2 • A ESCOLHA

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** REVISADO**

Oh pobre garotinha
Limpe seu belo rosto
Não chore quando ainda nem terminei
Não chore por tão pouco.

Já passava das três horas, ela chegava no início do território de Lambuk.
Após todo um dia de viajem, Minerva estava esgotada. Suas costas doíam, pernas dormentes e olhos cansados.
O cansaço cobrava seu descanso, e a jovem garota ficará mais do que feliz em realizar tais desejos.
Logo a frente as trilhas se estreitaram, e seu belo cavalo rick estava a se agitar, parecia que o inverno tinha chegado mais cedo em Lambuk.

Pouco depois, se via dividida entre o caminho mais longo ou o mais curto.
O mais curto passava pela mansão do antigo conde, aquele lugar dava calafrios, porém a garota estava cansada e não dormia desda outra noite, então como uma boa alternativa ela optou pelo mais curto.

Rick relinchava apreensivo ao cavalgar pela trilha escura, naquela região parecia que já era noite de inverno, pequenos flocos de neve descansavam nos galhos das árvores e no chão, o ar da sua respirar era visível, assim com seu medo. Com muita relutância o cavalo avançou pela estrada de terra e neve. Os pássaros pararam de cantar e a sensação de estar sendo vigiada a perseguia, como se alguém se escondesse naquela alta mata e apenas esperase um deslize para atacar.
Depois daquele longo caminho, a menina finalmente avista a casa de sua avó. Era pintada com um lindo tom de amarelo, uma casa simples de um andar, onde apenas dona Hilda morava sozinha, após a morte de seu marido Juan.
A carroça parou em frente a casa, e ela desceu, coberta com seu capuz que a cobria da cabeça aos pés. Com seus lindos cabelos trançados, suas botas mais quentes e um vestido bem comportado cor de grama.
Ao pegar a cesta na carroça, ela separou rick das amarras e o levou para um pequeno celeiro, atrás da casa de sua avó, onde ela sabia que sempre estava aberto.

Lambuk era isolada, sua avó era uma das poucas moradora de lá, senão a última.
Havia pouco para ser roubado naquele celeiro, a não ser palha e a velha vaca de sua avó, Crist. Minerva achava que a avó se apegou a vaca, já que não a sacrificou depois de todos os invernos. E depois de ficar tantos anos só, a vaca era provavelmente sua única companhia.

Com seu cavalo acomodado, alimentado e quente, ela prosseguiu com sua cesta em mãos. Cobriu a carroça para protegê-la da neve. Quando finalmente estava na porta da sua vó, ela não precisou bater na porta, pois como sempre a velha Lerty já sabia. Ela sabia de tudo.

- Por que demorou tanto? - Hilda indagava a neta, sorrindo de orelha a orelha fazendo com que seus olhos cor de fumaça se apertassem.

- Também estava com saudades, vovó. - sorrindo junto a velha senhora, Miinerva a abraçou e juntas adentraram a sala.

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O fogo da lareira da sua vó estava bastante convidativo. Dentro dele estava uma grande panela, cheia de caldo.

- Temos sopa? De que ? - Pergunta, se sentando no fofo sofá coberto de lã.

- Ensopado de coelho, já provou? Faz muito bem para a saúde, com isso eu curo almas.- Hilda se sentou numa poltrona de couro bem de frente para Minerva. A garota repara alguns frascos que ela não se lembrava muito bem. Muitos deles com plantas, e uma minoria com insetos e outras coisas que tinha receio de descobrir.

- Não achamos muitos coelhos em Grunhmó, mas se foi feito pela senhora, certamente está maravilhoso. -

Minutos depois de uma boa conversa e recordações, minerva pergunta a sua avó se elas já poderiam comer. Sua avó sorrindo diz que estavam a esperar por um convidado.

- Pensei que era a última moradora de Lambuk, de onde vem esse convidado?- Pergunta surpresa com a novidade.

- Ele nasceu aqui, assim como eu. - Pronto, agora ela sentia como se estivesse atrapalhando um romance de sua vó.

- Vovó, se a senhora quiser um posso comer no quarto. - Hilda olhou para sua neta com certa incredulidade ao entender o constrangimento da menina.

- Querida, ele é como um filho para mim, aquele rapaz é apenas cinco anos mais velho que você. -

Minerva estava impressionada que pudesse haver alguém além de sua avó em Lambuk, principalmente um jovem homem.
- Se ele nasceu aqui, existe outra família vivendo por aqui?-

- Não. Infelizmente a família dele morreu em um incêndio. Eu e seu avô praticamente criamos ele.

Sua avó tinha seus olhos perdidos em memórias, sua carranca se tornou sombria e triste.

- A história não é feliz minha menina, mas mudando de assunto que bom que você chegou a tempo, acreditamos que não chegaria para o jantar.

Ela não iria perguntar como Hilda sabia que ele viria naquele dia, mas provavelmente iria perguntar por que o rapaz de nome desconhecido estaria esperando ela junto com sua avó.

- Por que ele estaria me esperando? -

- Oras, é sempre bom fazer amigos não é? E aquele menino é tão solitário, afinal não temos quase ninguém aqui. Apenas avisei a ele que minha linda neta estaria me fazendo uma visita por essa semana e ele aceitou conhecê-la. -

Estupefata, era uma mera palavra se comparada com tamanho o choque que Minerva sentiu, sua avó usará a menina para servi de boa amiga para um desconhecido.

- Vovó, como pode falar que seria amiga dele? Usou de uma falsa doença para me trazer de Grunhmó para cá? Não acredito que viajei mais de sete horas por uma mentira. - Estava exaltada, se sentia traída por uma pessoa tão querida.

- Meu bem, não é nada disso. Estou realmente doente, por isso me senti solidária em relação a ele, não podia deixá-lo ir definhando aos poucos nesse lugar, queria apresentá-la para ele com as melhores das intenções, acredite em mim quando eu digo que ele é um doce de pessoa.

Minerva sentiu verdade nas palavras de sua vó. Ela mesma sabia que quando dona Hilda morresse, se tudo que ela dizia era verdade, o suspeito convidado ficará sozinho. Ela sabia como era perder alguém, e não desejaria isso a ninguém .

Quando seu pai Erick Lerty morreu, toda a família estava despedaçada. Já era esperado a sua morte por causa da gripe que naquele ano matou muitos moradores por toda Grunhmó.
A menina tinha apenas oito anos quando o perdeu.

O tempo da conversa acabou quando alguém, provavelmente o tal "convidado", bateu na porta.

Olhe para mim
Diga que me aceitará
Diga.. Apenas jure
Não me abandonar.

(( ** Ainda estou criando o conto, desculpem pela demora, mas vai valer a pena.**))

((Qualquer erro podem avisar.))

CAMINHO MALDITO (one-shot)Where stories live. Discover now