Capítulo 30: Deus contra Lúcifer

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Papa narrando:

Lúcifer pronuncia palavras impossíveis de serem compreendidas e faz com que enormes caudas pontiagudas de escuridão saíssem do solo em alta velocidade. Ao chegarem perto de Deus todas foram automaticamente vaporizadas, era como se existisse uma barreira invisível ao seu redor. O Diabo então decide lutar corpo a corpo e mais rápido do que meus olhos conseguiram acompanhar deferiu um soco em Deus, porém o soco foi parado no mesmo local em que as caudas foram desintegradas.

-Não tem coragem de lutar sem truques? -Disse o tinhoso.

-Não são truques, são meus poderes, caro anjo caído. -Disse enquanto lançava uma pequena esfera de luz em direção a Lúcifer. A esfera grudou em seu corpo e dela saíram inúmeros espinhos que perfuraram o corpo do diabo. Após isso pude ver um enorme brilho sendo emanado dos espinhos enquanto o sangue do anjo caído era derramado no chão, em mais um instante os espinhos explodiram, o lançando para muito longe e destruindo o solo em sua trajetória.

O diabo agora estava caído com seu corpo inteiramente aberto, em poucos segundos ele se regenera e levanta com um olhar furioso.

-Você... Criou esses seres podres... Deu livre arbítrio a eles, me expulsou para um lugar que em vez de castigo passou a ser um fardo dos próprios seres que criou. Você me enoja, acha que é o juiz perfeito, acha que tudo que cria é digno e uma obra de arte... Você deixou esse mundo podre, e por isso merece morrer.

Após terminar de falar, sua pele derreteu, dando origem a uma crosta negra e avermelhada que cobria seu corpo como um todo. Asas pretas com veias saltadas e vermelhas rasgaram suas costas e se mostraram, as asas eram quase completamente esqueléticas, apenas com uma fina camada de crosta juntando os ossos delas. O solo começou a tremer enquanto seus pés e mãos cresciam e se tornavam completamente estranhos e desproporcionais, seus olhos se tornaram buracos vazios e ainda mais escuros do que antes e sua boca se abria mais do que qualquer boca humana é capaz de abrir enquanto ela soltava um grito ensurdecedor e crescia em altura, chegando a mais de vinte metros. Sua boca se fecha, suas pupilas preenchem seus olhos vazios e um sorriso que ia de orelha a orelha demonstrava uma mistura de desprezo com raiva.

-Está vendo isso? É isso que você fez eu me tornar, Deus. -Disse com uma voz distorcida e rouca, lembrando até mesmo os agudos de uma guitarra e os graves de um baixo enquanto variava.

-Pobre criança, vou te mandar de volta para onde veio. -Disse enquanto esticava as mãos.

Deus então lançou com um único dedo uma enorme quantidade de energia branca em direção ao diabo, que retribuiu abrindo sua enorme boca e cuspindo descomunalmente energia escura por ela. Agora o cenário era tão caótico ao ponto dos exorcistas azuis começarem a morrer por terem sua pele derretida devido a quantidade de calor enorme emanada pelas duas divindades. Raios de claridade e escuridão se espalharam pelo local e derretiam tudo o que tocavam. A energia que Deus soltava pouco a pouco ia vencendo a energia lançada por Lúcifer, ao ponto de chegar a poucos metros de distância do tinhoso.

Mais um tempo se passou e a energia divina finalmente acertou o diabo, que mesmo com os seus mais de vinte metros parecia estar sendo vaporizado enquanto rugia de dor e frustração. ao olhar para o lado e vejo Levi ainda com seu corpo tendo um aspecto demoníaco lutando contra o mensageiro, que era enorme ao ponto de possuir inúmeros pontos cegos, tais pontos estavam sendo golpeados incessantemente por Levi, porém seus golpes não eram tão eficazes contra o demônio, que depois de muito tempo pisou em Levi, fazendo o chão ser completamente quebrado por vários metros e causando um pequeno terremoto.

