you belong to Brahms

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Quinquagésimo quarto capítulo: cigarettes......

Nunca havia ficado uma noite inteira em claro como hoje,mesmo que meu corpo estive cansado minha mente estava a milhão, nem mesmo me afundando e procurando abrigo no peito quente de Brahms eu conseguia me sentir relaxada ,pelo contrário sentir seu coração bater tão devagar me deixava ainda mais ansiosa,depois de muitas viradas na cama eu apenas me levantei dela e decidi andar pela casa,nunca fui amante de cigarros,sempre achei um hábito meio porco e prejudicial,mesmo assim desde muito nova sempre gostei do cheiro que ele exalava,talvez seja porque todos em casa sempre fumavam perto de mim,lembro que minha mãe fumava cigarros mentolados que perfumavam a casa toda uma das poucoas memórias que tenho dela,segundo meu pai ela até mesmo os fumou quando estava grávida de mim,meu pai e meu irmão pareciam chaminés era até irritante, até mesmo Henry fumava de vez em quando,subo até o quarto em silencio ,Brahms dorme profundamente, me aproximo dele e passo meus dedos em sua enorme cicatriz acariciando devagar,ele tem uma expressão serena e tranquila ,abro meu guarda roupa cuidadosamente,minha mala esta sobre algumas cobertas,toda aberta e desarrumada,vasculho minha pequena maleta até encontrar um maço lacrado de cigarros, já fazia tempo que eu os tinha Henry havia comprado pra mim depois de uma de nossas discussões feias,dizendo que eu precisava "desestressar" e parar de incomoda-lo,me lembro que na hora me senti furiosa e vazia mais mesmo assim eu guardei aquela pequena e insignificante caixinha,no fundo eu sabia que um dia colocaria na boca assim que algo desse errado...... e deu,me sinto sufocada,o medo me intimida e vai me corroendo por dentro,tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo.

Saio do quarto e caminho até a ponta da escada,se eu fechar os olhos com força posso ouvir em alto e bom tom as risadas prazerosas de Henry,ele me quer morta,irônico pois o tempo todo que estive com ela me sentia um cadáver sem alma,já estava morta antes.
Acendo um cigarro e inspiro com vontade ,a fumaça vai queimando de dentro pra fora me fazendo tossir,cigarro por cigarro eu fumo o maço inteiro sem nem mesmo perceber,depois de algum tempo vejo pelas janelas temperadas os primeiros raios de sol nascendo um por um,a luz angelical da manhã banha meu corpo trazendo uma sensação pacifica e quente e por segundos me faz esquecer de tudo e me concentrar naquele momento,fecho meus olhos apreciando meu banho de sol,ouço o barulho da porta do quarto se abrindo , me viro e vejo Brahms, ele esfrega as temporas e parece ter acabado de despertar.

-'' por que acordou tão cedo ? ''- eu dizia olhando para o armário á minha frente,de pé já sou bem menor que Brahms imagina sentada sobre o chão, ele parece um grande muralha que se aproxima devagar.
-'' eu virei na cama e você não tava lá.... ''- ele dizia com a voz bem grossa e manhosa, vinha cada vez mais perto, sua expressão estava diferente,ele deve ter sentido o cheiro do cigarro,por alguns segundos sinto que ele vai me dar uma bronca ou me questionar mais não, ele apenas segura meu queixo pra cima e me dá um beijo terno e suave.

- '' vou fazer o café da manha pra você hoje ''- ele exibia um sorriso infantil e amoroso enquanto corria escada a baixo para correr até a cozinha.
-'' vem mina...eu li uma receita em um livro,vou fazer pra você ''- ele me chamava seguindo pra cozinha.

Durante a semana toda Brahms conseguiu me distrair de todas as minha preocupações, mal parávamos em casa ,o verão finalmente tinha chegado,fomos quase todos os dias andar a cavalo e ver o cego senhor que nos recebe sempre muito feliz,estou ensinando Brahms a dirigir,agora que o gelo se foi temos a estrada só pra nós,ele aprende tudo muito rápido,e me arranca várias risadas pois ele tem mais medo de estacionar do que acelerar na terra em alta velocidade,ele parece muito feliz e ficar perto dele alivia tudo, ao mesmo tempo ele esta me mantendo bem ocupada a noite,esta ficando cada vez mais indiscreto e descobriu uma nova paixão,me deixar com marcas.

Estou cheia de chupões e mordidas por todos os lados, ele as apelidou de ''flores'',sorte nossa o velho senhor não poder ver as marcas das atrocidades que fizemos, como hoje ainda é de manha resolvemos por indicação do senhorzinho ir nadar em um lago que fica há alguns quilômetros daqui, acordei bem cedo e preparei várias comidas para fazermos um piquinique,faz tanto tempo que não nado que me pergunto se ainda lembro,estou muito animada.

Oi gente tudo bem ?

Hoje vai ser esse capitulo curtinho porque ainda essa semana vai sair maisss😈

Ta dificil escrever por causa de muita coisa pra estudar😭😭😭
Mais não vou abandonar não 😄