Atenção as palavras contidas nesse livro deverão ser lidas lentamente, já que possuem alto teor de reflexão em suas letras, relatos diários que beiram a uma realidade e trazem em si o dia a dia de forma intimista, sobre os dilemas das Ex-intensas, e...
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Capítulo 2 - São Paulo, 31 de dezembro de 2019
Esse foi um ano que não me deu tempo pra respirar, que me levou ao fim de mim mesma. Não foi exclusividade minha, eu sei, mas falo para além do coletivo. Sobrevivi, mas não sei se vivi. Entretanto, também entendi muito sobre muitas coisas. Distâncias fazem a gente enxergar melhor a vida, por mais que pareça contraditório em um contexto literal.
E eu realmente não falo de distância física, pois estava mantendo um relacionamento à distância com alguém que morava sob o mesmo teto que eu.
Me desculpe, acho que pulei essa parte. Talvez por vergonha e indignação por, mais uma vez, calar meus instintos e achar que seria uma boa ideia morarmos juntos. Que consertaria tudo. Mas, aí vai uma nota pessoal: isso não é como brincar de "casa da Barbie".
Em junho daquele ano, depois que recebi uma promoção no trabalho, decidimos (embora eu não me lembre de bater o martelo), que poderíamos dar entrada em um apartamento nosso.
"A intensidade não é uma boa conselheira"; Meu padrinho me avisou, do jeitinho dele, com a sabedoria típica contida em 60 anos de vida.
A crise dos vinte e poucos anos também foi grande influenciadora na decisão. Morarmos juntos seria fazer algo realmente grande em muito tempo, desde que fui morar sozinha. Não me lembrava mais como era dividir o mesmo teto. Além do fato de que, uma coisa é morar com seus pais, que o geraram, e outra é morar com um estranho...Que iria acabar se tornando cada vez mais estranho e irreconhecível, até não fazer mais parte da minha vida.
NOTA DA AUTORA:
Oie, desculpem a demora sigo postando mais um capítulo, espero que gostem, curtam, compartilhem e comentem. Beijos de luz.
Capítulo escrito por @menosmonotonia não esqueçam de dar uma olhada no perfil dela.
