Heaven's Memories

09.1. passos reduzidos e amizades se criando

  Se você sente o cair da noite
eu quero se aquele a
quem você chama
Someone to you, Banners

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PARA AMENIZAR O DESASTRE QUE ESTAVA, pedi que Eden aguardasse um pouco enquanto eu subia até meu quarto e fosse tentar ficar no mínimo apresentável.

Por algum motivo que ele não explicou e eu não perguntei, o loiro trocou de ideias e veio até cá a procura de ajuda para o próximo teste de história. Não hesitei segundo algum e aceitei, afinal de contas, era exatamente aquilo que eu precisava.

Nos dez minutos que levei fazendo isso, fiquei pensando no perigo que era deixar mamãe e Eden no andar de baixo, sozinhos. E assim que desci, não me surpreendi quando vi os dois sentados, observando a um álbum. E pela capa violeta e enfeitada por purpurinas supus que fosse o meu álbum de fotos.

— Mamãe! — berrei, indo até eles e num acto rápido, peguei no pequeno objecto.— A senhora conhece ele a menos de uma hora e já mostra todas minhas fotos de infância?

Arregalo os olhos a ela que dá de ombros.

— Eden comentou que você estava adorável na foto do retrato. Não resisti e tive que mostrar as outras. — se justificou, sorrindo para o loiro.

Aquilo era uma piada. Movi meu foco até ele e me centrei no olhar

— Adorável? — arquiei uma sobrancelha.

— Adorável! — concordou. Ele de certeza, estava se divertindo com aquele situação.

Soltei uma risada abafada, abanando a cabeça em negação.

—  Pra quê tanto drama, filha. — se levantou. — Ele não vai parar de gostar de você, apenas por ter visto suas fotos de aparelho. — sussurou no meu ouvido.

Eden arregalou os olhos e espremiu seus lábios, claramente segurando um riso.

Três segundos e meu rosto queimou.

Vergonha.

— Mamãe, a senhora pode, por favor, nos deixar a sós? — pedi, forçando um sorriso a ela.

— Claro! — afirmou, mas antes disso, foi até Eden e depositou um beijo em seu rosto. — Da próxima vez que vier, eu vou mostrar a fase em que ela se inspirava na Taylor Swift.

Outra vez, vergonha.

A mulher passou por mim e sussurou um "fica bem, amor".

Quando o som dos saltos do furacão denominado Natalie Blake, foi se desvanecendo, suspirei aliviada. Rolei meu foco novamente para o loiro e o flagrei também me encarando.

— Preferia você do jeito que estava antes. — comentou, acabando por destruir o pouco da sanidade que mamãe esqueceu de aniquilar em mim.

Sem nenhum controle, meu abdômen se contraiu e surgiu uma sensação estranha no peito. Raspei a garganta, ignorando o que quer que tenha sido aquilo.

— Infelizmente eu não sou um gênio e não estou disposta a realizar seus desejos. — respondi, talvez um pouco rude, como forma de me defender da sensação que tive pelas palavras dele.

Ele não respondeu e eu também não fiquei a espera de uma resposta. Fiz um movimento com a cabeça indicando que ele deveria me seguir.

Um lapso, ou um pequeno choque entre dois neurónios na minha cabeça, me fez lembrar de algo.

A mensagem.

Assim que ficamos na entrada do meu quarto, parei de frente a ele e impedi sua passagem.