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Capítulo Centésimo terceiro: your bitch.....

Ele esta morto................

Ele esta morto...............

Ele esta morto..............

Era tudo que eu pensava, mais o que aconteceria se ela soubesse?.......

-'' eu não sei de nada..''-digo seca .

-'' mais irá se lembrar querida, a senhorita Yasu vai ajudar você ''- sua voz doce me ardia o âmago, olhava aquela senhora parada com o rosto tranquilo e meu coração disparava.

Estava começando a ficar frio, dois homens me desamarraram da cadeira, amarraram minhas mãos atrás do corpo e me vendaram, no escuro eu escutava os barulhos sorrateiros de pequenos utensílios, Barulhos de água e tilintar ferrosos, eu não entendia muito do que se tratava mas aquilo me dava medo, a senhora não dava nem um piu, ficava quieta mexendo nas diversas coisas que havia trazido, depois de um tempo os dois homens saíram e ela tirou a venda de meus olhos.

A mesma era velha, as rugas da idade não mentiam, devia ter no mínimo 60 anos, ela acariciava meu rosto apática, olhava nos meus olhos como se sequer visse um ser humano dentro de mim, não era um olhar raivoso, não tinha nada opaco, simplesmente vazio, atrás dela tinha uma espécie de barril lotado de água o que por um segundo fez gritar parecer uma boa opção.

-" onde está?"- ela com certeza a mesma não era daqui, seu sotaque era muito forte, definitivamente oriental e com certeza Imigrante.

-" não sei de nada "- eu dizia sincera esperando pelo que viria.

Ela sequer disse nada, com uma mão enrolou meus cabelos e começou a me puxar, ela era forte, muito mais do que eu esperava e com as mãos e pés amarrados, eu era uma presa fácil, puxava meu cabelo chegando a doer o escalpo e afundava minha cabeça na água......

Um........
Dois.......
Três.......
Quatro......
Cinco........
........ seis, sete, chegando até o dez, eu contei até ela me tirar de lá.

-" onde está?"- dizia com sua voz de senhorinha amarga.

Nego com a cabeça e ela me coloca de novo, dessa vez por quinze segundos, sinto a água me afogar e sufocar aos poucos e ela me tira.

-" onde está?"- pergunta de novo, dessa vez um pequeno sorriso Brota de sua bochecha, talvez ela esteja se divertindo no final.

-" não sei porra!!"- digo cuspindo água em seu rosto.

Ela aparentemente impaciente Me enfia por completo dentro do barril molhando além da minha cabeça o meu torso, deixando apenas as pernas de fora, não consigo sair pois é muito fundo, precisaria de auxílio e por isso sei que talvez seja a última vez......eu contava os segundos....
Dez......
Quinze......
Vinte.......
Vinte e cinco.......

Até sentir a água começar a entrar dentro de meus pulmões, eu iria afogar e morrer, sempre pensei que entre morrer queimada e afogada, afogada seria mais prazeroso mas não......te queima por dentro, a água se infiltra em todos os caminhos não percorridos, o pior não é a Dor mais talvez o desespero e a ânsia de sair e respirar ar puro.

30 segundos depois e eu começo a sentir que devia ter feito aula de natação na infância, parece que vou morrer e talvez eu vá pois não tenho muita esperança, quando alcanço os 35 segundos ela me tira, completamente ensopada e desesperada, com os cabelos molhados caindo no rosto inspiro o ar maravilhoso que enche meus pulmões me fazendo arfar.

Ainda buscando por ar, extremamente ofegante, eu me penalizava por dentro, poderia colocar toda a culpa no meu irmão, gritar alto e falar que ele matou o homem sozinho, mas acabo pensando em Sandra e na criança em que ela espera, não teria coragem de destruir uma família mesmo que fosse o filho da puta do meu irmão, volto para cena enquanto a mulher desabotoa minha jaqueta me deixando apenas com uma regata toda ensopada.

you belong to BrahmsWhere stories live. Discover now