A Garota Da Biblioteca.

03

Desde então haviam se passados alguns meses, cada dia que se passava parecia que eu estava mais inspirado e eu amava passar horas e horas conversando com Safira seja lá qual fosse o assunto, mas nosso assunto principal era Jesus e eu gostava disso era bom me sentia tão bem a vontade.
No entanto, dessa vez descobri que estava realmente apaixonado e o pior que era por minha amiga Safira, e enquanto minha mãe comentava algo na sala, eu pensava em como e com quais palavras poderia me expressar e falar o quão apaixonado estava por Safira.

— Nick? — Minha mãe chamou-me estralando os dedos na frente do meu rosto.

— O-oi. — Pisquei os olhos Acordando dos pensamentos.

— Olha só meu filho ou você vai lá contar tudo o que está sentindo por essa bela moça, ou eu mesma faço o favor de gritar para a toda a vizinha e dizer que meu filho está apaixonado, mas está agindo feito um adolescente confuso. — Recebi uma tapa de palavras sinceras que minha mãe sempre me dava.

— Tudo bem mãe, eu irei falar tudo o que sinto. Mas... e se não for ela? — Mordi as unhas nervosamente.

— Já perguntou a Deus? Eu acredito que seja ela, percebi a troca de olhares de vocês dois na igreja fora o modo que ambos se comunicam. Por acaso beijou ela alguma vez? — Francielle, ou seja, minha mãe fez uma pergunta.

— Claro que não, eu não vou beija-lá até saber se é realmente a pessoa certa. Mas, meio que quase rolou e foi só uma vez nunca mais se repetiu. — Passei as mãos no rosto tentando esconder o vermelho de minhas bochechas.

— Sabe... você é igualzinho ao seu pai. Fofo, tímido e apaixonado. — Suspirou. — Agora vá se declarar para sua amada. — Assenti pegando um casaco marrom, abri a porta e falei para mim mesmo "eu consigo".

Dois minutos depois de caminhar disse novamente para mim "eu não consigo", pensei em voltar, porém, antes que isso acontecesse ouvi o Espírito me dizer: "Atravesse a rua". Fiz o que ele havia me dito e logo uma senhora me parou no meio da rua, naquele momento eu estava totalmente confuso e perdido.

— Você está tão nervoso meu caro jovem, por que tanto medo? Sempre quis um viver um romance não é? Então acredite você está indo pelo caminho certo, Deus já abençoou. — Fiquei sem reação olhei ao redor e perdi a senhora de vista.

Voltei a caminhar com a reposta na mão, porém ainda existia um pouco de medo. Será que ela também sente o mesmo? E se não sentir? Me perdoe senhor não posso duvidar de ti, vou apenas confiar. Abri a porta da biblioteca como se cada segundo fosse extremamente necessário. Safira me olhou sem entender.

— Tudo bem com você? — Perguntou escorada na mesa de atendimentos.

— Sim, podemos conversar? — Batuquei os dedos sobre a madeira.

— Claro! — Ela saiu de trás da mesa e me guiou até o canto de leitura. — Pode faltar. — Se sentou em uma das cadeiras e eu fiz o mesmo.

— E-então... — Respirei fundo sentindo meu coração bater cada vez mais forte. — E-eu te amo, sei que parece estranho, mas eu sinto as famosas borboletas no estômago, quando estamos juntos, eu sinto meu coração acelerar de forma diferente de um jeito bom e... por mais que eu tente oprimir o que eu sinto dentro de mim não consigo, você está no meu pensamento em todo momento, eu não sei o que fez comigo para me deixar assim. Só sei que te amo, amo seu jeito fofo de ser a forma como se expressa me deixa tão intrigado fazendo-me perguntar a Deus se realmente seria você a pessoa certa. Agora só preciso ouvir de você. — Contei tudo que sentia e vi um sorriso fofo escapar dos lábios da jovem garota a qual eu estava totalmente apaixonado.

— Nicholas, eu amo suas piadinhas e trocadilhos, mesmo os ruins. Você é doce, gentil e amoroso. Você me faz sorrir como ninguém mais pode e agradeço a Deus por você diariamente.
Não posso prometer que não vamos lutar, porque vamos. Vou tentar fazer o meu melhor para ser a melhor pessoa para você, mas não apenas serei sua amada, mas também serei sua melhor amiga, amante e maior apoiadora.

— Quer ser companheira e melhor amiga? — Perguntei sentindo minhas mãos tremerem enquanto uma risada saiu de Safira.

— É óbvio que sim. — Nos abraçamos e eu senti o cheiro suave de seu perfume.

A garota da biblioteca havia roubado meu coração.