006. roommates

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— Então, acho que preciso passar no meu bairro hoje — me sento no sofá ao lado de Timothée

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— Então, acho que preciso passar no meu bairro hoje — me sento no sofá ao lado de Timothée. — Há tantas coisas para resolver — coloco a mão nos olhos estressada. — Porra, eu estou fudida.

— Posso saber por que? — ele pausa o jogo.

— Eu não tenho emprego, nem dinheiro e ao menos lugar para morar — abro os olhos o encarando como se fosse óbvio.

— Eu posso arrumar um emprego para você e pode ficar aqui o tempo que precisar, eu não ligo.

— Está falando sério? Tipo, por que você está fazendo isso?

— Você é até que bonitinha — o encaro seria e ele ri. — Eu quero ajudar você. E se dividirmos as contas, os dois ganham. É até você realmente encontrar um lugar — ele enfatiza o realmente.

— Quer que eu seja sua colega de quarto? — pergunto animada. — Claro, em quartos separados.

— Eu não ia negar se você quisesse dormir no meu quarto. Mas sim... — ele se levanta e agacha em minha frente. — Você aceita ser minha colega de quarto, dividir as despesas e as contas por tempo indeterminado?

Fingo surpresa, entretanto a euforia é real.

— Ah, sim, sim. É claro, eu sempre esperei por isso — nos levantamos e ele me abraça tão forte que tiro meus pés do chão, rio disso. — Eu aceito — ele me coloca no chão e ficamos perto. Tão perto que eu sinto a respiração. — Está cheirando a carne — viro seu rosto rindo.

— Aquela que você fez — ele ri e se joga no sofá de novo. — Problemas resolvidos, posso assistir meu jogo?

— Ainda não — me sento ao lado dele sorrindo. — Primeiro, onde eu vou dormir? Não me diga que vou pagar as contas para morar na sala.

— Vem — ele me puxa para a primeira porta da casa dele, a que está trancada. — É o quarto de hóspedes, sabe? Pra Saoirse ou minha mãe.

— Você não deixa seus amigos dormirem aqui não?

— Isso é coisa de viado — ele ri abrindo a porta e eu o encaro feio. Ao perecer, Timothée revira os olhos. — Estou dizendo, que homens não dormem na casa de outros.

— Uau, que másculo — entro no quarto debochando. — Se a Saoirse dorme aqui, por que as maquiagens dela estão no seu guarda roupa?

— Ela estava se arrumando naquele dia da festa no meu quarto, sabe? Ela disse que tem melhor iluminação — concordo analisando o local.

É um quarto médio, tem uma casa de casal no meio, um criado mudo, um guarda roupa e algumas prateleiras.

— É básico, mas você pode deixar do seu estilo — ele aparece atrás de mim.

— Sua mãe não irá se importar? — pergunto com receio.

— Creio que não — ele ri. — Escuta, hoje eu tenho q ir para a lanchonete — ele sai do quarto. Mas vou te indicar para alguns lugares. Lugares como lanchonete, biblioteca, loja de tênis... Sempre precisam de um atendente a mais.

— Okay — sorrio e sigo ele. — Eu queria te agradecer, por isso.

— Me agradeça pagando sua parte — nos encaramos por um tempo e soltamos ótimas gargalhadas. — É sério, não tem problema. Mas tem que saber algumas coisas.

— Manda — ele entra no quarto dele e eu me jogo em sua cama.

— Gosto de dar festas em casa, vejo muito jogos, as vezes bebo demais e esqueço cueca por aí — faço careta com a última informação.

— Não ligo para as festas, eu fico no quarto enquanto você vê os jogos, eu posso beber com você e sobre a cueca, se eu ver uma em cima do sofá eu jogo na sua cama.

— Acho que vamos nos dar bem juntos — ele sorri. E começa a procurar algo no seu guarda roupa.

— Acho que sim. Bem, enquanto você estiver no trabalho. Eu irei passar no meu bairro pegar todas as minhas coisas.

— Se quiser me esperar, posso ir com você.

— Não precisa, vou aproveitar e passar no Dylan. Explico para ele tudo isso — me levanto da cama. — E talvez eu passe no mercado comprar algumas coisas. Deseja algo?

— Cerveja — ele pisca.

— Bem lembrado.

one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora