Capítulo 6

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Achei que a Maya dormir em meu dormitório seria uma oportunidade para me aproximar dela, mas me enganei. Lauren pelo visto não quer papo.

Deito em minha cama e ouço seu choramingo.

— Está tudo bem? -Pergunto me sentando.

— Sim. -Ela responde e vira para o outro lado da cama de Enzo.

A vejo se remexer um pouco e me levanto. Coloco a mão em sua cabeça e faço carinho. Ela suspira e dorme rapidamente.

Fico fazendo carinho por um tempo e logo levanto. Vou para a minha cama e durmo.

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Acordo e olho para o meu celular que estava em baixo do travesseiro, vendo que ainda é de madrugada.

Ouço um barulho e olho para Maya, a encontrando mexendo no celular.

— Como você está? -Pergunto e ela se assusta, sentando na cama no mesmo instante. Dou risada e me sento também.

— Estou bem. Apenas com um pouco de dor. -Ela responde coçando os olhos.

— Dor onde? -Pergunto preocupado com medo do resfriado estar piorando.

— Na cabeça e na garganta. Também um pouco de frio. -Lauren diz voltando a se deitar.

— Quer tomar remédio? -Me levanto ajustando o aquecedor para mais quente.

— Não, não precisa. É só um pouco de dor mesmo. -Fala e percebo sua voz rouca.

— Está com fome?

— Um pouco. -Responde se sentando na cama novamente.

— O que quer comer? Tem frutas, torta de morango, waffes, e eu também posso fazer ovo mexido.

— Ahn... Pode ser torta. -Ela responde mexendo nos pelinhos soltos da coberta.

— Certo. Eu já volto. -Vou na cozinha e tiro a torta da geladeira. Pego dois potes e volto para o quarto. Entrego um pote para ela que murmura um "obrigada".

Sento em minha cama e começo a comer, vendo ela comer calmamente.

— Como está indo suas aulas? -Pergunto tentando puxar assunto. Ela dá de ombros.

— Bem, não é fácil mas também não é tão difícil. -Ela responde. — Seria mais fácil se os professores falassem mais devagar.

Dou risada. Lauren sempre faz tudo com a maior lentidão, sendo sempre calma. Imagino como deve ser difícil conseguir anotar tudo o que os professores falam.

— E você? -Ela murmura.

— Matemática não é a coisa mais fácil do mundo. As regras são confusas. E fala sério, pra que inventaram de colocar letras na matemática? -Respondo colocando as mãos na cintura, ouvindo sua risada gostosa.

—Eu finalmente me livrei da matemática! Mas em compensação eu tenho que lidar com o português. -Ela diz colocando a mão na testa, fazendo drama.

Gargalho e ela sorri, parecendo mais animada do que hoje de tarde.

Ela volta a comer com calma. Termino de comer e coloco o pote do lado da cama.

— Está com sono? -Pergunto pegando o pote dela quando ela termina de comer.

— Não. -Responde me seguindo quando vou para a cozinha. Começo a lavar a louça e ela senta na mesa.

•Meu querido menino insuportável•Where stories live. Discover now