltada.
— Liga pro projetinho de burguesia não... Aquela lá precisa de um psicólogo, sorte que Myllena é o oposto daquela velha. — Tia falou ralando a cenoura.
— Myllena nem parece ser neta dela, deve ter puxado a outra parte da família.
— Ô, toma cuidado hein? Sei que tu gosta muito da Myllena, mas a avó dela pode ser um perigo pra tu, já ouvi por aí que aquilo não é família pra ficar de papinho.
— Tô ligado tia, o propósito da véia é estragar a minha amizade com a neta dela, mas eu não tô afim de abrir mão disso. — Falei. — Vou tomar banho.
— Vai lá, e quando acabar limpa a porra do chão do banheiro. — berrou.
Fui pro banheiro e me higienizei. Antes do banho já preparei a roupa que vou usar, assim é mais fácil, vai a dica.
Meus primos estavam no quarto assistindo meu irmão jogando na PlayStation. Olhei pro Joseph e tinha algo de diferente no rosto dele.
- O que é isso perto do teu nariz, Joseph? — Perguntei com as mãos na cintura.
- Platinei o bigode, tá vendo não? — Respondeu atento no jogo.
— O famoso bigode de leite, né pai... — Sussurrei.
— Tá falando o quê aí moleque? — Joseph largou o comando e veio atrás de mim. — Dois tapas meus na tua cara, e tu já tá dormindo, pau no cu.
— Ô Joseph, o que é pau no cu? — Rafaela, minha prima mais nova perguntou.
