Prólogo

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Havia um garoto que tinha medo do escuro

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Havia um garoto que tinha medo do escuro. E ao redor do garoto, havia um cemitério — ossos, terra e o cheiro insípido e inconfundível da… Morte.

A lua brilhava acima do garoto como um farol amaldiçoado, encoberto por nuvens espessas. Havia desespero no ar. Havia horror. Havia também o luto, mascarado por ódio e o constante som de respirações ofegantes… o garoto cavava a terra negra e suja e sagrada dos mortos com mãos pequenas, mas não menos poderosas.

Ele tinha perdido tudo. E agora teria o que lhe fora roubado de volta.

Havia um garoto que tinha medo do escuro, mas nem a morte — tampouco a escuridão — podem afastar um coração preenchido por raízes de ódio e dor. Existia, sim, um garoto com medo do escuro naquele lugar. Mas enquanto cavava, suas mãos penetrando na terra até os cotovelos… ele desejava que a escuridão tivesse medo dele.

Ele cavou. E não parou até conseguir o que queria — ele nunca pararia.

Nem que a eternidade do inferno o clamasse.

Eternal Darkness - LIVRO UM | WangXianWhere stories live. Discover now