Karol

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Mais uma semana e já estou uma pilha, não nasci para ficar enfurnada em um escritório estou vegetando, hoje temos uma entrevista aqui na Famous, esses urubus querem saber da minha vida e como está meu pai depois do infarto.
Seu Miguel está novinho em folha louco para voltar a ativa, amanhã teremos almoço na casa dos Pasquarelli.
Reviro os olhos vou ter que aguentar Ruggero em pleno sábado.
Recebi uma mensagem de Gustavo ele chega esse fim de semana.
Estou com tanta saudade, realmente me apeguei e não vejo a hora de tê-lo comigo.
Entro na sala de reuniões e já está tudo pronto.

- Então Karol vamos as perguntas.
- Manda ver.
- Sua carreira decolou independente da Famous e do seu pai como se sente?
- Dever cumprido, tudo o que sou é graças ao meu Dad e a minha avó que apostaram tudo em mim, mais o meu esforço para chegar até aqui isso eu conquistei sozinha, claro que eu tenho uma equipe maravilhosa comigo e todo o meu trabalho hoje é feito em equipe.
- Você tem fotografado grandes nomes já alguns anos, como é parar tudo e focar na revista?
- Estou em abstinência sabia, meus dedos tremem nas teclas, pode me dar sua máquina só um pouquinho. Eles dão risada.
- Sei que não fala da sua vida pessoal, e não vamos entrar em detalhes só queremos sua opinião sobre os amores que passaram por sua vida?
- Como se tivessem sido muitos gente. Faço cara de ofendida mais estou falando a verdade.
Bem na hora Ruggero aparece na porta com Carolina e me concentro na resposta.
- Eu tenho em mente e digo que o tempo cura tudo, tem amores que você esquece, que se apagam, como tem amores que duram para sempre. Falo.
- E te deixaram algo?
- Sim óbvio, tem amores que te marcam para toda a vida. Meus olhos encontram os seus.
- Pessoas que tinham que passar por sua vida naquele momento e quem sabe, não  para sempre, mais para te ensinar algo, e seguir cada um o seu caminho.
- Que lindo Karol, bem obrigado por essa entrevista.
- Eu que agradeço. Volto a olhar para a porta e ele não está só Carolina.
- E seguir a cada um seu caminho? Sério?
Carolina debocha quando passo por ela.
- Não comece.
- Eu estive com você, acompanhei tudo, como estive com ele, vocês estão longe de casa um seguir seu próprio caminho.
Reviro os olhos.

Chego na casa do meu pai e o encontro no quarto com brincando com Mel.
- Oi filha, a bonequinha está brincando com o vovô. Beijo meu pai e sento ao lado de Mel que ao me ver se joga em meus braços.
- Desculpe filha ocupei você e ela sente sua falta.
- Eu sei pai, não se preocupe ela já vai recuperar o tempo perdido.
- Gustavo quando vem?
- Deve chegar esse fim de semana.
- Como vocês estão?
- Ele me faz feliz.
- O importante é que ele está cuidando bem das minhas princesas e que você está feliz.
- Ele é ótimo pai.
- Se não fosse iria acertar as contas com ele.
- Está bem Dad malvadão, já tomou seus remédios?
- Aí lá vem você querendo me drogar.
- Paiii, passe agora par tomar seus remédios, eu vou tomar um banho pra jantar e fazer o mesmo nessa mocinha.

Na manhã seguinte, arrumo a bolsa da Mel e organizo tudo para ir a casa dos Pasquarelli.
Papai já está liberado para voltar a trabalhar e eu estou pensando se volto para Los Angeles ou fico por aqui, surgiu bastante trabalho para mim e tem o fato de ajudar um pouco meu pai na Famous sei que ele já não tem o pique de antes e não quero deixá-lo sozinho de novo.

Deixo papai empurrar o carinho pelo jardim enquanto estaciono o carro e quando entro, faço o caminho de pedras escutando o chorinho da minha filha, mas ela fica em silêncio então paro no lugar ao ver a cena e a sua risada gostosa.
Ruggero esta abaixado na frente do carinho escondendo o rosto com as mãos e ela o procura e quando encontra desata a rir, a cena seria boba mais o que sinto mexe de um jeito comigo que fico sem ar e uma lágrima escapa dos meus olhos.
- Oi linda. Seco rapidamente o olho e me viro, sorrio ao ver Gustavo e envolvo meus braços no seu pescoço.
Ele me beija e me abraça forte.
- senti saudades. Resmungo.
- Eu também senti, onde está minha pequena.
- Gustavo chega mais. Meu pai chama e todos se viram para ele, e posso ver a cara de Ruggero seu maxilar trava e os olhos se estreitam.
Mel ao ouvir a voz de Gustavo chama.
- Pa-pa.
- Ah aí está minha bonequinha. Gustavo se inclina e tira o cinto que a segurava no carrinho, e ela já está em seus braços, então vê Ruggero.
- Ruggero não? Meu vizinho fica em pé e aperta a mão dele.
- Sim, e você é o médico. Guga sorrir.
- Eu levo jeito, sou Gustavo. Ele assente.
Papai chama a atenção de Gustavo e os dois engatam em uma conversa, pego Melissa para que ela coma alguma coisa e não sei porque estou incomodada com o sumiço dele.

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