Capítulo 12

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Novamente pra ela! (Desculpa por ter demorado tanto, eu fiquei esquecendo)


-x-


Zelda não sabia, mas seu pedido em meio a oração noturna tinha criado ideias agradáveis na mente da Rainha do Inferno, e, enquanto ela e Mary dormiam, 20 demônios chegavam em Greendale.

Lilith pensou com muito cuidado antes de escolher entre seus filhos. Os escolhidos tinham que ser robustos, fortes, poderosos e atenciosos ao mesmo tempo, para que não fossem descobertos através do disfarce de pele humana que ela os encantaria. Mas essas eram características nobres demais para tantos demônios que nunca tiveram contato com humanos ou uma sociedade viva, além de o Inferno precisar de boa parte entre os melhores para que funcionasse de maneira usual. Por isso, Lilith os escolheu e dividiu em grupos.

O primeiro grupo continha 8 dos demônios mais violentos e 2 dos demônios com a melhor dicção como seus responsáveis. Eles iriam vasculhar Greendale a procura dos caçadores de bruxas em nome de Lilith e sua Igreja, e tinham a aprovação da Rainha para fazer com eles o que bem desejassem.

O segundo grupo tinha apenas 8 demônios, divididos igualmente entre os mais fortes e os mais empáticos, destinados unicamente para a proteção dos jovens e adultos da Academia de Artes Ocultas e para mantê-los a salvo. Ela precisava ter certeza que a comunicação entre seus súditos e seus filhos seria feita sem problemas, assim desejando fortemente que sua ideia funcionasse.

E os 2 restantes eram as peças mais importantes para Lilith. Um para proteger unicamente Zelda e sua família, e outro para proteger Mary.

O responsável pela escolta da família Spellman seria Ashtoreth. Ele sempre foi bom com palavras. Desde o dia em que Lilith virou Rainha do Inferno, ela notou suas habilidades dialéticas e a enorme capacidade de pensar por si só, mas sua percepção ficou ainda mais aguçada quando ele se nomeou o responsável para dizer a ela que Zelda estava lhe visitando, meses atrás. Ele era forte, como todo o demônio deveria ser, mas acima de tudo ele tinha inteligência, e isso seria sua arma para proteger a família Spellman de seus inimigos e das atitudes imprudentes de Sabrina.

Mas o demônio que seria guardião de Mary foi o que Lilith mais teve dificuldade em encontrar. Ele precisava ser o mais gentil e o mais forte, para ser capaz de proteger a mortal independente do que acontecer e ainda assim não assusta-la.

Quando Lilith começou a disfarça-los, pintando a pele verde e craquelada como humana, lhe ocorreu que caso Lúcifer tivesse feito o mesmo com ela nenhum mal teria sido cometido contra Mary Wardwell. Entretanto, a Mãe dos Demônios simplesmente balançou a cabeça e tentou espantar esses pensamentos.

O que estava feito, simplesmente estava feito.

Ela machucou a humana e corroeu a si mesma com a culpa que isso acarretou. Sua ferida ainda dói, mais real que qualquer outro machucado físico que ela já teve e vazando enxofre ao invés de pus durante todo o tempo, mas isso pode esperar. Ela precisa pensar no agora e no amanhã, e em como proteger a professora mortal.

E, como um presente, no momento que ela finaliza a escolha de roupas confortáveis a todos os 19 demônios prontos, Agarus entra despreocupado na sala em que todos os escolhidos estão.

Ele sempre foi assim, gentil e doce demais, motivo pelo qual sofreu muito enquanto Lúcifer ainda estava no poder. Os outros demônios tentavam esconde-lo, para que não fosse punido injustamente, porem seu destino sempre foi a humilhação física e emocional causada por Belzebu.

Lilith lembra de ouvir murmurinhos sobre ele ter erguido Zelda nos braços para que ela não tivesse a alma sugada e presa pelas águas do Inferno, e riu enquanto desejava ter assistido o provável desespero da bruxa.

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⏰ Última atualização: Dec 17, 2021 ⏰

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