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GWYN

Eu havia apagado completamente e naquela noite dormir como um bebê. Eu não lembrava a última vez que eu havia dormido tão bem, talvez na última vez que eu também tinha dormido com Az.

Era complicado explicar toda a situação, eu apenas me sentia muito, muito confortável na presença dele.

Me aconcheguei mais a ele.

Ele ainda dormia, sua respiração controlada e calma.

Me inclinei para cima apenas para observá-lo.

Eu não sabia o que estava acontecendo, claro era apenas uma intuição mas eu sentia, que havia algo que estava incomodando ele.
Eu queria poder fazer algo a respeito, queria que ele se sentisse confortável comigo da mesma maneira que eu me sentia com ele, queria que ele se sentisse confortável em me conta.

Tiro uma mecha de seu cabelo escuro da sua testa e deposito um beijo em sua mandíbula, e depois outros, e mais outro, um em sua boca, ele se mexe um pouco, depósito outro e ele franze o nariz.

Achei aquele gesto adorável, ele parecia tão vulnerável ali dormido.

Outro Beijo.

Um pequeno sorriso se curvando em sua boca.

Outro beijo.

Ele começa a abrir os olhos lentamente, o meio sorriso ainda em sua boca. Ele passou a mão ao redor da minha cintura.

Eu depositei outro beijo agora em sua bochecha. E paro a centímetros do seu rosto e fico o observando. Ele faz o mesmo.

Seus olhos brilhavam com algum tipo de... eu não conseguia decifrar o que havia ali, mas ele parecia diferente de qualquer formar, até eu me sentia diferente, principalmente em relação a ele.

— Você parece pensativo, no que está pensando?

— Você.

Foi uma resposta curta, como se fosse o suficiente, eu não sabia como responder aquilo mas não parecia uma coisa ruim, certo? Eu também pensava bastante nele se parasse para pensar a respeito.

— Só isso?

— Sim.

Estreitei o olhar.

— É complicado.

— Está tudo bem, você não precisa me contar.

— Não é que eu não queria... é só que é realmente complicado...

— Tudo bem, Az.

Ele passou a mão pelo cabelo.

— Me conte algo que perturba você.

Ele me olhou com dúvida.

— Qualquer coisa.

— Qualquer coisa?

— Sim, qualquer coisa que perturba você.

— hmm... eu, o que você gostaria de saber?

— O que você quiser me contar. — digo com sinceridade.

— Algo que me perturbe... — ele diz mais para si mesmo.

Dou um beijo em sua bochecha e recuo voltando a encara-lo.

— Não gosto do escuro... isso é algo que me perturba.

Dei um olhar encorajador para que ele continuasse.

—Meu pai...

Uma pausa.

— Ele costumava fazer coisas comigo... quando eu era mais novo.

Corte de Sombras e Melodias Donde viven las historias. Descúbrelo ahora