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      DEPOIS DA DISCUSSÃO efusiva que tiveram no final da manhã, Zayn desapareceu pela casa como uma alma que o Diabo leva. Liam não escutou mais um ruído sequer vindo de qualquer cômodo e não se incomodou em sair de seu próprio quarto para averiguar onde ele estava pela razão de que não queria conversar. Não estava se sentindo valente o suficiente ao ponto de descer as escadas e vomitar seus sentimentos cálidos direcionados ao mais alto, não sabia nem mesmo se queria voltar a olhar em seus olhos, pois se sentia patético, um adolescente cheio de hormônios incontroláveis e uma gagueira quase crônica quando se emocionava demasiado exatamente da maneira como era antes de amadurecer e mesmo assim, parecia que as coisas não tinham mudado em nada, tudo era o mesmo, mas de uma forma estranha. Quando gaguejou com garotas na adolescência, elas sempre foram muito dóceis e risonhas, achando-o fofo ou engraçado apenas porque era um cara bonito e rico, todas as meninas da sua antiga escola costumavam se atracar para ficar com ele, então nunca foi necessário lidar com o pacote efervescente que a rejeição podia ser, porém ali estava ele, debatendo-se sobre si mesmo para administrar todas as suas emoções bagunçadas e difíceis de explicar.

      Gostaria de poder pegar o celular e ligar para sua mãe. De poder ir até ela para chorar em seu colo e dizer como seu coração estava partido e seus planos frustrados, mas o que diria em seguida quando ela perguntasse quem o deixou desse jeito? Oh, eu não te contei, mãe? Estou perdidamente apaixonado por Zayn! Não, as coisas não funcionavam de maneira tão aberta e fácil dentro da sua família. Sua mãe teria lhe dado um olhar apavorado e decepcionado e seu pai teria simplesmente o enxotado para fora como se estivesse com uma doença contagiosa, provavelmente eles nunca mais lhe dirigiriam a palavra de novo e ele estaria sozinho de vez. Eles podiam ser pais ausentes, mas mesmo assim tinham sido o seu melhor apoio durante os anos árduos da sua vida, com batidinhas nas costas e carícias em seu cabelo, presentes caríssimos que tentavam compensar a falta de tempo para lhe ouvir ou a dor de perder um amigo ou até mesmo ser traído por sua namorada, o fato era que em todos esses momentos, seus pais tinham feito algo para demonstrar que sempre estariam lá quando ele precisasse e, mesmo que estivesse ferido com o descaso deles em relação a si só porque não era uma garota como suas irmãs mais velhas, ainda assim sua ferida iria sangrar um pouco mais sem essas migalhas de atenção. Estava preso, sentindo-se sufocado dentro do seu próprio corpo, uma vez que da mesma maneira que queria ser abraçado e acalentado pelas pessoas que amava, sentia também o medo de ser rejeitado e odiado por eles. Payne não se acreditava capaz de suportar tantas coisas ao mesmo tempo, por isso tudo que fez foi permanecer em seu quarto, enfiado dentro do closet com seus materiais de tricô que ficavam escondidos bem no fundo do estreito aposento, temendo que um dia seu parceiro pudesse encontrá-los sem querer.

      Enquanto tricotava, lágrimas quentes escorriam livremente por seu rosto corado, resgatando memórias em sua mente que ele tinha evitado durante muitos anos e que em um momento de emoções afloradas, voltavam a sua mente como flores nascendo na Primavera. Lembrava-se constantemente de Reagan, um dos seus parceiros na pequena equipe de Seals que participou quando estava na Marinha. Ele foi um homem ruidoso e brincalhão, quase sempre o único em sua equipe capaz de tirar suas cabeças pesadas da situação complicada que viviam diariamente com suas histórias divertidas e piadas sobre gays, algo que ele jamais negou ser diante dos seus companheiros. Reagan era um homem honesto, incapaz de mentir para qualquer um dos seus irmãos de farda, era corajoso e tinha um coração que mal cabia em seu peito, seu lema era “nunca deixe um companheiro para trás, a mamãe pata sempre averigua se todos os seus patinhos caíram na água” e apesar de todos os maus momentos que compartilharam, ele nunca deixava de manter um sorriso genuíno em seu rosto moreno, eles o chamavam de mãe porque seu jeito de ser e agir se assemelhava ao de suas mães, sempre compreensivo, ele era como sua injeção de ânimo, seu calmante infinito para as horas de estresse. Certa vez, quando estavam acampando no meio do deserto antes de se infiltrarem num acampamento de rebeldes afegãos, Reagan tirou um quite de tricô de dentro da sua mochila e começou a tricotar um casaquinho de bebê. Isso era o que ele chamava de seu hobby particular, a fórmula secreta que o mantinha sempre em paz e com a cabeça erguida e eles riam como hienas de seu gosto peculiar para moda do mesmo modo que gargalhavam quando Liam corava por coisas banais, no entanto nada poderia abalá-lo e essa era sua coisa favorita nele, sempre rindo quando estavam zombando dele porque seu forte era lidar com tudo como se fosse uma grande piada e nada podia incomodá-lo dessa forma. No momento em que se atreveu a perguntar para quem ele estava tricotando o casaco seus olhos cintilavam como as estrelas no breu sob suas cabeças e ele respondeu-lhe suavemente:

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⏰ Letzte Aktualisierung: Mar 12, 2022 ⏰

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