Casual Sex

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Havia passado horas desde que Adora chegou, seus amigos a tinham convencido de ir a uma boate, com argumentos de que ela precisava sair para se divertir e se desligar do trabalho um pouco, mas ela não parecia estar se divertindo, em sua volta enxergava tantas pessoas vivendo suas vidas de formas superficiais, não que ela já não tinha sido assim, virando noites em baladas, dormindo com uma garota ou outra apenas pelo prazer carnal, mas no momento não estava mais à procura disso, não estava à procura de nada, apenas queria focar em seu trabalho e sua carreira, ao pensar nisso lembrou que seus amigos a acusavam de ser workaholic e talvez eles tivessem razão, ela poderia estar se viciando no trabalho, chacoalhou a cabeça afastando tais pensamentos, se afastou dos amigos que dançavam e se divertiam ali, precisava se uma bebida.

– Com licença? Amiga, uma bebida forte por favor! – acenou para a bartender, que só lhe deu uma arqueada de sombrancelha, virando de costas a deixando confusa.

– É gênero neutro. – a voz ao seu lado se pronunciou.

Adora virou para o lado e jurou ter visto a mulher mais linda que já viu na vida, um par de olhos bicolores a encarava e ela quase se esqueceu como respirava ao ver o azul e o âmbar daqueles olhos, ela lhe sorria sugestiva e presas caninas se sobressaiam de seus lábios, orelhas pontudas e uma cauda inquieta, e sua pelagem caramelo, seu cabelo comprido e volumoso, era mais baixa, o que a fez concluir que se travava de uma híbrida de gato, estava meio sentada e meio em pé no banco do bar repousando os dois braços no balcão, como se fosse sair a qualquer momento, ela acenou com a cabeça para o bar novamente, e só assim pode entender.

– Oh, claro, me desculpe, eu não sabia. – disse envergonhada para elu, Adora achou que se travava de uma garota.

– Tá querendo esquecer da vida? – a mulher a fitou de cima em baixo fazendo-a engolir seco.

– Acho que no momento tô querendo lembrar! – Adora respondeu ainda sem saber como se comportar, ela já estava acostumada com flertes, e a propria flertava muito bem quando queria, mas por um segundo parecia ter esquecido o próprio nome.

– Hey DT, desce um shot pra mim e outro para a princesa aqui. – falou cínica a bartender e elu a atendeu.

– É pra já gatinha! – disse piscando, Adora percebeu a dinâmica entre os dois, e concluiu que a gata frequentava sempre aquele lugar.

– Você vem sempre aqui? – perguntou inocente.

– Sério isso? – perguntou, Adora ficou confusa até perceber.

– Oh não, n-não foi uma cantada... eu só... – tentou explicar.

– Não? – arqueou a sobrancelha.

– Quero dizer, não que eu não queira cantar você, você é bonita é claro... é linda na verdade, mas não foi o que eu... – Adora parou de falar ao sentiu a presença da gata, nunca se sentiu tão desordenada na presença de uma mulher antes, a gata estava em pé ao seu lado, apoiando os dois cotovelos no balcão, com aqueles olhos intensos a encarando sem dizer nada, sentiu seu corpo esquentar, já não tinha esse tipo de contato com alguém há algum tempo, não foi para isso que tinha ido a boate aquela noite, mas ela e nem seu corpo pode negar a eletricidade e excitação que aquela felina passava, fechou as pernas ao perceber seu membro pulsar, e só torcia para não ter uma ereção ali e muito menos que a gata percebesse, mas ela não sabia o quão observadora era aquela mulher, e que a gata também teve interesse.

– Tá tudo bem, eu entendi. – falou próximo a ela. – Catra! – estendeu a mão em cumprimento.

– Adora. – sorriu pela primeira vez na noite.

– Eu venho às vezes, DT é minhe amigue. – disse enquanto pegava o drink com elu.

– É, é minha sina ter que ver esse rostinho bonito por aqui. – disse debochando e Catra lhe mostrou a língua. – Aqui, por conta da gata! – piscou, Adora sorriu agradecendo.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Where stories live. Discover now