A criatura então retira seu pé e deixa a mostra o corpo inteiramente quebrado de Levi, que se regenera em poucos segundos, levanta e ruge enquanto seu corpo volta a ter chamas. Levi então salta em direção ao demônio e lança um soco em sua direção, o mensageiro faz o mesmo e o soco dos dois se chocam. A diferença de tamanho das mãos era enorme, mas mesmo assim Levi estava conseguindo empurrar a criatura enquanto fazia suas chamas cobrirem o corpo do demônio para derreter sua pele. As chamas de Levi então se solidificam no corpo do mensageiro e explodem, fazendo com que ele abaixasse seu punho por menos de um segundo, tempo o bastante para Levi acertar um soco que arranca o queixo da criatura e o lança para metros de distância.

Levi então acerta outro soco em sua testa, o que faz o demônio cair enquanto Levi permanecia no ar e encolhia suas pernas na tentativa de se lançar e acertar um chute na barriga do demônio, porém antes de conseguir chegar até sua barriga, cerca de trinta espinhos pontiagudos saíram do solo esmagado perfuraram o corpo de Levi enquanto mantinham ele no ar, completamente imóvel. O solo começou a arder em chamas negras enquanto o mensageiro se levantava e olhava Levi com um olhar de desprezo.

-Achou mesmo que poderia me derrotar através dessa criança, Lilith?

-Aaaaaaaaa! -Gritou Levi com uma voz árida e seca.

-Pobre criança, nem está mais no controle. Vou matá-lo e acabar com sua agonia.

O demônio então se preparou para dar um soco, mas foi interrompido por Arthur, que mesmo não conseguindo cortar o braço do demônio, ainda conseguiu desviar a trajetória do soco. Levi então se desprendeu dos espinhos e se juntou a Arthur.

-Lamento demônio, não posso deixar essa peste aqui morrer.

-Como ousa... Agora terei que matá-lo também, guardião do oitava portão.

-Pode tentar, garanto que vai fracassar como o seu amigo das pernas longas.

-Cale a boca! -Disse enquanto lançava inúmeros espinhos cobertos por chamas negras que vinham de suas mãos em direção aos dois, que com muito esforço desviavam eles.

Levi e Arthur então atacaram juntos o demônio em seus pontos cegos, no começo foi eficiente, mas depois de um tempo a diferença de força entre Arthur e o mensageiro se tornou ainda mais nítida quando seu braço foi perfurado por uma cauda negra que saiu do solo. Não posso deixar isso acontecer... Não posso deixar meus exorcistas morrerem! Me levanto e vou em direção a Arthur, consigo desviar todos os espinhos e caudas que vinham em sua direção e o protejo. Vou em direção ao demônio e começo a perfurá-lo junto a Levi, nossa força somada começa a ter efeito contra o demônio, que tem sua regeneração cada vez mais lenta.

Levi então arde em suas chamas para reunir todo o seu poder em um último golpe, enquanto isso uso minhas últimas forças para segurar o demônio. O mensageiro lança um soco em minha direção, eu desvio enquanto enfio minha espada em seu braço e corro cortando ele e indo em direção aos seus pés. Eu corto seus tendões e o faço cair no chão, subo em seu peito e enfio minha espada em seu coração.

-Você é forte, papa.

-Essas são suas últimas palavras? -Disse enquanto olho Levi reunindo uma quantidade absurda de energia.

O demônio então ri e levanta sua mão direita e a aponta para Levi, lançando em direção a ele uma rajada de energia escura. Não posso deixar... Se ele parar o golpe de Levi, vamos perder. Me lanço em direção a rajada e a corto com a minha espada, sinto fragmentos dela acertarem meu corpo, mas não deve ser nada.

Levi então lança sua enorme quantidade de energia em direção ao demônio, que se contorce no chão em pura agonia enquanto seu corpo começa a se desintegrar mais rápido do que ele consegue se regenerar. Vejo Levi se ajoelhar no chão, após gastar quase toda sua energia ele parece mais consciente.

-Fez um bom trabalho, filho de Lilith.

-É claro que fiz, sou o filho do caos. Aliás papa, já olhou para a sua barriga e para o resto do seu corpo?

-Não... -Disse enquanto olhava para baixo e via um buraco enorme na região do meu estômago e cortes espalhados pelo meu corpo. Pude ver um pedaço do meu intestino para fora, muito sangue está escorrendo... Sinto minha pressão baixar, minha visão fica turva, meus músculos ficam fracos e minhas pernas ficam bambas. É... Acho que acabou para mim.

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Flores negrasWhere stories live. Discover now