Mil pedaços de alma

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Bruce já sentira muitas dores na vida, mas nada, absolutamente nada, se igualava aquilo

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Bruce já sentira muitas dores na vida, mas nada, absolutamente nada, se igualava aquilo. Já não enxergava nada a sua frente quando sentiu a lâmina da faca finalmente sair de sua coxa. Quantas vezes ela havia entrado em seu corpo? Não sabia dizer.

O Conde estava em uma pequena sala escura cujo a única iluminação era feita por três velas. Sentado em uma cadeira de madeira, sem camisa e calça, as mãos amarradas atrás da cadeira e os pés descalços.

Por muito pouco não o deixaram nu, mas não duvidava que fariam isso em algum momento. Seu corpo estava coberto de cortes, hematomas, queimaduras e cera quente de vela.

Estava surpreso por ainda estar consciente. Já não escutava as perguntas daquele homem e seu rosto inteiro doía por ter sido espancado, não conseguiria respondê-lo nem se quisesse. Bruce podia jurar que, se aquele homem enfiasse a maldita faca novamente nele, iria implorar pela morte.

Percebeu um vulto rápido perto de si, provavelmente levaria outra facada ou talvez uma paulada. Não sabia dizer, sua consciência estava por um fio, não se importava mais.

Um barulho...

O que seria?

Parecia que alguém estava batendo na porta.

Ele estava indo embora, diferente do gosto de sangue em sua boca.

A porta devia estar aberta, estava mais claro.

Escutou vozes, mas não sabia dizer se eram femininas ou masculinas.

Passos.

Alguém tinha ido embora, mas ele não estava sozinho. Tinha mais alguém ali.

A porta estava se fechando.

Estava um pouco mais claro, como se a pessoa tivesse um pouco de luz com ela.

Alguém estava o tocando. Caloroso, firme e gentil. Muito gentil.

Algo estava o molhando. Não era forte como a chuva, nem denso como o sangue.

Pingava repetidamente em suas feridas. Era suave como seda, triste como uma garoa.

Eram lágrimas.

Quem estava chorando?

O Conde SequestradoWhere stories live. Discover now