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(Não revisei ainda)

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- Vamos pensar na situação com calma...

  - Calma!?

Tobirama suspirou pela vigésima vez naquele dia, observando o Uchiha andando de um lado para o outro freneticamente. Não o julgava por seu comportamento tempestuoso, também estava levemente desesperado.

Mas alguém precisava manter a calma naquela situação.

  - Sim, calma... - respirou fundo antes de sentar-se na cadeira que Izuna desocupou há poucos minutos atrás. - Essa troca não é permanente, só precisamos nos ajeitar até que eu encontre uma solução...

Tobirama estava surpreso consigo mesmo pelo calmo tom de sua voz - a voz pertencia à Izuna, mas a calmaria ainda era sua. - Talvez, se a situação fosse um pouco diferente, estaria surtando junto ao Uchiha.

Mas a troca foi causada por um de seus jutsus. E se Tobirama tinha confiança em algo, era em sua vasta capacidade de criar técnicas novas.

Izuna e ele não ficariam assim para sempre, só lhe bastava o outro homem no recinto entender isto de uma vez.

- E você acha que eu vou aguentar ser você por quanto tempo? - Ele perguntou histérico, apontando para o próprio rosto. - Eu tenho meus trabalhos, meus assuntos, minha família...

- Caso não saiba, eu também tenho tais receios - Tobirama o interrompeu. - Mas nos desesperar assim não vai nos levar à lugar algum.

Secretamente, Izuna dava razão ao que o Senju estava dizendo. Não era o fim do mundo - bom; era quase, mas não definitivamente -, mas ainda assim, não conseguia se acalmar.

- Isso é tudo culpa sua! O que raios você queria criar, afinal? - Perguntou, confuso e irritado ao mesmo tempo.

Sabia que estava sendo um pouco injusto, mas no momento de sua frustração, só queria jogar culpa nos ombros alheios; ter alguém para acusar.

Estranhamente, sua acusação não causou a reação revoltada que esperou ver no Senju. Ele não se irritou ou tentou se defender; ele só parecia... exausto.

- Não importa... - Tobirama disse por fim, apoiando o rosto no encosto da cadeira. - Para nosso próprio bem, precisamos trabalhar juntos até que tudo se resolva.

Sem mais forças para voltar às suas preocupações, Izuna concordou com ele. Puxou uma das cadeiras que estavam no canto do cômodo e a colocou próxima ao Senju, se sentando nela em seguida.

- Certo... Vamos por partes então... - o Uchiha fez uma pequena lista mental de tudo de importante que precisavam discutir. - Você tem algo importante para fazer hoje?

Tobirama desviou o olhar para cima por breves momentos, preso em seus próprios pensamentos.

- Hoje não. Mas amanhã eu preciso ensinar o básico do Ninjutsu Médico aos alunos da academia - explicou. - E você?

- Tínhamos uma missão marcada para hoje, mas como ela foi cancelada, também estou com o dia livre - respondeu pensativo. - Mas para amanhã, eu planejei ensinar Katon para as crianças do clã.

- Vamos ter que fazer as tarefas um do outro então...

Ao finalmente se dar conta do que o Senju estava se referindo, Izuna arregalou os olhos.

- Não vai dar! Eu não sei usar Ninjutsu médico! - Exclamou. - E você provavelmente vai assustar as crianças com toda essa brutalidade sua.

Ignorando parcialmente as indagações do Uchiha, Tobirama observou ele com atenção e irritação. Era bastante estranho ver seu rosto tão expressivo daquela forma...

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