☆ As Pedras Da Lua ☆

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Alguns Anos Depois

— Papai, papai, papai — A pequena menina de cabelinho castanho curto e que usava um vestido verde musgo feito pela minha irmã, se aproximou e puxou a minha calça querendo que eu olhasse para ela.

— O que foi, Beo? — Me abaixei para ficar na sua altura.

— Eu e o Ye estávamos brincando na floresta e ele disse que escutou um barulho alto, ele está me assustando.

— Barulhos na floresta? Como eram?

— Cochichos.

— Até onde vocês andaram?

— Não fomos longe, papai, eu juro — Eu me levantei e baguncei os fios do seu cabelo pedindo para que chamasse seu outro pai enquanto eu ia atrás de Jake e Sunghoon.

Vamos lá, depois de alguns meses eu e Sunoo começamos a namorar e fazia apenas alguns anos que tínhamos terminado a escola. Minha irmã e Jong-Suk se tornaram melhores amigos e moravam na casa de Jong hyung, já eu fiquei na mesma casinha com o meu, atualmente, marido e nossa pequena filha, Beo-Ram.

Nosso grupo de amigos continuava o mesmo, apesar que algumas coisinhas haviam mudado, Heeseung se mudou para cidade por conta do seu trabalho em uma gravadora de música mas nos visitava todo final de semana, Jay abriu uma pequena lojinha de roupas na pequena cidade onde Sunoo e minha irmã trabalhavam juntos, eram roupas feitas por eles mesmos e isso rendia uma graninha muito boa, já Jungwon estava trabalhando na sorveteria que havia aberto na cidadezinha.

Jake e Sunghoon revelaram que estavam juntos há alguns anos, haviam se casado primeiro que eu e Sunoo e tinham construído uma casa perto da minha para que o filhinho deles, Ye-Hoon, pudesse brincar com a minha filha. Nesses anos nada extraordinário aconteceu, mas essa não era a primeira vez que Beo reclamava de ouvir barulhos ou que Ye-Hoon ouvia também, o que era preocupante e estranho já que estávamos sempre de olho e eles sabiam que não podiam se aprofundar na floresta, ficavam apenas onde podíamos vê-los.

— Hyungs, o Ye-Hoon contou para vocês que ouviu cochichos na floresta novamente? — Pergunto assim que cheguei na casa dos meninos.

— De novo? Que estranho, ele nunca foi onde não podia vê-lo — Sunghoon disse deixando o borbado que fazia na toalhinha de lado.

— Eu também não entendo o que está acontecendo, por enquanto eu não estranhei nada durante a noite mas esses cochichos não é normal.

— Devíamos ver isso? — Jake pergunta.

— Não sei, devíamos ver isso todos juntos mas ainda falta dois dias para que Hee hyung chegue, não queria enrolar isso.

— Niki, vamos esperar, nada de querer entrar na floresta sozinho, ok? Sun-Woo ficará preocupado — Sunghoon diz e o grito de Ye-Hoon pedindo para o pai o ajudar a se lavar no banho ecoou, Sung se levantou e disse que aquilo era o fim da conversa e não adiantava argumentar mais.

Eu revirei os olhos e caminhei de volta para a minha casa encontrando Sunoo sentado no sofá fazendo pequenas tranças no cabelo de Beo-Ram.

— Beo, vai terminar de arrumar a sua mochila, amanhã tem aula — Sun contou beijando a bochecha da nossa filha e ela saiu correndo para o quarto — E você tire essa ideia da cabeça.

— Que ideia? — Pergunto caminhando para a cozinha e pegando uma banana da cesta em cima da mesa.

— Beo me contou dos barulhos da floresta e eu te conheço o suficiente para saber que está querendo se enfiar na floresta porque não quer esperar até o Heeseung chegar.

— Mas amor, ele vai demorar dois dias ainda, sabe o que pode acontecer até lá?

— Eu sei o que pode acontecer se você voltar lá sozinho, lembra que saiu de lá com a cabeça rachada? Está querendo morrer por acaso? — Ele cruzou os braços.

— Eu tinha problemas com o meu passado que não existem mais, você sabe que eu não sou mais afetado por tudo aquilo.

— E isso significa que a Mavka não pode te atingir de outra maneira?

— Ok, não vou fazer isso — Sunoo sorriu e caminhou na minha direção me beijando.

— Obrigado por entender, querido — Ele acariciou minha bochecha e então saiu de casa para mexer na horta.

Me desculpe Sun-Woo, mas eu não podia simplesmente deixar essa história de lado e esperar que Heeseung chegasse, era a vida e saúde mental de minha filha que estava em jogo, ela não passaria o que Sun passou, não enquanto eu estivesse aqui.

°

Era 23:50, todos já haviam dormido e eu caminhei em direção a floresta sozinho mas carregando o que fosse preciso para enfrentar qualquer criatura maligna. Eu já havia entrado muito e até o momento não tinha nada, até escutar um barulho vindo das folhas.

Peguei a faca que carregava no meu bolso e já estava preparado para atacar, só abaixei quando vi que era de uma criatura pequena, eu me lembrava bem essa fisionomia que era inconfundível.

— Riki, o que está fazendo aqui de novo? Você e o Sunoo realmente combinam nisso — A fadinha saiu de trás da árvore e eu abri um sorriso ao vê-la.

— Preciso saber o que está acontecendo, minha filha está reclamando de cochichos na floresta e a situação realmente é preocupante, caso contrário você não estaria aqui, certo?

— Oh Riki, as pedras da lua não estão suportando mais, estão se quebrando, as fadas são as únicas que conseguiram sair por sermos pequenas mas as outras criaturas não devem demorar para sair, os cochichos de Mavka infelizmente estão conseguindo chegar até aqui, eu a ouço também pedindo para sair.

— E os meninos querendo esperar, isso é extremamente importante, não tem como adiar, irei começar a pensar num jeito de prender Mavka para sempre.

— E se isso não for possível? — Eu me virei de costas e comecei a caminhar para fora da floresta.

— Então terei que descobrir como matá-la.

🔮

|FIM?|

E chegamos ao fim dessa fanfic que começou bem soft e terminou de um jeito bem "adorável"

Obrigado a todos que acompanharam, de verdade, cada comentário e voto me fez muito feliz

"Rafa pretende fazer uma continuação?" Bom, eu tenho muitas fanfics para escrever mas caso eu consiga desenvolver certinho um plot é possível que eu volte com uma continuação dessa belezura.

Amo vocês e não esqueçam de dar uma olhada da minha nova fanfic de Jakehoon

Tchauzinho ♡

MAGIC // SunkiOnde histórias criam vida. Descubra agora