7| Não exagere, Calvin.

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Tᴀɪɴᴀ́ Bɪᴀɴᴄʜɪ

- Precisa de mais alguma coisa, Sr. Rossi? - Louise pergunta com sua voz enjoativa de sempre.

- Não, obrigada Srta. Crivella, pode se retirar - Nicolas responde, da forma mais profissional possível.

- Srta. Crivella, poderia saber porquê não veio com a farda? - Pergunto, observando sua roupa completamente decotada, e nada correta para se usar num ambiente de trabalho.

- A minha rasgou, na máquina de lavar...

- Antes ir, providencie pegar outra farda. As costureiras devem ter alguma por lá.

- Ok.

Louise Crivella é a secretária de Nicolas, e por algum motivo ela não vai muito com a minha cara. Muitas pessoas querem estar no meu lugar, ela deve ser uma dessas.

Falando em secretária, eu também estou procurando por alguma que seja competente.

- Aliás, chegou algum e-mail para mim? - Pergunto.

- Não verifiquei.

- Chefe - Lhe corrijo.

- Eu não verifiquei, chefe.

- E porquê não?

- Porquê não sou sua secretária - Responde sem nenhuma vergonha na cara.

- Mas quem paga seu salário sou eu, e eu espero que verifique da próxima vez - Lanço um sorrisinho para ela e pego minha maleta.

- Até que a Srta. Bianchi encontre uma secretária competente, você trabalhará para ela também, espero que isso fique claro, Srta. Crivella - Nicolas também se levanta e assim como eu, ele pega sua maleta. Louise apenas concorda e Nicolas caminha até mim.

Ele caminha ao meu lado sem falar nada, até chegarmos ao estacionamento.

- Posso lhe perguntar uma coisa?

Nicolas pergunta de repente, lhe encaro e abro a porta do carro jogando a mala lá dentro.

- Claro - Me encosto no carro.

- Porquê a Louise "não gosta" de você? Vocês ficam de atacando com indiretas e deboche durante o dia todo, isso não é nada profissional - Ele também se encosta no carro de um jeito mais despojado.

- Você acredita que eu não sei? Ela nunca foi com a minha cara, nem lançamos nossa primeira coleção e já tenho hate - Brinco e vejo-o rir.

É a primeira vez que o vejo rir de forma tão descontraída.

- Eu realmente não consigo entender, nunca fiz nada para que ela me odeie - Faço um coque no meu cabelo.

- Mas você não precisa ter feito nada, as pessoas apontam o dedo de decidem que te odeiam do nada.

- De fato....

- Acho que quanto antes você encontrar uma secretária melhor. - Ele diz e eu concordo.

- Bom... Eu tenho que ir, até amanhã - Sorri para ele e entro no carro.

- Até amanhã, Srta. Bianchi.

{...}

Por conta de contratempos eu não cheguei cedo em casa. Algo furou o pneu do meu carro, e felizmente uns rapazes que passavam de carro disseram que havia uma borracharia aqui perto, e que eles poderiam colocar o pneu para mim, já que eu não sei pôr.

Porém, essa borracharia fica numa rua muito escura. E enquanto procuro a borracharia, acabo entrando numa rua sem saída.

Sem sucesso, eu saio do carro e tento procurar a pé por essa borracharia.

Meu Destino Where stories live. Discover now