Capítulo 12

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— E ai, Maya? Ele beija bem? Quando e por que isso aconteceu? Quero detalhes, minha querida! -Wendy me enche de perguntas assim que entro na área da piscina.

Suspiro e reviro os olhos. Conto tudo com detalhes para ela que estava me encarando completamente atenta.

— Céus! Eu achei que você odiava ele. -Ela diz rindo.

— Bom, eu odiava. Ou odeio? Eu não sei. Eu gostei dos beijos, e também gostei de dormir com ele. Ele tem o corpo quente e também é carinhoso. Mas eu não sei, tipo, eu não gosto dele... -Murmuro me sentindo confusa. — Eu gosto de estar com ele, mas isso não significa que gosto dele. Não nesse sentido.

Wendy sorri me olhando.

— Você gosta dele.

— Não, eu não gosto.

— Isso não foi uma pergunta, foi uma afirmação. Você vai descobrir isso depois de um tempo. Sabe que pode contar comigo se precisar de ajuda com algo, como, por exemplo, descobrir o que está sentindo. -Ela fala e logo me abraça, beijando minha testa.

— E... Maya... Se você tiver algo com ele, não o machuque. Sei que você está sempre na defensiva, mas precisa largar um pouco o escudo. Se ele fizer algo, ele vai se ver com a gente. Mas, se você fizer algo... Eu não sei o que irei fazer, eu te considero uma irmã e não quero me afastar. Então, por favor, pense antes de fazer qualquer coisa. -Wendy fala em um tom de voz calmo e preocupado. Suspiro encarando minhas próprias mãos.

— Eu não irei fazer algo que possa machuca-lo. Aquele dia foi... Foi sem querer, eu fiquei muito nervosa... -Murmuro coçando os braços.

Ouço alguém tossir forçado e me separo de Wendy, vendo a Gabriela ali com uma cara zangada. Gabi chama minha amiga com a mão e a abraça apertado. Que garota ciumenta!

— Gabi, meu amor, você sabe que a Maya é como minha irmã. -Wendy fala enrolando um cachinho da namorada no dedo.

— Quero leite. -Murmura. Não, acho que não ouvi direito. Quer dizer, já li a respeito de lactofilia em algumas histórias, mas Wendy nunca me falou que praticava. Não, eu com certeza ouvi errado.

— De novo, anjo? Você mamou a noite inteira. -Wendy fala acariciando a bochecha dela, que está com uma cara emburrada. Impossível ter ouvido errado duas vezes.

— Mas Lolo... -Choraminga. Wendy bufa revirando os olhos.

— Depois, Santoro. Eu prometo. -Wendy diz. Gabi bufa e sai de perto, indo para a piscina.

— Você amamenta ela? -Pergunto. Wendy se assusta.

— Sim. Ela no início ficava olhando para meus seios, eu achava que era só o jeito tarado dela. Mas uma vez ela pediu para mamar, ai eu deixei. Depois comecei a tomar remédio de hormônios para produzir leite e ela ficou viciada. -Fala olhando para ela, que está com uma expressão brava.

— Por que não me contou? Você sempre me conta tudo. -Choramingo a olhando. Ela me olha e suspira, abrindo os braços. Me levanto e a abraço.

— Faz só uma semana, eu ia te contar no dia, mas fiquei com medo do que você ia pensar. Sei que nunca iria falar algo para me magoar, mas fiquei com medo do que ia passar pela sua cabecinha. -Ela diz.

— Eu acho isso normal. Já li muitos livros com isso, e acho que isso é um gesto de carinho muito fofo. -Falo me separando dela. Ela sorri e beija minha testa.

— Me desculpa? -Pergunta receosa. Acinto com a cabeça.

— Acho melhor você deixar ela mamar, parece que ela vai matar alguém. -Digo. Gabriela está com uma expressão bastante frustada.

•Meu querido menino insuportável•Where stories live. Discover now