Meu Destino

6| Você bebeu gim?

Tᴀɪɴᴀ́ Bɪᴀɴᴄʜɪ

Sejamos honestos, Nicolas Rossi é o sonho de qualquer garota. Modéstia a parte, mas eu passaria horas só encarando aqueles olhos azuis dele, parece um mar sem fim.

E acredite, passar o resto do dia com ele foi quase impossível.

Ele é bem engraçado, mas também é muito compreensivo. Quando pedi que fizesse silêncio, porquê eu estava com dor de cabeça e também queria me concentrar, ele só falou algo quando eu falei com ele.

Nós passamos parte do dia tirando as dúvidas de alguns funcionários, e também direcionando pautas. Ele até me ofereceu carona, mas recusei, porque eu vim de carro.

Eu passei o dia todo com muita dor de cabeça. Consequências de quem bebeu a noite toda, foi dormir no outro dia e ainda por cima teve que acordar quatro horas da manhã.

Eu estou só o pó.

Quando cheguei, minha tia, Clarebella, me ligou. Por volta das 21h, e obviamente ela quis saber de tudo.

— Gata! Boa noite! Como é o clima de São Paulo? Tem gente bonita? Claro que tem, como foi o dia? — Ela dispara me fazendo rir um pouco.

— Oi para você também, tia. Hoje fez bastante calor, ou eu que não estou acostumada, mas, agora está fazendo frio. E sim! Tem bastante gente bonita, tanto homens como mulheres. E como está a vida sem mim por aí? — Pergunto pondo o celular na cama, no viva-voz.

— Tudo bem, sem nenhuma novidade. Hoje, eu fiz compras, assisti alguns filmes, fiz comida, etc..

— E o encontro?! Antes de me levar ao aeroporto me contou que tinha um encontro marcado! Acho que era um rapaz que conheceu no trabalho — Tiro meus saltos e os jogo o mais longe possível. Parece que tirei uma pedra gigante de cima do meu pé.

— Oh, sim. Bem, o nome dele é Davis Curtis. Ele foi na confecção pegar uma peça de terno vermelho. Ele é assistente pessoal de alguém muito rico. O jantar foi perfeitamente perfeito, tudo muito bem planejado. — Sua voz é carregada de animação, ela parece mesmo ter gostado do encontro. Espero que isso tenha futuro.

Enquanto ela conta, eu tiro minhas peças de roupa, peça por peça.

— Hum.

— Ele me levou para um restaurante muito chique, logo depois, me levou para o cinema e por fim, caminhamos até minha casa e de despedida: um beijo daqueles igual a cena de filme.
— Ela diz, com entonação, como se estivesse contando uma verdadeira história de amor.

— Uau, ele parece ser um homem muito cavalheiro! — Comento, ligando a torneira para que encha a banheira.

— E ele é!

Prendo meu cabelo num coque.

— E então? Me diga como foi teu dia.

— Ah, tia... Eu nem te conto — Solto um riso abafado.

Apartir dali, ficamos conversando por horas, dando várias gargalhadas até tarde da noite.

{...}

Minha cabeça está prestes a explodir. Estou sentindo uma dor de cabeça horrível.

Por que eu fui beber de novo?
Eu não fico de ressaca a meses.

Não tenho noção de que horas seja, mas o sol ainda não nasceu.
Me levanto sem fazer movimentos bruscos e vou até minha bolsa, onde continha um remédio para dor de cabeça.

Quando voltei do trabalho eu passei por uma farmácia e comprei, deveria estar bem aqui!

Vasculho toda a minha bolsa mas não acho de jeito nenhum.