capítulo 14

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O quarto estava levemente escuro, mas Mean conseguia visualizar com perfeição o garoto que dormia tranquilamente em sua cama, os curtos fios  de cabelo castanhos dourados que caiam sobre a testa lhe davam um ar ainda mais infantil, a pele clara e lisa instigava  seus dedos a tocá-la, e quando o mais velho estava prestes a fazê-lo, o barulho do aparelho lhe toma atenção, alcançando rapidamente e atendendo, ele só se dá conta tarde de mais de que o celular não era o seu

A voz grave que soa do outro lado não parece muito amigável e se torna ainda pior após sua confissão — Hum, desculpa mas Plan não pode falar agora, ele está dormindo, eu – sua frase é cortado de imediato pelo homem do outro lado da linha

— Me...Mean Phiravich – o homem ainda resmungava em tom ameaçador, mas tudo que Mean teve tempo de sentir foi aquele delicado cheiro de melão — Ahh Plan – antes que pudesse evitar o gemido lhe fugiu dos lábios, ele não precisava olhar pra baixo, podia  sentir com perfeição de detalhes, os lábios abertos de Plan e sua língua calorosa, lamber seu membro por cima do tecido de moletom, o celular caiu no chão fazendo um baque e por sorte lembrando o alfa de que havia alguém na linha, resmungando um palavrão, o mais rápido que pode ele juntou o celular e  correu pra fora do quarto, fechando a porta em um estouro, enquanto podia sentir os gemidos do garoto do outro lado e seu feromônios que atravessavam a madeira maciça  que os separava, sua respiração estava muito mais que difícil, ele levou o aparelho de volta ao ouvido, a voz ainda mais rouca pode ser ouvida — Av 13, prédio 340, 7 andar apartamento 14B – Mean falou tão automático que até se assustou e não pode evitar de se encolher com as palavras proferidas pelo tal homem, deixando apenas duas certezas. O homem do outro lado era um alfa e Mean estava muito ferrado 

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As bochechas de Gulf ainda ardiam mesmo alguns minutos depois que o carro já tinha iniciado sua corrida, Tul se mantinha em silêncio, parecia que algo lhe preocupava, o mais novo optou por se manter em silêncio apenas relembrando os momentos que acabaram de acontecer, como as mãos de Suppasit eram quentes, como seu perfume era convidativo e os olhos que lhe penetravam a alma tirando de si  tudo que quisessem, agora até as pontas das orelhas se tornaram vermelhas — Gulf já chegamos – só após a chamada de Tul, foi que ele percebeu que de fato estavam no estacionamento do prédio. O caminho até o apartamento foi silencioso, não de uma forma ruim, apenas estranho comparado a costumeira alegria de Tul, e assim que a porta foi aberta o omega mais novo entendeu o por que — Ele ainda não chegou? – Tul entrou  já largando as chaves sobre o balcão e se dirigindo a Max que andava pelo apartamento com o celular em mãos — Não, e também não responde as mensagens, olha eu juro, Alo, Plan onde você está? – rapidamente as respostas de Max já não eram mais dadas à Tul e sim a quem lhe atendia do outro lado da linha — Quem é você? – o tom de voz do alfa mudou drasticamente, deixando os dois ômegas no apartamento em estado de alerta — Coloque Plan no telefone agora se não, o que ? QUE PORRA TA ACONTENCENDO AI ? RESPONDE SEU MALDITO – os olhos de Max pareciam ter ficado injetados enquanto Tul se aproximava já desesperado por sua mudança de atitude — Amor calma o que houve – Tul queria chegar perto e tentar acalmar o marido, mas a onda de feromônios que ele exalava lhe deixava um pouco fraco — O QUE HOUVE, ESSE FILHO DA PUTA ACABOU DE GEMER NA LINHA, EU VOU MATAR ALGUEM E – ele parou por um segundo antes de intensificar a potência dos feromônios e o tom de sua voz — Escuta bem seu pervertido, me passa seu endereço agora – após as instruções lhe serem passadas, um aviso foi dado em retribuição — Ousa bem seu pervertido, estou indo buscar meu filho e se ele tiver um fio de cabelo fora do lugar, essa coisa que você chama de pinto vai sumir de uma forma lenta e dolorosa, farei parecer como se ele nunca tivesse existido – o telefone foi desligado sem esperar por uma resposta, mas estava tão possuído pela raiva que nem se deu conta do silêncio que tomou conta do apartamento, mas teve que ser quebrado pelo bem dos dois ômegas — Max por favor – a voz que saiu baixa lhe chamou a atenção só  então ele percebeu a força com que seus feromônios foram dispersados no pequeno espaço, os dois ômegas se encolhiam, escorados no balcão da cozinha, reprimidos pelo cheiro da raiva do alfa — Ah amor eu sinto muito – na hora deu um fim a liberação dos feromônios, mas o cheiro infestava pequeno apartamento — Me desculpe também Gulf, eu... eu vou atrás de Plan – disse ele por fim, entendendo que se ficasse ali poderia ser pior pros outros dois. E assim a porta do apartamento se fechou e na cabeça dele já se passavam os números dos advogados que ele conheceu ao longo da carreira, por possivelmente no final da noite ele precisaria  de um

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