Demônios não dormem - I

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Grayskull House's | Manhã seguinte

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Adora piscou seus olhos com dificuldade para tentar adaptá-los à luz do amanhecer cruzando através do vidro da janela. Ela viu algumas sombras de dois ou três passarinhos passarem de um lado para o outro enquanto despertava.

Em condições normais, ela deveria estar muito chocada ao perceber que ninguém menos que Catra Wayne estava adormecida em seus braços. Seus olhos se arregalaram quando notou que seus dedos estavam emaranhados nos fios castanhos escuros do cabelo da mais velha.

Catra estava com sua feição relaxada e completamente pacífica como se aquela fosse sua primeira boa noite de sono em muito tempo.

A loira sorriu para si mesma e usou sua mão para acariciar o topo da cabeça da entidade, movendo seus dedos gentilmente em movimentos ritmados. Catra estava com um dos braços sobre a cintura da universitária, seus dedos foram enrolados em longos fios loiros ao decorrer da noite, provavelmente o cheiro da humana adicionado ao calor corporal a fizeram ceder a um descanso, o que era um tanto perigoso.

A incubus quase esqueceu completamente seu próprio nome na noite passada e tudo que foi necessário para que isso acontecesse foram os dedos de Adora correndo suavemente em sua clavícula, traçando a tatuagem enigmática que chamava bastante sua atenção.

[...]

Flashback on - Horas antes

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— Eu não sei se… isso é uma boa ideia - Catra respirou fundo quando Adora agarrou sua jaqueta, puxando-a para mais perto, tão perto que isso a assustou

— Dormir não é uma boa ideia pra você? - Adora enfatizou a primeira palavra, como se quisesse certificar a morena de que aquilo era a única coisa que elas iriam fazer — Você não precisa ficar tão retraída quando estamos perto.

— Eu só quero me certificar de que não estou passando da linha com você, Adora - A entidade murmurou baixinho, fechando os olhos momentaneamente ao sentir os dedos da universitária acariciando sua bochecha

— E se eu quisesse que você passasse dessa linha? - A pergunta soou estranhamente direta.

Ao abrir os olhos Catra se deparou com o olhar envergonhado da humana caindo para outro lugar, evitando o contato visual entre elas

— Você ainda ficaria tão perto?

— Do que você está falando? - A entidade perguntou confusa enquanto observava as mãos da loira descerem até a bainha da camisa regata fina para dormir, ela estava prestes a puxá-la para cima quando Catra a impediu de fazer, agarrando as mãos da loira no lugar e as puxando para baixo — Adora… Você não precisa fazer isso, não precisa fazer nada disso.

A universitária se manteve em silêncio, cabisbaixa e com uma expressão confusa que Catra não soube exatamente como interpretar.

— Por que você ainda está aqui? - O coração de Catra doeu e ela nem sabia que uma simples fisgada no coração de um ser imortal e demoníaco poderia ser tão… incômodo — Estou soando como uma adolescente insegura, mas há algo sobre você que está me assustando, Catra e eu ainda não sei o que você quer de mim.

— Não estou fazendo isso em troca de alguma coisa, Adora - Ela mentiu — Eu gosto de estar perto de você e… nós- nós nos divertimos juntas e você é minha colega de classe-

— Justo… Mas é só isso - Adora soltou suas mãos e estava prestes a se virar para o lado oposto, mas foi frustrada pela mão de Catra sobre a sua cintura, mantendo sua posição

The Devil's Touch - Catradora (G!P)Where stories live. Discover now