Sim - Part3

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— Tem esse garoto... - Ele quebrou o silêncio. —  Eu sei as porcarias que ele está pensando, queria que ele pudesse ler meus pensamentos e saber que só existe ele aqui dentro. Que imagino toda a minha vida, desde que toquei seus lábios pela primeira vez, ao seu lado. Que não importa o que se passou antes, ele me faz esquecer tudo, ele coloca suas lembranças na minha cabeça, ele marcou seu sorriso e seus traços aqui e aqui. - Aponto para a cabeça e seu coração. — Não existe espaço para mais ninguém, mas como ele não pode ler pensamentos. - Ele se aproximou alguns passos, meus olhos estavam úmidos e minhas mãos apertavam meus braços em um abraço forte. — Eu me contento em lhe dizer isso pessoalmente.

Seu hálito soprou em minha bochecha. Sua mão viajou até minha nuca, acariciando devagar ali. Fechei os olhos por um estante.

— Eu te amo. Nunca amei ninguém dessa maneira e nunca mais amarei. E antes que diga que eu não posso saber, eu sei. Porque acredito em algo que minha mãe me disse um dia. Só amamos de verdade uma vez na vida. O amor verdadeiro não deixa espaço para outros amores oportunistas. E é assim que eu me sinto em relação a você. Me diz por favor, que compreende isso. E que não vai nos deixar abalar por essas merdas todas.

Algumas lágrimas escaparam e rolaram na minha face. Sorri singelo para o homem lindo e nervoso a minha frente.

— Não vou. Eu te amo e preciso lidar com esse sentimento novo. Pode me ajudar?

— Podemos fazer isso juntos.

Sua mão trouxe minha cabeça para perto. Ele rossou o nariz por minhas bochechas molhadas, depois do meu nariz, misturando nossas respirações, aquecendo-me em meio aquela frieza que era o tempo. Seus lábios mordiscaram os meus, e ele ficou assim, me provocando, prensando meus lábios e puxando-os de forma casta. Até que não suportei mais, precisava sentir seu gosto, sua paixão e amor. Suguei seus lábios com força, abrindo espaço com minha língua, ele sorriu na minha boca antes de corresponder, era isso que ele queria. Me agarrou pela cintura, me pondo em seu colo. Abarquei minhas pernas em volta dele e o senti caminhar enquanto me beijava de maneira furiosa. Minhas mãos estavam em seu pescoço e gemi quando chupou minha língua. De repente percebi que não era apropriado fazer aquilo em público, me afastei um pouco ao passo que ele me pôs no chão, gargalhando alto do meu estado de espírito. Eu amava aquela gargalhada e a tinha guardada na memória como meu som favorito.

— Eu te afeto tanto Hazz, isso é tão...Porra, é tão bom.

— E eu? Não te afeto? - Fiz um bico.

— Acho que minhas calças podem responder por mim.

Arregalei os olhos, rindo depois.

Ele juntou um galho seco no chão e começou a escrever, eu sabia o que era, portanto o ajudei. Aumentando o tamanho da letra de forma, deixando nossa palavra gigante. Comecei a desenhar um coração de um lado, ele fez o mesmo do outro e nos encontramos na ponta. O coração emoldurava o TAPTOS.

Rimos do nosso momento adolescente. Na verdade eu gostava de trazer um pouco do meu mundo para ele. E sei que ele também gostava, podia ser sua jovialidade aflorar natural naqueles momentos.

Subi em suas costas e ele correu pela areia enquanto eu gritava feito louco. Depois em um movimento me jogou em seus braços, me suspendendo no chão e nos girando. Seus olhos me prendiam e diziam o que a sua boca não precisava.
Ele me amava. E tinha a plena consciência de que, era devastadoramente recíproco.

01 de fevereiro de 2016

Born To Me 》Larry Adaptation Onde as histórias ganham vida. Descobre agora