Após receber uma missão confidencial do rei da Grã-Bretanha, o Conde de Lewis é mandado para uma estação de trem. Mas o que ele não esperava, era encontrar uma indiana que iria inebriar os seus dias e levá-lo a um impasse entre sua vida na nobreza e...
Mahara voltava para sua cabine. Estava agitada. Não conhecia o Conde pessoalmente, tudo que sabia sobre ele era baseado em boatos.
Ele conseguiu a confundir e quebrar completamente qualquer expectativa que criara sobre ele.
O Conde de Lewis era louco, não possuía noção alguma do perigo, era irresponsável a ponto de rir do nome de sua sequestradora. Audacioso, irritante e cavalheiro.
" Desculpe. A senhorita é linda, mas eu não posso fazer isso. "
Linda... Foram poucas as vezes que ouvira aquilo sem malícia por trás.
" A adaga pode cortar a sua pele, estúpida. "
Ele se preocupou com ela.
" Quem é você, Mahara? "
Ela já não sabia mais a resposta para aquela pergunta e isso doeu.
Quem era ela afinal? Mahara Kulkarni? Ela já tinha abandonado aquele sobrenome a muito tempo.
Agora ela era uma ladra, uma sequestradora. Uma peça de xadrez que tinha uma missão importante a ser seguida.
Seduzir o Conde de Lewis.
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O grupo estava a ponto de enlouquecer. Bruce não falara nada durante toda a tarde. Eles queriam questioná-lo, saber o que havia acontecido, mas ele apenas insistia que também não sabia. Tudo que disse foi o nome da sequestradora.
Apenas desistiram.
Bruce parecia pensativo demais.
Doug se arrastou para perto do casal e começou a sussurrar.
- Minha irmã disse que Bruce fora o responsável por criar um plano para salvar a todos em um barco de uma invasão pirata a cinco anos atrás... - Contou enquanto olhava de relance para o Conde deitado no chão - Vamos dar um tempo para que ele pense em alguma coisa.
- Você não estava com eles no barco? - Indagou Cecília confusa.
- Eu estava desacordado. Não me lembro direito de quando invadiram o barco. - Respondeu calmo, mas o casal notou a ponta de decepção consigo mesmo na voz dele - Minha irmã disse que fora um plano louco e arriscado, mas dera certo.
- Espero que tenha dado certo por ser um bom plano e não por algum milagre divino. - Sussurrou Andrew - Plano louco e arriscado... Milagres podem acontecer mais de uma vez, certo?
- Se tratando dos planos de Bruce? Acho melhor começarmos a orar... - Sugeriu Doug.
- Vamos formar uma corrente de oração. - Completou Cecília.
- Gata arisca... - Falou Bruce de repente. O grupo o fitara sem entender - Estou pensando alto. Me ignorem, por favor...
- Está pensando em como nos tirar daqui? - Indagou Andrew.
