3 • O jantar.

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**REVISADO**


Pare!
Não adiante
A toca do lobo é logo a frente.

Bam! Bam!

A pressa era aparente no convidado, Sra. Hilda foi á porta e logo após que de aberta, um homem de 1,90m entrou com tudo na simples residência.

- Burn, querido como está?
A senhora se aproxima para um abraço do homem ogro, que nos olhos de Minerva tinha a beleza de um rei.

O homem aceitou o abraço da avó dela. E ali abraçando a sua vó, ele ainda não tirava os olhos de Minerva.

- Vejo que nosso convidado chegou. - Disparou as palavras que estavam guardadas em suas gargantas.
Finalmente na luz, a jovem conseguiu ver perfeitamente aquela obra de arte, cabelos negros, como uma noite sem luar. Um olho era um azul claro, como água congelada , e aquele olhar queimava como gelo também. Já seu olho esquerdo era puro, de um verde floresta iluminado por raios de sol ao fundo.
O homem cujo sua avó chamou de Burn, saproximou-se e estendeu sua mão, para um singelo aperto.

- Prazer, Burn. A senhorita deve ser a Minerva. Sua avó me falou muito sobre sua pessoa.
De modo galanteador, ele pega a mão dela deixando um beijo molhado e quente.
Ela rapidamente retirar suas mãos, já corada, se afasta para a lareira.
- Venha querido, o jantar está quase pronto. Por que demorou tanto? - Hilda questionava seu tão esperado convidado.
- Sinto muito, tia. Estava caçando. Com a chegada do inverno a comida está cada vez mais escassa, e preciso repor meu armário. - Burn se vira para Minerva, e continua sua explicação - Não queremos problemas nesses longos três meses não? -

- Claro que não, meu bem. Está certo querido, você tem toda a razão. -

Juntos na mesa, ela se sentia diferente com os olhos do jovem rapaz nela.

Toda aquela janta foi Hilda fazendo perguntas para Burn, enquanto Minerva tentava desesperadamente disfarçar seu constrangimento de ser observada.

- Oh! Quase me esqueci da sobremesa, é aquela torta de pêssego que você ama Minerva, também é a preferida de Burn.

E naquele exato momento em que eles foram deixados a sós pela sua avó, a expressão de Burn mudou.
- Então agora está preocupada com a sua avó, ah? -

As palavras que saiam da boca do jovem rapaz eram ásperas, mas ela percebeu o sarcasmo em sua voz.
- Isso deveria ser da sua conta ?-

- ISSO é da minha conta, sua forasteira. EU estava aqui quando ela precisou, EU sou útil aqui. Não precisamos de você.

A jovem tinha certeza que não era apenas seus olhos que eram frios, sua alma também era.

- Fale por você, ela é minha avó! O que ela é sua ? Não precisa responder. Sabemos a resposta, não pense que vou fazer o que você quer apenas por que é atraente. - E naquela maldito momento ela percebeu que não deveria ter dito aquelas palavras, quando toda a sua carranca desapareceu e o sorriso de Burn nasceu e o olhar dele mirava seus seios.
- Então eu sou atraente ãnh?

Minerva não precisou responder, pois, graças aos deuses, a senhora Hilda chegou com a grande torta de pêssego.
- Servidos ?
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A neve caia sem piedade, e o frio era pior que miserável, quando Burn decidiu que era hora de partir.

Hilda tentou fazer com que o jovem aguarda-se o tempo melhorar, mas ele sempre negava e dizia que precisava ir pra casa desesperadamente.
Na hora da despedida, Hilda e Burn se abraçaram apertado, enquanto ele olhava para sua neta.

- Vamos querida, venha se despedir.- sua avó chamava.

Ela estendeu a sua mão e a ofereceu para o grande ogro, esperando apenas um singelo beijo de despedida. Foi surpreendidas quando rapidamente, ele a puxou para um abraço apertado, e soltou um pequeno cochicho em seu ouvido.
- É melhor cuidar dela, sua raposa.-

- É melhor cuidar da sua vida, seu ogro!- ainda aos sussurros.

- Estou fazendo exatamente isso.- O hálito dele, era tão quente, quanto o frio daquele inverno, Minerva se sentiu quente em lugares que nunca havia sentindo antes.

Eles se separaram. - É melhor trancar todas as portas e janelas hoje, o frio irá piorar. - e olhando para a garota ele diz - Não é fácil encontrar comida no inverno. Os lobos podem ficar desesperados por comida, é mais seguro trancar tudo.

Seus olhares se prendiam, eles não podiam, e não queriam desviar, percebendo aquele clima, sua avó respondeu rapidamente.

- Claro, querido. Pode ficar despreocupado, nada entrará nesta casa. Minha nossa! Quanta bagunça. Minerva, acompanhe Burn até a porteira, por favor.

Logo os dois estavam do lado de fora. Burn seguia Minerva até o portão, ele era silencioso como um cervo,mas era rápido como uma cobra.

- Não pense que se livrou de mim.- ele sussurrou em seu ouvido, seu hálito quente, fazendo com que aquele fogo que a jovem garota descobriu recentemente.
- Eu não penso nada sobre você. - ao se virar, Minerva percebeu que estava a centímetros da boca do homem ogro.

Quanto tempo passou desde que eles se olhavam, ela não sabia, mais foi mágico, era como se o caminho certo estivesse naqueles olhos.

- Esta muito perto!- ela exclamou.
Ele deviou da jovem e segui em frente.

- Está tarde, raposinha. Não se esqueça de trancar seu quarto, os monstros estão solta.- Cada palavra que saia de sua boca era uma deliciosa provocação.

- Não tenho medo de monstros.

- Deveria.- Burn passou pelo portão, quando minerva o perguntou, e ele virou.

- Porque me chama de raposa?- ela questionou.

- Vocês são parecidas, diria que até iguais. Traiçoeiras. - ele sorriu, e sumiu na escuridão.

- Meu bem! Saia do frio querida!.- vovó Hilda gritava sua neta.

E só naquele momento que Minerva percebeu que estava sem proteção, sem sua capa, no frio.
Quando estava com o ogro, era como se o inverno fosse embora.
E se viu correndo para aquela quente e aconchegante casinha.

Após ajudar sua avó na cozinha, e jovem se retirou para seu quarto, e não esqueceu das palavras de Burn "os monstros estão a solta." ela trancou sua janela e porta, por precaução.

Ao se deitar, ela ouviu ao fundo um uivo, e logo após aquele, outros começaram. Ela se sentiu segura, e nem notou quando pegou no sono, e dormiu tranquilamente naquela pequena casa. Pobre dela por não saber que deveria aproveitar o tempo de sol, antes da tempestade chegar.

"O melhor banquete
É aquele onde o álcool é abundante
E a carne pinga sangue."


(( Obrigada por lerem mais um capítulo.))

(( Por favor, podem avisar qualquer erro gramatical.))

*Até o próximo capítulo.*

CAMINHO MALDITO (one-shot)Onde histórias criam vida. Descubra agora