✓ | DEVIL WOMAN, ziggy berman

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˖࣪ ❛ VOCÊ É MEU SISTEMA DE APOIO
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UMA SEMANA SE passou desde que Ziggy e Luna foram pegas se beijando pela mãe de Luna, e as coisas nunca estiveram melhor entre elas. Ziggy sempre escapava pelas costas da mãe para a casa de Luna quase meia-noite e pegava um ônibus à 1h.

— Sabe, talvez você pudesse começar a dizer à sua mãe que você vem aqui, ou pelo menos vir mais cedo. — Luna sugeriu, bocejando. Ir para a cama à 1h30 e acordar às 11h não funcionou para Luna.

Ela se sentiu como se tivesse perdido o dia acordando naquela hora. — Eu poderia, mas gosto de entrar e sair furtivamente de casa. — Ziggy sorriu e deu uma risadinha de como Luna parecia cansada.

Ziggy suspirou quando o relógio marcou 1h22. — Eu tenho que ir. — disse ela, caminhando para a janela da cama de Luna, onde elas estavam deitadas. — Por favor, fique. — Luna insistiu, embora estivesse meio adormecida.

— Vamos, você está dormindo. — Ziggy riu e desceu. — Você é a melhor. Tchau! — ela acrescentou quando começou a caminhar para o outro lado da calçada.

Quando Luna adormeceu, ela se sentiu melhor do que nunca. A sensação de ter alguém que se preocupa e gosta de você pelo que ela é era nova para ela, mesmo vindo de sua mãe, tudo parecia tão bom para ser verdade, mesmo depois do massacre do Acampamento Asa Noturna.

Nem Ziggy nem Luna podiam sair às ruas sem serem questionadas.

'Como você sobreviveu?', 'Minhas condolências pela morte de sua irmã!', 'Você conhecia Tommy Slater?', 'Qual você acha que foi a razão de tudo ter acontecido?' Essas eram apenas metade das perguntas que seriam feitas ou coisas que lhes falariam.

Nick Goode foi tratado como um herói por trazer Ziggy de volta à vida. Às vezes Ziggy gostaria que ele não fizesse isso, embora ela estivesse grata por ter tido a oportunidade de estar com Luna depois que isso aconteceu.

Ziggy e Luna tentaram explicar para todos. A maldição, a bruxa, tudo. Claro, ninguém acreditou. Quem acreditaria em duas adolescentes que acabaram de passar pelo evento mais traumático de suas vidas?

— Lu, precisamos conversar. — Tabitha se aproximou de seu quarto e bateu na porta. — Mãe? O que há de errado? — ela perguntou. Ela não era a típica mãe 'Precisamos conversar', a menos que fosse algo sério.

— Não acho que Sunnyvale nem Shadyside sejam mais seguros para você. — Tabitha encolheu os ombros com olhos tristes, sabendo que não receberia bem a notícia.

— O quê? O que você quer dizer? Por quê? — Luna perguntou com olhos lacrimejantes. — O que você quer dizer com por quê? Sua irmã morreu, Luna. Você sobreviveu a um massacre em Asa Noturna. Essas coisas não acontecem com pessoas normais! — Tabitha explicou, levantando um pouco a voz no final.

Luna sabia que ela estava certa, mas ela não queria deixar Ziggy para trás. Como ela deveria deixá-la para trás?

— Mas o que direi a Ziggy? Não posso simplesmente deixá-la! — Luna reclamou ao sair do quarto e foi até a cozinha pegar um copo d'água.

— Não sei, querida. Sei que você gosta dela e sei que o sentimento é mútuo entre as duas, mas você tem que entender! Vamos nos mudar para a Geórgia com seu tio em três dias. — Tabitha disse e saiu da sala.

Ela não sabia o que dizer a Ziggy que estava se mudando para a Geórgia. As coisas estavam no seu melhor em seu relacionamento e Luna não poderia deixar Ziggy sozinha depois do que aconteceu.

Luna tentou imaginar um plano para convencer sua mãe de que elas deveriam ficar em Ohio ou apenas fugir de sua casa. Mas para onde ela iria? Tabitha tem contato próximo com as mães de seus amigos de Shadyside e a mãe de Ziggy é uma alcoólatra que mal consegue cuidar de si mesma.

Nenhuma outra opção a não ser ir embora com a mãe e deixar Ziggy para trás. Ela tinha que contar a Ziggy esta noite ou se sentiria culpada se não o fizesse.

O relógio marcava 23h55.

Ziggy deveria estar na janela de Luna a qualquer minuto e ela não conseguia se concentrar onde deveria estar. — Lu. — ela ouviu uma voz vindo do outro lado de sua janela. Luna suspirou e abriu, revelando uma Ziggy sorridente entrando em seu quarto.

— Ei, o que há de errado? — Ziggy perguntou, a julgar pela expressão no rosto da namorada. — Eu... Uhm, minha mãe me disse algo esta manhã. — Luna começou a explicar com lágrimas se formando em seus olhos.

— O que foi? O que aconteceu? — Ziggy se preocupou enquanto pegava a mão de Luna para segurá-lo. — Estou me mudando para a Geórgia. — Luna olhou para ela, abraçando-a com força em torno de sua cintura.

Ziggy a abraçou com mais força, abraçando-a pelo pescoço, com uma expressão preocupada em seu rosto que estava enterrado em seu ombro. — Por quê? Quando? — Ziggy tinha tantas perguntas agora.

— Minha mãe não gosta mais daqui. Ela diz que não é seguro depois do que aconteceu em Asa Noturna. Lila. Tudo. — Luna explicou e Ziggy fechou os olhos, sabendo que nunca sairia de Shadyside, ao contrário de Luna.

Ela estava prestes a propor a ideia de morar com ela, mas sabia que sua mãe não gostaria da ideia ou simplesmente não poderia.

— Mas, eu... Você não pode me deixar. — Ziggy desviou o olhar e olhou nos olhos dela. — Eu sei. Eu não quero te deixar.

— Você não entende. Você é meu sistema de apoio. — disse Ziggy, pensando em como sua vida iria para o inferno se Luna a deixasse. Ela ficaria louca sem ela. Ela é o que a mantém viva nas últimas semanas.

— E você é meu! Acredite em mim, não quero ir embora, mas não posso fazer nada a respeito. — explicou Luna pela expressão no rosto de Ziggy, que parecia chateada.

— Pelo menos prometa que vai visitar no Natal e feriados. — Ziggy encolheu os ombros com um leve sorriso se formando em seus lábios, olhando para seus olhos. — Isso eu posso tentar. Georgia não é muito longe de Ohio. — Luna sorriu para ela e as duas entenderam.

Ziggy e Luna passaram o resto de três dias saindo, rindo e beijando o máximo que podiam. Ambas achavam que era uma boa ideia se verem de vez em quando, todos os anos, mas ambas sabiam que tudo iria desaparecer eventualmente.

Luna pararia de visitar Shadyside e Ziggy pararia de ser sã sem ela. Nick Goode se tornaria um xerife e logo outro Shadysider seria a próxima vítima da maldição da cidade.