32 - FRAQUEZA

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"Toda a maldade é fraqueza."

- John Milton


DESCOBRI QUE OS CULLEN JÁ SABEM DE TUDO, e eu nem precisei contar. Alice me viu contando tudo para Bells, e entendeu toda a história mesmo não podendo ver o que mostrei para Bella sobre meu passado. Eu já sabia que Alice vê o futuro, mas ainda assim fico fascinada por esse dom.

Sorrio para a fadinha quando ela vem me buscar em casa com seu companheiro, mas meu sorriso não chega aos meus olhos. Simplesmente não consigo sorrir alegremente hoje. Ela não parece se importar com meu claro sorriso amarelo e me abraça o mais apertado que pode sem me machucar. Jasper acena na minha direção e eu lanço o mesmo sorriso para ele que lancei para sua companheira. De repente sinto uma calmaria, mas não como a calmaria de Embry, a do loiro é um alívio artificial. Porém, não deixa de ser bem-vindo. Meu corpo relaxa visivelmente e digo um pequeno "obrigada" para o vampiro.

_ Como Bella está? - Murmuro quando entramos no carro amarelo.

Estou preocupada com Bells desde quando ela saiu ontem e não voltou. Parece que a Swan tem esse dom e desaparecer e deixar as pessoas que se importam com ela preocupadas.

Percebo um claro desconforto da parte da Cullen, mas ela responde rapidamente:

_ Ela está bem. Está passando o dia com Edward, mas eles vão vir para a reunião.

Ah, então ela está com a única pessoa que realmente demonstra amar.

Apenas solto um suspiro e o carro fica em silencio até chegarmos à casa dos Cullen.

Quando saímos do carro, todos os Cullen já estão reunidos na frente da casa junto a vários Quileute. Parece que o conselho preferiu vir para o território dos frios do que levá-los para a reserva que está cheia de sangue fresco. Fico tocada pela forma veemente que eles protegem os humanos, principalmente os que eles amam.

Embry sorrir para mim assim que nossos olhos se encontram, sorrio de volta um pouco mais alegre ao ver sua expressão brilhante. Cumprimento todos os Cullen, menos Edward, e todos os Quileute que conheço, menos Jacob. Suspiro por Bells e Jake terem escolhido não me aceitar.

Viro-me para a senhora mais velha e de olhar doce que nunca vi na vida.

_ Elisa, essa é Ruth Campbell. Ela se mudou para a reserva ainda criança e é membra do conselho. É uma irmã para mim. - Billy rapidamente nos apresenta sorrindo. Parece que ele não se incomoda muito por eu ter a cara da filha desaparecida do amigo dele.

_ Nem acredito que aguentei você por tanto tempo, Billy. - A mulher de cabelos brancos brinca e o velho Black rir. Depois ela me olha com um sorriso meigo com covinhas. - É um prazer, querida.

_ O prazer é meu, senhora Campbell. - Sorrio educadamente estendendo uma mão e fico surpresa com o poder que sinto ali quando nossas peles se tocam. A senhora Campbell também é uma bruxa.

A mais velha sorrir parecendo estar muito feliz.

_ Sua alma continua pura, como eu pensei. - Murmura com uma felicidade contida. Antes que eu possa fazer algum comentário, Carlisle começa a falar.

_ Sejam bem-vindos. Agradeço a presença de todos. - O Cullen fala enquanto eu me sento em um enorme sofá na sala por indicação de Alice.

Logo sinto uma aproximação e viro-me para ver Embry ao meu lado. Ele sorrir quando olho seu rosto.

_ Creio que todos aqui sabem do perigo que corremos e que todos os mundos correm. Então precisamos arquitetar um plano para impedir o caos. - A senhora Campbell toma a palavra com educação depois que o frio termina. E eu conheço a chave para fazermos isso. A chave é a Elisa. - Afirma ficando séria.

_ Então eu estava certo; usar Elisa como isca é a resposta, já que a ruiva quer ela. - Paul se pronuncia e Embry rosna claramente não gostando da ideia.

_ Nem pense em fazer a Elisa de isca. - Embry diz trincando os dentes.

_ Calma, não estou falando para deixar ela morrer. - O Lahote tenta se defender.

_ Meninos! - A bruxa chama e todos voltam sua atenção para ela. - O sangue de Elisa não é apenas uma fonte de poder para os Heiguells, como também é a fraqueza deles. - Fico surpresa quando ouço isso.

_ Impressionante. Não esperava por isso. - Carlisle comenta curioso.

_ Você pode derrotá-la com o seu sangue, Elisa. - Ruth Campbell diz sorrindo e eu olho para minhas mãos.

_ Nunca pensei que a fraqueza deles fosse tão óbvia. - Murmuro incrédula.

_ Como vamos usar o sangue para impedi-la? Não sabemos quando ela vai vir. - Sam aponta e todo mundo se desanima visivelmente.

_ Acho que tenho a resposta para isso. - Pronuncio-me e os Cullen e Quileute me olham com expectativa. - Na verdade, mais ou menos. Mary, minha amiga, disse que meu sangue fresco faz os Heiguells me detectarem mais facilmente e a sede dela por poder aumenta. Estava nas pesquisas dos antepassados dela, uma coisa assim. Então podemos usar isso ao nosso favor.

_ O quê? - Embry exclama em choque.

_ Nunca ouvi falar sobre isso. - A bruxa mais velha diz intrigada, mas esperançosa. - Mas ela vem imediatamente?

Nego com a cabeça.

_ Não sei, vamos ter que tentar. Não sei como isso funciona exatamente. E não tenho o livro. - Digo com um suspiro frustrado.

_ Felizmente, eu tenho o livro. - Quando o Call abre a boca para protestar, ouço uma voz que me faz arregalar os olhos. Todos olham para a pessoa atrás de mim com posturas e expressões alarmadas.

Viro-me para trás, na direção da voz.

_ Mary!? - O nome mal sai da minha boca por causa do turbilhão de sentimentos.

_ Em carne, osso, magia e beleza. - Sorrir jogando o cabelo para trás.

Começo a andar na direção da morena, mas Embry me puxa de volta pelo braço claramente desesperado.

_ Como não percebemos ela chegando? - Emmett pergunta confuso.

_ É minha amiga. - Explico olhando Embry nos olhos.

_ Como sabe que é ela? - O Call questiona hesitante.

_ Se fosse outra pessoa, eu encostaria para sentir a essência da magia e poder identificar quem é. Mas só por ela ter dito essa frase ridícula, sei que é minha amiga. - Digo me soltando e vejo Mary revirando os olhos com o que falei.

Caminho até ela com Embry na minha cola e todos nos observando cautelosos, prontos para qualquer imprevisto.

_ Não precisava esculachar. - Reclama com um olhar divertido abrindo os braços e eu dou de ombros sorrindo.

SÃO MUNDOS DIFERENTES ||Embry Call||Onde histórias criam vida. Descubra agora