Desculpem os errinhos e boa leitura <3
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A conversa que tiveram com Seonghwa fora extremamente tensa e destrutiva para cada um. Yunho fora extremamente abalado para casa, o Park pediu dispensa do plantão, pois não tinha condições de trabalhar. Já Wooyoung e San resolveram ir caminhando para o apartamento, por mais que fosse um pouco longe do hospital, ambos precisavam espairecer e pensar. Os dois andavam em um completo silêncio, pouco se importando com o que tinha em volta, completamente perdidos dentro dos próprios pensamentos.
A cabeça do Jung trabalhava sem parar, desesperado por achar alguma forma de salvar San. O menor precisava descobrir como aquele maldito colar funcionava, antes que o pior acontecesse. Todavia, Wooyoung mal conseguia se concentrar naquele momento, pois a angústia o consumia por completo, sua mente acabava voltando para o mesmo pensamento de que viver sem Choi San não era uma opção.
Por outro lado, San não se sentia triste, a raiva era o sentimento que o estava dominando por completo, eletrizando cada pequeno poro do seu corpo. Ele estava com ódio de si mesmo, por ter sido teimoso, por ter fugido naquele dia, por ter causado tanta dor. Estava com raiva do médico que fizera aquela proposta tão absurda para sua mãe. E, principalmente, o Choi estava com raiva por não poder ter uma nova oportunidade, por não poder viver o amor que tinha com Wooyoung, não poder ver seu irmão casar e ter filhos, não poder acompanhar a felicidade de Yunho com Mingi ou ver Seonghwa se tornar médico. Perderia tanta coisa, por culpa única e exclusiva dele.
Nos últimos meses, desde que recordara todas as suas memórias, San costumava culpar Ki-Nam por tudo o que acontecera, mas agora via que era apenas mais uma forma de fugir. Era uma tentativa inútil de encobrir que era ele o verdadeiro culpado de tudo.
O Choi necessitava descontar toda aquela raiva em alguma coisa. Ele não pensava em mais nada, o sentimento negativo era tão forte que explodiu pelo seu corpo, queimando e eletrizando cada pedacinho. San chutou com toda força uma lata de lixo que ficava em frente a um pequeno prédio verde e branco. Fora tão forte que a lixeira voou por alguns metros e virou, derramando todo o lixo que havia dentro no chão.
Aquela atitude repentina assustara não apenas Wooyoung, que estava perdido em pensamentos, como outras pessoas que passavam em volta, que viram uma lata de lixo literalmente voar sem nenhuma explicação. O Jung olhara em volta e vira algumas pessoas correrem, completamente apavoradas.
-Sa-sannie - Wooyoung chamara baixinho. Ainda estava assustado com a reação do mais alto.
San sequer ouvira o mais baixo o chamando, agora que tinha colocado toda a raiva para fora, a tristeza começara a se aponderar do seu corpo. O Choi continuava parado, como uma estátua, encarando o estrago que fizera na calçada e com os olhos tomados por lágrimas.
O Jung suspirou baixinho, discretamente segurou a mão do mais alto e o puxou, obrigando San a acompanhá-lo. Wooyoung levara o Choi até um pequeno beco vazio que ficava ao lado de um restaurante, que já estava fechado devido ao horário, e finalmene o abraçou apertado. Estava escuro e ninguém conseguiria vê-los ali.
San acordou do seu transe quando sentira o corpo do menor contra o seu. Ele se agarrou a Wooyoung como se seu resto de vida dependesse daquilo. Mesmo sendo mais alto, o Choi se abaixou e escondeu o rosto no pescoço do Jung, sem conseguir mais conter as lágrimas.
Wooyoung ficara em silêncio, deixando que o mais velho chorasse e o apertava ainda mais forte. O mais baixo começara a acariciar os fios arroxeados, numa tentativa de passar um pouco de conforto para o Choi.
- Vai ficar tudo bem, Sannie - Wooyoung falara depois de alguns minutos em silêncio- Eu não vou deixar nada te acontecer, é uma promessa.
San se afastou um pouco, apenas para conseguir olhar para o rosto do mais novo. O Choi conseguira ver determinação nos olhos bonitos do Jung.
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Extraordinary Love - Woosan
FanfictionChoi San cresceu em uma Família difícil e complicada, com um pai abusivo. Quando se tornou maior de idade, mudou-se para Seul, onde passou a trabalhar com Dança que era sua maior paixão. Jurou que nunca mais olharia para seu pai novamente e pretendi...